Alguns dias depois, quando meus pais não estavam em casa, convenci Laila a pintar meu cabelo, foi bem difícil mas eu consegui. Prometi que diria que eu pintei sozinha, jamais colocaria o emprego e a reputação de Laila em risco. Enquanto a tinta estava no cabelo, eu peguei um livro para ler, a estante do meu quarto estava repleta de livros novos que eu teria de colocar uma meta para ler, porque as séries e filmes estavam consumindo muito o meu tempo. Laila apareceu meia hora depois para me ajudar a lavar o cabelo, depois eu o sequei e ela insistiu em me ajudar a escová-lo.
— Você está ainda mais linda, menina. — ela disse ao terminar e me virar para o espelho na minha frente. Parecia que tinha ficado mais volumoso e mais brilhoso, eu me levantei e fiquei admirando enquanto mexia nele. Me senti outra pessoa, mais bonita e com mais vida. A cor realçou meus olhos verdes claros.
— Muito obrigada, Lala. — me virei e abracei ela bem forte.— Não foi nada, agora seja confiante quando eles chegarem. E agora eu preciso ir. — ela apertou minhas mãos e saiu do quarto.
Decidi passar uma maquiagem leve e tirar algumas fotos, mandei algumas para Rachel e Yanna, elas mandaram várias carinhas com olhos de coração. Mandei mensagem para minha mãe e ela disse que tinha acabado de entrar em casa, eu agradeci mentalmente por ela ser a primeira a chegar e desci para encontrá-la.
— Surpresa! – eu lhe disse e abri um pouco os braços dando uma volta.
— Oh, meu amor, você está linda. — Ela veio caminhando com sua saia lápis que ia até o joelho e era grudada ao corpo, eu achava minha mãe muito sensual. Sua blusa era azul e ela estava com um blazer branco. Seu cabelo crespo estava amarrado em um coque baixo e ela usava brincos grande de pérola branca.
— Você gostou mesmo?
— É claro, ficou um contraste lindo. — ela me rodeou examinando meu cabelo e passando as mãos nos fios. — Mas você sabe que seu pai não vai reagir bem, não é? E onde você foi para pintar?
— Eu pintei sozinha, aqui mesmo. E espero muito que a senhora me ajude quando ele chegar. — Ela respirou fundo.
— Você conhece o seu pai mais do que ninguém, mas conhece a mim também e sabe que nada vai lhe acontecer.
— Obrigada, mãe. — eu a abracei forte, sentia falta do seu cheiro e aconchego, minha mãe trabalhava muito em ONGs e as vezes precisava ficar ao lado de papai na empresa também.
— Eu vou me trocar, seu pai deve chegar daqui a pouco para o jantar.
— Eu vou com você. — ela riu enquanto eu a seguia até a suíte principal.
— A Senhora Dickinson está bem? — Minha mãe perguntou enquanto tirava sapato e depois os brincos.
—Está. Eu acho que ela possa estar cansada já.
— Você acha que é melhor parar com as aulas?
— Não! — parar com as aulas significaria deixar de ver Augusto também. Me senti egoísta por pensar assim, mas eu tenho certeza de que se a gente tocasse no assunto a Sra. Dickinson diria que não é um inválida.
— Tudo bem. Eu estava pensando em convidá-la para jantar qualquer dia, ela se dedica muito a você e gostaria de retribuir melhor. — meus pais pagavam ela muito bem, mas ela também era uma grande amiga da família, então eu entendi o que ela quis dizer.
— Seria bom... — mas não seria legal se ela trouxesse o garoto problema, ele ia estragar o jantar e com certeza meu pai diria para ficar longe dele.
E eu devia mesmo ficar, mas me sentia atraída por ele de uma forma que eu não sabia explicar. Minha mãe piscou para mim e foi para o banheiro, depois de pronta nós descemos e papai não demorou a chegar. Ele nos olhou sentadas no sofá, assistindo TV, então ele me olhou e ergueu as sobrancelhas, a raiva mudando seu rosto e eu comecei a achar se foi mesmo uma boa ideia pintar o cabelo escondido.
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Seu Sorriso é Meu Ponto Fraco (CONCLUÍDO)
Romance👠Joana é de uma família rica, sempre obedeceu as ordens do pai e estuda em um colégio militar, mas sua paixão mesmo é a música, a mesma faz aula de piano com uma senhorinha encantadora. É sério, vocês vão amá-la. 🕶Augusto é um cara sem escrúpulos...