Seu Sorriso é Meu Ponto Fraco (CONCLUÍDO)

22. Ele não? Ele nunca?

Eu podia muito bem tentar descrever o que eu sentia no momento, mas eu sei que não era só um, eram um turbilhão que me deixavam de coração acelerado. As rosas ficaram em um contraste tão lindo no meu colo com o vestido simples branco que eu usava, que peguei o celular e tirei uma foto, coloquei de papel de parede do celular.

— Não tem problema você vir pra cá ao invés de ir para casa? – ele quis saber.

— Não, agora sou dona do meu nariz, digamos assim. – eu ri suavemente, eu estava nas nuvens para parecer exagerada em qualquer sentido. — Te conto quando a gente chegar lá, ok?

— Claro, Anjinha. – ele beijou a minha testa e eu fechei os olhos. Isso tudo parecia um sonho. Daqueles quentes e aconchegantes, eu não queria acordar nunca desse sonho. — Como saiu do colégio com essa roupa e de cabelo solto?

— Digamos que eu possa levar um castigo depois, mas valeu a pena, estava apresentável para a sua declaração.

— Você fica linda com qualquer roupa, Joan. – era a primeira vez que ele usou o apelido que meus amigos me chamavam, mas ainda preferiria que ele me chamasse sempre de anjo ou de seu amor, era algo íntimo que só ele podia fazer.

   O motorista nos deixou no restaurante, Augusto quem abriu a porta para mim, eu me sentia cortejada, estava amando o seu cavalheirismo. Antes de entrarmos no restaurante o meu celular começou a tocar, era meu pai, obviamente os vídeos dos alunos na entrada do colégio já circulavam por toda a Internet. Só ignorei as incessantes chamadas e coloquei o celular no mudo. O hostess nos levou até uma mesa no canto do restaurante, como Augusto pediu, que ficava próximo a uma janela com vista para a rua. Meu acompanhante puxou a cadeira para que eu pudesse sentar e sentou na sua, de frente para mim, ele sorria com um olhar amoroso, a luz clara do ambiente só deixava seus traços ainda mais lindos.

— Eu nunca fiz uma declaração antes, acha que foi infantil? Digo, aparecer na sua escola com buquê de flores e dizer as palavras na frente de todos? — ele parecia lindamente desconcertado com seu ato, duvidando da sua criatividade.

— Não foi infantil, foi muito lindo! Confesso que fiquei envergonhada por todos estarem olhando a primeiro instante, mas depois eu só tinha olhos para você, não lembrava que tinha tanto gente olhando enquanto me concentrava em te ouvir.

— Eu fico aliviado, pensei em mil possibilidades, em como faria isso do jeito certo e sempre pensando se você iria gostar ou não.

— Não importa como fosse, eu iria amar de toda fora. – seguramos a mão um do outro por cima da mesa, parecia que eu realmente estava em sonho. Tinha um jarro com uma rosa em cima da mesa, fiquei com pena das minhas terem ficado no carro, solitárias no banco de trás. Mas Augusto insistiu que não tinha porque eu ficar carregando o buquê pra todo lado.

— Já sabem o que vão pedir? — o garçom apareceu me tirando de meus devaneios, nenhum de nós dois tínhamos se quer tocado no cardápio em cima da mesa.

— Desculpe. – Augusto pegou o cardápio e deu uma olhada, depois fechou e pousou sobre a mesa. — Hoje é um dia especial, poderia escolher um prato para esse dia?

— É claro, senhor, farei a surpresa.– o garçom sorriu para Augusto fazendo uma pequena reverência ao dizer e se afastou.

— E se não gostar do que ele trouxer? – eu perguntei, me divertindo com sua ideia de ser surpreendido.

— É sempre bom experimentar coisas novas. – ele piscou. Olhou para nossas mãos e acariciou o dorso da minha mão com o polegar. — Você é tão branquinha, consigo ver claramente suas veias.

— É ruim porque o meu rosto sempre me trai ficando vermelho.

— E é o que eu mais gosto em ti, é totalmente decifrável e fica tão linda quando fica assim... imagino você ficando assim em outras ocasiões... – ele mudou o sorriso amoroso para algo mais sacana, e na hora senti meu rosto e esquentar e desviei os olhos.