De volta dos mortos:
{s/n}
Já havia se passado três meses desde o assalto. Fiquei livre da cadeia, mas tive que ajudar meu pai em alguns trabalhos da policia, Kita estava na prisão e daqui alguns minutos estaria sendo transferido com outros detentos para uma previsão segura, onde não teria o perigo de sair. E, o Suna, havia desaparecido do mapa, todos eles desapareceram, provavelmente saíram do país e estão com identidades novas, evitando câmeras ou qualquer tipo de atenção que possa vir para eles.
Encarei os carros de polícia começarem a cercar a transporte, os detentos passavam pela porta, alguns reclamavam das algemas e outros brigavam com os policiais, mas Kita estava quieto.
Quando seu olhar cruzou com o meu, pude jogar por alguns segundos, que sua raiva por mim só aumentou. Podia ver nos seus olhos que ele queria me matar, não importava a maneira, só queria me ver morta pela traição que fiz.
Abri a porta da viatura, entrei no carro e o liguei, pelo retrovisor vi o Tsukki, ele ajeitou os óculos atento nos detentos. Pisei no acelerador quando o transporte começou a se movimentar, pelo radinho da polícia podia escutar as zoações que os policiais faziam dos detentos, entre elas podia saber que me zoavam também, mas não me deixei incomodar, sabia que aqueles boatos e zoações circulavam por dias. semanas e meses.
Já havia se passado alguns minutos na estrada, passavam por uma rua deserta, ainda faltava muito para chegar na prisão, pelas minhas contas uns quarenta minutos.
Suspirei cansada, estava exausta de fazer serviços para a polícia, não pude nem mais trabalhar na oficina, pois foi meu castigo por trair meu pai. Mas um som familiar quebrou meus pensamentos, levei minha mão até o retrovisor o ajeitei, e, quase nem acreditei no que vi.
Um Gurkha LAPV vinha na nossa direção em alta velocidade, atrás dele estavam outros carros familiares. Por dentro sabia quem era e queria sorrir de alegria, mas a outra estava assustada por saber oque iria acontecer e nervosa por saber que não conseguiria nem olhar no seu rosto de vergonha.
- Tem quatro carros atrás de nós- A voz do Tsukki sai pelo radinho- Fiquem em alerta, pode ser uma tentativa de fuga do Kita.
- Deixem a S/n longe- Um dos policiais disse c9m um tom brincalhão- Assim daria certo, já que ela pode nós trair.
- Eu não trairia você- Disse pegando o radinho- Mas depois disso, tenho certeza que se encontrarem um corpo e for o seu- Soltei uma risadinha- Já sabem.
- Não discutam- Tsukki cortou antes que o policial falasse- Fiquem atentos.
Os carros passaram por nós, um passou tão perto do meu que me deu um susto, já os outros foram ficando lado a lado.
Eu sabia que Tsukki desconfiava de algo, tenho certeza que já estava preparado. Já ouvi eles cochichando várias vezes, talvez não quisessem que soubesse, entendo o lado deles, mas por dentro implorava que desse merda é pudesse dizer que foi culpa deles por não me contarem o plano.
O carro que passou do meu lado fez um drift e parou no meio da pista, o transporte continuou, logo o carro veio na direção do transporte que desviou.
- Façam o planejado- Tsukki Ordenou acelerando- Eles devem ser presos.
O carro mais na frente parou, o transporte bateu contra o carro enquanto tentava desviar. O transporte capotou e logo parou no chão, olhei para o lado observando o carro do Tsukki passar por mim, mas logo capota quando bate contra o outro, procurei os outros policiais mas não os vi.
Olhei pra frente, um carro estava parado a alguns metros de mim, parecia esperar algum movimento meu, como se soubesse que estava pensando. O vidro preto não me permitia ter a visão de quem era, mas eu sabia, sabia que era o Suna por trás daquele volante.
Pisei no acelerador, se ele ainda fosse quem eu achava que ele era, tenho certeza que não iria bater contra mim. Ele acelerou, meu coração bateu forte contra o peito, implorando que virasse o volante e saísse do seu caminho, mas não iria ouvir essa parte de mim.
Mas aconteceu oque eu nunca iria imaginar, não vindo dele.
- Ela já pode voltar para casa- O médico diz assinando um papel na caderneta- Só precisa tomar os medicamentos nos horários certos e não fazer muito esforço.
- Com licença- Disse indo para passar a porta, mas meu pai me para segurando meu braço.
- Aonde você vai?- Perguntou confuso, ate parecia que se importava.
- Eu tenho que fazer algo- Me soltei do seu aperto- Mas pode ter certeza que eu volto cedo.
- Você tem que descansar-
Não esperei ele terminar e passei pela porta, caminhei com passos rápidos para fora do hospital. Sinalizei para o táxi que estava passando, ele para e logo entrei, dei as instruções para o motorista e torci para que chegasse rápido.
Eu sabia oque fazer, sabia onde o Suna estava e sabia qual decisão deveria tomar
Depois de longos minutos o taxi para, paguei e sai do taxi, esperei ele sumir do meu campo de visão e olhei para o lugar que estava com saudade. Minha oficina estava aberta, as luzes estava. ligadas e tudo indicava que era ali o lugar onde ele estava.
Cruzei os braços e caminhei calmamente, implorei mentalmente para que o Suna estivesse calmo para poder ter uma conversa, para que pudesse explicar tudo e dizer oque decidi, a decisão que tomei para acabar com tudo isso.
- Suna?- O chamei quando passei pela porta, caminhei respirando fundo.
- Você é filha do chefe da policia- A voz grave do Suna me deixou assustada, virei meu corpo e inclinei a cabeça.
Suna estava no segundo andar, seu olhar era sombrio e calmo, mas por algum motivo eu não me sentia calma.
- Precisamos conversar- Disse soltando meus braços para relaxar meu corpo.
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𝕿𝖔𝖐𝖞𝖔 𝕯𝖗𝖎𝖋𝖙 - Suna Rintaro -
RomanceS/n, uma garota independente que é obrigada pelo seu pai a conseguir informações sobre um grupo que realiza furtos e corridas ilegais. Suna Rintaro, misterioso e de caráter duvidoso que se sente atraído pela S/n assim que nota como são parecidos. M...