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A chuva que caía em Forks era assombrosa. Ela não se lembrava de ter visto uma tão forte assim naquela cidade, em todos os anos que frequentou aquela cidade, desde a infância.

No tapete da sala da casa nova, as quatro crianças estavam imersas em atividades diferentes. Christopher e Aaron jogavam videogame, Malina coloria uma folha e Júniper brincava de boneca. Mas não era ali que estava a atenção completa de Clarissa. Parte de sua preocupação estava nos Cullen que tinham saído para caçar, e com Alice e Andrew no Alasca, eles não tinham a menor noção da tempestade.

-Aqui. - Jasper disse, entregando à esposa uma xícara fumegante de café e se sentando ao lado dela no sofá.

-Eles vão ficar completamente ensopados. - ela murmurou, tomando um pouco da bebida.

-Rosalie vai odiar isso, mas ela prefere ficar molhada a ficar com fome. - ele retrucou.

-Aqui está seu castelo, princesa. - Bree disse, descendo as escadas com o castelo de brinquedo de Júniper em mãos.

-Nós temos uma bela família. - Jasper murmurou ao ouvido dela.

-E que dá bastante trabalho. - ela sorriu, mas Jasper sentiu uma pontada de medo passando pela garota.

-O que foi? - perguntou preocupado.

-Nas últimas vezes que eu vi uma chuva assim, os pais de Lizzy e Maggie sofreram um acidente, mas saíram vivos; os pais de Gio foram mortos; eu quase morri tentando salvar a vida de uma inútil e a mãe de Jacob morreu em um acidente de carro. - ela respirou fundo, contando nos dedos. - Ah, e na última vez, sua namorada maluca veio atrás de você.

-Então, basicamente, está dizendo que vai acontecer alguma coisa ruim?

-Bella nascer foi ruim. Estou dizendo que vai acontecer alguma coisa horrível, a morte de alguém. Pode não ser com a gente, pode não ser hoje, mas vai acontecer alguma coisa.

-Por que sua intuição tem que ser tão bizarra? - Bree perguntou, abalada.

-Ninguém aqui é normal. Por que minha intuição seria? - ela ergueu a sobrancelha.

-Então alguém vai morrer? - Jasper perguntou.

-Tenho certeza, major.

*

A lama tornava a locomoção um pouco complicada, as patas sempre afundando dois ou três centímetros. Gotas de chuva se acumulavam nos focinhos e nos olhos, a chuva dificultava a visão. Os lobos não podiam ver mais do que três metros à frente, e o cheiro estava começando a se perder.

Que cheiro de coisa morta, Embry xingou.

Mas não tem como ser um vampiro, tem?, Jared perguntou.

Ninguém pode correr tão rápido assim, e eu tenho certeza que não são os Cullen. O cheiro deles é melhor, Paul resmungou.

Andem logo, vamos perder a trilha!, Sam xingou.

Deveríamos ter trazido Cis, ela é bem melhor para trabalho assim, Jared disse.

Ela tem uma família agora. Não podemos simplesmente chamá-la por uma coisa boba como uma perseguição, Sam repreendeu.

Eu podia estar assistindo Mulan com minha namorada e tomando chocolate quente, mas não!, Embry resmungou e amaldiçoou até a quinta geração de sabe-se lá quem.

Que fome, Quil disse.

Calados, estamos chegando perto, Paul ecoou.

Mas as conversas e os xingamentos não pararam, apenas passaram a prestar mais atenção ao caminho e ao cheiro, que estava ficando mais próximo. E então sumiu. Os lobos pararam quase instantaneamente.

Until the End Onde histórias criam vida. Descubra agora