A porta da grande sala do palácio se abriu, revelando o rei e a rainha de Vampir.
Estavam sentados em poltronas. Ao lado de cada um, e um pouco afastados, dois jovens acanhados, porém belos, estavam de prontidão. Eram os doadores.
Rei Robert se levantou quando viu Veron adentrar a sala.
- E então, encontraram a bruxa? - ele perguntou impaciente.
- Não, tio, infelizmente ainda não a encontramos. - Veron respondeu. O vampiro odiava ter que desapontar Robert. Ele queria agrada-lo. Logo agora, que estava tão perto de conseguir a coroa.
- Infelizes! - o rei disse furioso. - Não sei como aquela bruxinha veio parar aqui. Por acaso os antecedentes dos doadores não são mais pesquisados? - questionou retóricamente. - E os outros que a ajudaram a fugir, como ninguém percebeu que eram bruxos? São todos uns imprestáveis. - completou, indignado.
- Perdão tio. - Desculpou-se outra vez Veron. - Posso lhe assegurar que os antecedentes de todos foram bem pesquisados. - Ele completou.
Veron havia mexido uns pauzinhos para que Morgana fosse parar ali e ajudar em seus planos de conseguir a coroa. Mas, ele não sabia como os outros bruxos conseguiram acesso ao palácio e ainda com cargos de doadores. Isso o intrigava e deixava inquieto.
Era claro que Morgana havia fugido e não estava sozinha. Ela estava recebendo ajuda. A essa altura, Veron imaginava que a Poison já havia sido iniciada. E no fundo ele tinha medo de seu poder.
Em contra partida, ele não acreditava que ela pudesse ficar forte a tempo de impedir que ele fosse coroado rei de Vampir.
- Eu não consigo parar de pensar em nosso filho, Robert. - Confessou a rainha, se pronunciando pela primeira vez naquela conversa. Veron, ao ouvir, disfarçadamente revirou os olhos. - Sei que é a lei, que ele não podia assumir a coroa. Mas não precisava ter mandado joga-lo para fora. - Ela completou. A rainha Criselida era uma vampira cruel mas ainda assim, era mãe.
- Não podiamos continuar com ele aqui Criselida. - Robert falou com uma tom amargurado.
- Podíamos sim, bastava você transformá-lo novamente. E ele poderia ficar, ainda seria nosso filho. - Ela afirmou.
- Seria. Mas, não seria mais um sangue puro, e sim um vampiro criado, e você sabe que evitamos isso. - Ele disse já perdendo a paciência.
Quando a rainha vampira ia contesta-lo outra vez, ele a cortou dizendo:
- Criselida, por favor, pare com essa conversa, o que foi feito está feito! Não há como voltar atrás. - O rei diz zangado e a rainha se encolhe vencida. - Veron, quero fotos desses bruxos espalhadas pelos telões da cidade, ofereça uma boa recompensa para quem os encontrar. - O rei ordena. - Já que você não consegue cumprir com uma simples missão que lhe dou, como será rei desta forma? - Ele questiona. - Terei eu mesmo que resolver.
Veron faz uma leve careta ofendido, mas controla sua raiva e se retira da sala.
[...]
- Infernos!! - Veron esbraveja. - Eu quase perdi o controle. Ele praticamente me chamou de imprestável e incapaz na minha cara. - o vampiro estava fora de si. Seus olhos tinham um brilho ainda mais intenso, rodeado por veias roxas e negas. Os caninos meio que à mostra.
- Se acalme Veron, não importa o que ele falou, o que importa é que estamos muito perto de conseguir o que queremos. - sentenciou o velho vampiro Kaiser, balançando em forma de círculos o sangue que continha na taça. - Sente-se e deguste comigo esse sangue, é um dos melhores do meu estoque. - Diz calmamente com um sorriso satisfeito.
- Como você consegue ser assim? Eu estou tendo todo o trabalho duro. - Veron rosna para o cúmplice.
- Não me venha com essa Veron, você sabe muito bem que tenho grande participação neste plano.- o vampiro responde, ainda inabalado. - Quando você for rei, colocaremos Robert em seu devido lugar. - Completou.
Veron pareceu contente em pensar em tal coisa e por fim se sentou para degustar uma taça de sangue.
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A Monarquia Vampírica
VampirosO mundo foi tomado por vampiros, e os poucos humanos que ainda existem, vivem de acordo com as regras da nova Monárquia. Morgana, vive em Vampir, onde antes da invasão vampírica, era a antiga Nova York. Após perder o emprego, e sua mãe ficar grave...