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-Posso conversar com você? - Embry pediu, chegando no quarto de Clarissa no cair da noite. Bree estava no andar de baixo, com Kate, Eleazar, Carmen e Jasper. Jacob, Lizzy e Seth já estavam inconscientes, assim como as crianças.

-Não quero me meter em briga de casal. Ela pareceu bem puta com você. - Clarissa se apressou em dizer.

-Eu não esqueci o nosso aniversário. Sou lerdo mas nem tanto. - ele corrigiu. - É só que o que eu comprei ainda não chegou.

-E o que você comprou? - ela ergueu a sobrancelha.

-Uma coleção de alguns livros clássicos. Jane Austen, as irmãs Brontë, Arthur Conan Doyle, você sabe. E uma abelha de pelúcia. - ele fez um gesto. - Mas agora… agora eu tenho medo de não ser o suficiente.

-Como assim?

-Ela e o pessoal, montaram um cinema na sala, com meu filme favorito! Com direito a pipoca, doces, refrigerantes e chocolates! - ele disse, andando de um lado para o outro. - Cassi, eu nunca vou…

-Ser bom o bastante? Embry, você é perfeito para ela! - Clarissa o segurou pelos ombros. -  Você a conhece melhor que ninguém, sabe tudo sobre ela, e eu sei que ela não vai fazer competição quanto a isso. Ela sabe o que você passou, e esse drama que ela está fazendo é só encenação. Ela fez isso para te alegrar. E pregar uma peça em você.

-Como assim?

-Que dia é hoje, Embry?

-09 de dezembro.

-E quando vocês começaram a namorar?

-12 de… - ele parou de falar e abriu um sorriso enorme. - Eu amo essa garota.

-Viu? - Clarissa deu um peteleco nele. - E ela te ama também. E acho que ela está pensando quanto tempo vai demorar para perceber que ela está sacaneando com você.

-Boa noite, mana. - Embry deu um beijo na bochecha dela. - Tenho um assunto para tratar.

-Boa sorte! - ela sorriu enquanto ele saia e fechava a porta.

Assim que ele saiu, Clarissa se pôs a arrumar a cama para dormir. Estava cantarolando uma música quando a porta foi lentamente aberta. Ela parou e olhou. Talvez Embry não tivesse fechado direito. A porta se abriu mais um pouco. Não estava ventando, as cortinas não mexiam. Pequenos dedinhos agarraram a porta.

-Mamãe?

A cabeça de Aaron apareceu ali.

-Oi, meu amor. Aconteceu alguma coisa? - ela perguntou.

Aaron entrou, estava usando o pijama de astronauta e apertava o Astro.

-Posso dormir aqui hoje? - perguntou, olhando para os pezinhos cobertos pelo macacão de pijama. - Eu… senti sua falta. E tive um pesadelo.

-Claro, meu amor. - ela sorriu e Aaron correu para os braços da mãe, se agarrando a ela enquanto era carregado até a cama. - Também senti sua falta.

-Você tem pesadelos também? - ele perguntou, enquanto Clarissa o aconchegou embaixo da coberta.

-Muitas vezes. Sim.

-E o que você faz?

-Sempre posso contar com alguma pessoa para me ajudar a passar por isso. Seu pai, Jake, Embry, tia Allie. - ela listou. - Até a pessoa mais corajosa tem medo. Tudo bem ficar com medo, sabe? E é ainda mais corajoso quando você procura alguém para te ajudar com seus medos.

-Então… tudo bem eu correr para você? Isso não vai me fazer… mariquinha?

-Onde você ouviu isso, Ron? - Clarissa perguntou assustada.

Until the End Onde histórias criam vida. Descubra agora