Jimin
Primeira fase...
Naquela manhã, o céu estava nublado e um tanto escuro, sem o brilho do sol sobre as terras da aldeia Moon. As gotas da chuva caem pesadamente do lado de fora da minha casa. Mas, estranhamente, não estava frio. Era uma chuva de verão, mesmo que já estivéssemos chegando o fim dele, e assim como veio, logo irá embora.
Assim como a minha, as aldeias normalmente costumam ter nomes de algo da natureza. No caso, a minha é chamada de Moon por ser um dos principais pontos da lua, quando está no ponto mais alto.
Nós normalmente precisamos da lua para diversas coisas, todas elas muito importantes. Dentre elas, tem a mais importante, que é para a ligação do Supremo com seu ômega. Essa em específico é feita apenas durante a lua cheia, mesmo que eles tenham se conhecido fora desse período. Claro que, tudo relacionado a nós, tem relação com o Supremo, e às vezes confesso que não aguento nem mesmo ouvir sobre o Alfa poderoso de cada aldeia.
Aliás, a ligação possui um nome, e é bem comum: Imprinting. É fácil saber que, por ser uma ligação de almas, o imprinting é uma ligação incrivelmente forte, e não há maneiras de se separar dela com vida. Você só quebra uma ligação assim quando morre. No caso do supremo, a morte não é uma opção para a separação deles.
Nossas terras, felizmente, não possuem um Supremo Alfa, e não me importo muito com o motivo de isso acontecer, e sinceramente, acho que assim é melhor. No entanto, como dizem em todos os cantos, se uma aldeia não tem um supremo, é porque tem algo que vá atrair um, e talvez o bom ponto da lua atraia um para cá, o que seria uma pena. Eu realmente quero ficar longe deles.
Depois que nós achamos nosso par, é raro acontecer de um alfa se ligar a algum outro ômega que não seja ao que já estava ligado. Porém, mesmo sendo raro, não é impossível. Depois de algum tempo que minha mãe se foi, meu pai descobriu uma nova ligação com outra ômega, essa que havia se mudado a pouco tempo para a nossa aldeia. Foi um choque quando ele descobriu, e principalmente, quando eu descobri.
Dizem que quando o par de algum ômega ou alfa morre, a própria natureza os liga a outros, para que assim não fiquem sozinhos. Isso é lindo, de certa forma.
Mudanças de aldeias são normais, e tem um motivo simples, até. O que nós normalmente queremos é encontrar nossa alma gêmea, e a partir do momento em que já conhecemos todas as pessoas possíveis, nós mudamos de terras, para que assim possamos procurar dentre tantas pessoas diferentes. Mas, claro, tem os que não se importam com isso, e é aí que eu me encaixo. Eu não ligo para nada disso, e espero, sinceramente, nunca ter que sofrer a dor de perder alguém que eu provavelmente vá amar tanto.
Mas, para os que não ligam, não é difícil achar alguém momentâneo para passar o cio, ou até para viver uma vida, mesmo sem uma ligação tão forte.
— Jimin, querido? — sou tirado de meus pensamentos pela nova esposa de meu pai, que me chama enquanto para no batente da porta entre a cozinha e a sala. Me admiro por não ter percebido seu cheiro adocicado antes de ela me chamar.
Hinamy tinha cabelos castanhos, em um tom claro, não tão compridos, e algumas sardas no nariz e uma pequena parte na bochecha. Ela estava vestindo um vestido que batia na altura dos joelhos, florido, e eu sabia que ela gostava bastante dele.
Eu gosto dela, sinceramente, não vejo nada de errado e acho que ela e meu pai formam um bom casal. Ela nunca se importou com o fato de meu pai já ter tido uma ligação de almas e um filho antes dela.
— Sim? — eu respondo, desviando o olhar da janela para ela.
— O café da manhã está pronto, pode ir chamar seu pai no quarto? — ela sorriu gentil, enquanto eu assentia e ia em direção ao quarto deles.
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Supremo Alfa • Pjm + Jjk • ABO
Fanfiction"Às vezes as trevas vem de lugares inesperados." Negar seu imprinting com o supremo alfa (lúpus) de sua aldeia parece algo impensado e insensato a se fazer, e mesmo assim, sabendo que não poderia, foi o que Park Jimin fez. Fugindo e evitando Jungko...