Keisuke soube assim que voltou, seu sangue ferveu ao pensar em algo que o pertencia sofrendo por causa daquele desgraçado, só ele podia machucar aquilo que o pertencia!
Ele decidiu ir até o hospital entender as condições de Chifuyu, pelo que todos comentavam ele tinha caído da janela do apartamento, mas Keisuke sabia que tinha mais aí, Chifuyu não iria simplesmente despencar janela abaixo logo após eles voltarem ao Submundo.
Assim que chegou ele viu Mitsuya e Draken no corredor, os dragões gêmeos o encararam sérios.
- O que está fazendo aqui? - Draken cruzou os braços.
- Draken, Chifuyu também é amigo dele - Mitsuya tocou o maior apesar de encarar Keisuke com raiva, afinal nenhum deles tinha esquecido a cena da noite anterior.
- Como ele está? - Keisuke decidiu não comprar briga.
- Não sabemos, a mãe dele disse que o ouviu falando com alguém, mas não tinha ninguém no quarto com ele.
Keisuke rosnou, essa era a prova que precisava, tinha sido obra daquele filho da puta infernal!
- Onde você vai? - Draken entrou na frente de Keisuke ao o ver continuar andando em direção ao quarto - Apenas a família é permitida.
- Saia da minha frente - Keisuke ergueu o olhar, o rosnado sendo mantido em sua garganta enquanto os dourados encontravam os negros do maior.
Draken deu um passo pro lado e Keisuke passou sem mais.
- O que? Draken?! - Mitsuya tocou o amigo que não respondeu parecendo vidrado em algo - Que merda foi essa?!
Keisuke não ficou para conversar, ele abriu a porta do quarto de Chifuyu e entrou lentamente se misturando às sombras, um par de olhos vermelhos estava bem ao lado de Chifuyu encarando o adolescente com diversão.
- Você veio rápido... - A voz ressoou por toda a escuridão do quarto.
- Não vou brincar com você dessa vez, devolva a alma dele.
- Se você se importa tanto com a alma dele, en...
- Não me importo - Keisuke o cortou - Ele vivo ou morto pouco me importa, mas Chifuyu fez um pacto comigo, essa alma é minha e sou eu quem decido se ele vive ou morre, conhece as leis, me devolva o que me pertence.
O ser riu.
- Então por que não me deixa brincar um pouco com ele?
Keisuke se cansou, o rosnado saindo de si enquanto assumia sua verdadeira forma, se misturando às sombras, apenas seus olhos dourados eram vistos.
- Olha... alguém saiu pra brincar - O outro ser rir.
- Devolva o que me pertence ou eu tomo seu bem mais precioso.
- Tente, você não conseguiria.
- Se é assim que quer brincar.
A porta foi aberta clareando um pouco o ambiente e os dois demônios recuaram intimidados com a luz repentina, Keisuke voltou a sua forma segurando a mão de Chifuyu enquanto o médico entrava.
- Garoto, o que está fazendo aqui?! Apenas a família pode entrar!
Keisuke não respondeu se virando e saindo dali, se ele queria brincar então Keisuke iria adicionar suas regras ao tabuleiro, Chifuyu o pertencia.
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Sanzu polia sua katana enquanto observava o movimento da rua, ele não morava com os 'irmãos' desde os 10 anos, tinha fugido de casa e feito sua vida, ele não suportaria voltar todas as noites coberto de sangue e ver o olhar de decepção dela.
Não que ele permitisse que alguém soubesse disso, manter sua mente entorpecida o impedia de pensar nela e impedia que os outros soubessem seus verdadeiros sentimentos, era só que... ela era tão pura... não conseguiria fazer algo ruim com ela o observando.
Seu celular vibrou e ele deixou sua lâmina de lado buscando pelo aparelho entre suas roupas lendo o nome de seu 'irmão mais velho', o que Takeomi queria? Não se falavam muito então era estranho o ter ligando para si.
- Fale de uma vez - Atendeu sem muita paciência, sua pele pálida ficando ainda mais branca a medida que ouvia - Onde vocês estão?! Estou chegando aí!
Sanzu ignorou qualquer senso ao saltar de sua janela enquanto corria na direção do primeiro beco para se misturar às sombras e poder chegar mais rápido.
Levou apenas 10 minutos para chegar, uma ambulância já estava ali e Takeomi entrava em uma onde Senju tinha sido colocada.
- Take! - Sanzu se aproximou ignorando os policiais que tentavam o impedir de passar - Que caralhos aconteceu?!
- Eu não sei ainda, vai pro hospital, nós vemos você lá.
O menor assentiu vendo a ambulância ir, faziam anos que ele não sentia seu coração bater, afinal não precisava que seu sangue fosse bombeado, mas, ao ouvir pelo celular que Senju tinha sido atacada, Sanzu sentiu ele bater tão rápido que um humano normal temeria um infarte.
O mais rápido que pôde ele cruzou a cidade em direção ao hospital encontrando Keisuke na saída.
- Keisuke, o que faz aqui?!
- Chifuyu caiu pela janela essa madrugada, eu vim vê-lo... ele está lá.
Sanzu sentiu tudo rodar.
- S-Senju foi atacada a alguns minutos, ela foi fazer compras com Take e foi atacada...
- Vamos subir, ele ainda está aqui, ele pode ir até ela.
Os dois demônios subiram apressados, se isso era obra do filho da puta, se essas pessoas estavam sendo atacadas por ele...
Keisuke não conseguiu ir longe já que membros da Toman ainda estavam ali e não veriam com bons olhos ele estando com Sanzu, já o platinado ignorou até mesmo a presença de Mikey ao ir até a UTI onde sua irmã estava.
- Take.
- Nós nos afastamos um pouco, eu fui comprar algo pra comermos e ela foi atacada, testemunhas disseram que foi um assalto, mas não parecia isso - O maior dos dois se sentou parecendo irritado.
- Alguém viu os rostos?
- Irreconhecíveis.
- Desgraçado! - Sanzu rosnou irritado antando de um lado para o outro - Que merda ele está querendo?! Fazem anos já, por que justo agora?!
- Sanzu? - A voz de Mikey fez os dois maiores congelarem antes de se virarem pra ele.
- Mikey...
- O que faz no hospital? - O líder Toman, como sempre, estava acompanhado de Draken com o acréscimo de Mitsuya.
Sanzu olhou para a janela de observação, Mikey seguiu seu olhar ainda confuso, nenhum deles sabia muito da vida de Sanzu.
- É a nossa irmãzinha - Takeomi foi quem explicou enquanto levantava - Haruchiyo fica, eu preciso fumar e resolver algumas coisas, se isso se repetiu então...
- Eu sei, não se preocupe, vou ficar aqui - Sanzu se jogou na cadeira de plástico, as mãos tremendo.
Se Senju nunca mais acordasse ele não tinha ideia do que faria, ela era uma alma preciosa que ele cuidava com esmero a séculos, a vendo reencarnar e cuidando pra que sua vida termine bem, não podia a perder para ele, não mesmo.
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Quando Demônios Vão à Terra
Fiksi PenggemarExiste sempre uma razão para as coisas que dão errado, a maioria das pessoas culpam entidades, mas, acredite se quiser, a maioria dos demônios não vão à Terra para causar mal e sim para se divertir com o mal que a própria humanidade causa