23. As notícias não são boas

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     — Será que vocês não podem vir mesmo? Uma amiga tá precisando. — eu estava deitada no quarto, em uma ligação com Yanna, Rachel e Poly. Eu sentia que Poly estava se afastando do nosso grupo e queria incluí-la novamente, nós gostávamos muito dela. Eu acho que ela se sentia deslocada porque as meninas e eu já éramos amiga antes, mas ela passou a fazer parte do nosso grupo de amizade também.

— Amiga, isto não tem nada a ver com a gente, dessa vez você está sozinha nessa. – respondeu Rachel, eu estava tentando chamar elas para me dar uma força no almoço de sábado.

— Sozinha não, você vai ter o Augusto, que vai te proteger com uma armadura brilhante. — nossas risadas se misturaram na chama, Yanna sempre falava alguma doideira que só podia vir dela.

— Podemos aparecer depois, se quiser. – sugeriu Poly.

— Depois que o circo já tiver pegado fogo?

— Joan, vai dar tudo certo. Augusto é todo macho Alfa, aposto que vai deixar seu pai pianinho. — disse Yanna.

— Não tenho tanta certeza, mas confio nele, sei que ele vai fazer a coisa certa.

— Ele vai sim, amiga, ele é um bom rapaz. — Rachel me tranquilizou.

Conversamos mais um pouco por ligação e depois desligamos, já estava meio tarde e amanhã eu teria um amor para tentar pacificar. Sentia que Augusto e meu pai dariam problema, Augusto estava uma outra pessoa ultimamente, mais carinhoso... entretanto eu sabia muito bem como ele podia ser. Na verdade em questão de deboche ele e papai se dariam bem, talvez eles percebem isso quando conversassem, então verão que se combinam. Pensei, sendo irônica, eu só queria que tudo desse certo amanhã e dormi orando para que Deus ouvisse minhas preces.

Acordei querendo dormir de novo, fui dormir tarde conversando com as meninas e agora parece que não dormi nada. Fiquei mais uns minutos deitada antes de levantar e ir tomar um banho gelado, acho que fiquei meia hora em baixo do chuveiro com a gelada caindo sobre a minha cabeça para me despertar. Saí do banheiro de roupão e toalha enrolada na cabeça, talvez eu devesse passar uma maquiagem boa para esconder alguma possível olheira. Fiz isso logo depois de secar os cabelos e me vestir; eu tinha optado por uma saia justa lilás e uma blusa de seda da mesma cor.

Era difícil acordamos cedo no final de semana, então era normal pulamos o café da manhã quando acontecia isto, e também a maioria das vezes íamos almoçar fora. Hoje era exceção, tínhamos um convidado. E ele não demoraria a chegar, eu estava começando a ficar ansiosa, de um jeito bom, para vê-lo de novo. Me pergunto se ele tinha contado sobre nós para a Senhora Dickinson, tenho certeza que ela ficará muito feliz. Coloquei um salto baixo e desci para ver se estavam prontos.

— Olá, Lala, meus pais ainda não desceram? — perguntei, Laila apareceu da cozinha quando me ouviu descer.

— O sr. Prado desceu para tomar café e leu o jornal, depois subiu novamente. A Sra. Prado não desceu.

— Obrigada, vou aguardá-los na varando, está um sol lindo hoje. – informei, sorrindo para o dia que sorria para mim, dizendo-me que daria tudo certo.

— A senhorita vai comer algo antes do almoço? – ela me olhou carinhosamente.

— Se poder me trazer aquela limonada que só você saber fazer... – pisquei para ela, que imitou o meu ato e voltou para a cozinha. Me sentei na varanda e coloquei o celular em cima da mesinha a minha frente, o sol já estava bem no alto, as flores estavam colorindo o espaço a minha frente, coloquei o óculos escuro que tinha pego e chequei as mensagens. Tinha do Augusto de 2 horas atrás.

Guto:

Bom dia, Anjinha, acordou?

Joan:

Seu Sorriso é Meu Ponto Fraco (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora