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-Me mandaram te alimentar. - Seth disse, entrando no quarto que Lizzy agora ocupava.

-Obrigada, Seth. - Lizzy sorriu para o garoto. - O que seria de mim sem você, pequeno Clearwater?

-Morreria de fome antes mesmo de perceber, com certeza. - Seth respondeu. - Conseguiu alguma coisa?

-Até agora? Nada. A merda da câmera é codificada. Tem duas horas que eu estou tentando decodificar esse caralho.

-Se não for você, quem vai fazer isso? Não conheço ninguém que tenha habilidade com computadores. - Seth disse, pulando na cama.

-Ei, vai quebrar!

-Está me chamando de gordo, Elise di Angelo?

-Não! - ela riu. - Vai quebrar o meu enfeite! - ela apontou para o enfeite pendurado na cabeceira da cama.

-Eu que te dei isso. - Seth murmurou, alcançando o enfeite. Era um pequeno computador de vidro vermelho. - No seu aniversário de doze anos.

-É meu presente favorito. - ela sorriu.

-Sério?

-É. Sempre levo ele comigo. Acho que é meu amuleto da sorte.

-Fico feliz por ele servir de algo. Sinceramente? Achei que tinha perdido ele, ou que não tinha gostado muito.

-Eu amei, Seth. - ela disse e Seth sorriu de volta. Um apito baixo ressoou pelo ambiente. Lizzy voltou para o computador e Seth se perguntou o que tinha acabado de acontecer. Será que Lizzy podia ter um imprinting? - Isso! Consegui!

-Viu? Eu disse que conseguiria. Só precisa de uma dose de confiança.

-Não, eu só precisava de você. - ela disse, mas estava tão concentrada que Seth não sabia se ela realmente queria dizer aquilo em voz alta.

-Bem, vou deixar você fazer seu serviço, menina do computador. - ele disse, se levantando.

-Pode ficar, se quiser. - ela disse, ainda mais baixo.

-Não quero atrapalhar.

-Não vai. Fica.

*

-Por que você está me levando até Port Angeles? - Bree perguntou.

-Porque sua mãe mandou. - ele disse.

-Quer dizer, sua irmã?

-Olha, quando você fala assim, faz nossa relação parecer estranha e errada. Era para eu ser o seu tio!

-Meu tio gato, que pecado seria. - Bree provocou.

-Engraçadinha. - Embry revirou os olhos.

-O que vamos fazer em Port Angeles?

-Você precisa de livros novos, Júniper precisa de lápis novos, Cis precisa de tintas, Rosalie me pediu para pegar um pedido na loja de peças. Você sabe, resolver coisas.

-Só nós dois?

-Só nós dois. - ele repetiu.

-Tio Embry!

-Eu não sou seu tio, Bree.

-Ainda melhor. - ela disse e gargalhou.

-Que namorada doida eu tenho.

-Que namorado gato eu tenho.

-Quer parar com isso?

-Ahm… não?

-Você é impossível, Bree Whitlock.

-E você nunca foi um chato, Embry Call, então por que começar agora? - ela ergueu a sobrancelha.

Until the End Onde histórias criam vida. Descubra agora