27- Feel you so close

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ANTHONY BAKER - P.O.V:

   Quando acordei naquela manhã, fui recebido com vários abraços na sala, e até mesmo presentes. Ganhei um toca discos e um disco de vinil de Mozart do meu pai, eu sempre comentei que queria um, mas nunca ganhei. Da minha mãe eu ganhei uma capa da minha casa de hogwarts, que é a Sonserina, juntamente ao restante do uniforme padrão usado nos filmes, e uma varinha. A minha criança interior estava meio que surtando agora mesmo.

Isso me lembrou a minha infância, quando eu participei de uma apresentação na escola, e meu papel era do Harry, pelos cabelos que eram quase iguais, e pelos óculos. Eu os uso desde criança.

    Do meu avô eu ganhei as crônicas de Nárnia, e no momento, eu acabei não deixando de me lembrar do dia em que fui pedido em namoro, o Félix me disse que eram seu livro favorito. Das minhas irmãs eu ganhei uma cesta enorme de doces, posso dizer que amei, seria meu refúgio para quando estivesse sem bateria social.

   Sentado na minha cama, eu encarava o pacote de embrulho em minhas mãos, pensando se eu tinha escolhido o presente certo para o meu amigo, mas acho que ele iria gostar, o mesmo gosta tanto de tirar fotos, aquele seria um bom presente, e eu gastei uma grana boa naquela instax, com duas caixinhas de refil.

Isso desencadeou uma lembrança, de quando descobrimos que nossos aniversários eram seguidos, apenas com um ano de diferença.

  Me desvencilhei dos meus pensamentos, e saí do quarto, descendo até a sala no momento em que a campainha tocou. Deveria ser o Chris, eu mandei uma mensagem para ele, dizendo que ele precisava vir me ver agora, mas no andar de baixo eu me deparei com uma cena que eu não esperava, meus pais estavam arrumados, como se fossem sair, mas poxa, era meu aniversário, e três da tarde, não que eu ligasse, mas iriam me deixar sozinho?

── Onde vão? Estão saindo sem mim no dia do meu aniversário? ── confuso, eu perguntei, caminhando até a porta.

── Seu avô quer ver o sítio, querido, e também achamos que se sentirá mais confortável sem a nossa presença aqui ── talvez eu estivesse mais confuso, mas não questionei.

Girei a maçaneta finalmente, me deparando com um Christoffer completamente arrumado, estava bem vestido, cheiroso, e com um sorriso enorme em seus lábios.

Sua primeira reação foi me abraçar, e eu retribuí no mesmo momento, fechando meus olhos durante aquele curto tempo em que nossos corpos encontravam-se juntos.

── Feliz aniversário, polar ── ele disse ao se afastar, passando as mãos para endireitar suas roupas.

── Feliz aniversário pra você também, Cinderela, aqui seu presente ── estiquei o embrulho pra ele.

O observava ao que se desfazia lentamente do papel de presente que eu demorei quase duas horas para conseguir deixar arrumadinho. Mas valeu ao ver seus olhos brilharem assim que viu o que era, então voltou a olhar para mim.

── Isso é incrível, de verdade, muito obrigado ── ele sorriu, e me abraçou mais uma vez. ── O seu eu vou te entregar só mais tarde ──

── Isso não é justo

── O que não é justo é essa festa não ter começado ainda, cadê a música? ── proferiu, passando por mim, e adentrando a minha casa.

Assim que voltei a fechar a porta, eu olhei para os que estavam na sala, e todos tinham sorrisos de quem tinha feito besteira, e eu simplesmente não conseguia acreditar que eles tinham feito isso comigo.

── Sabiam que organizar uma festa surpresa não vai me deixar mais animado para o meu aniversário? ── De braços cruzados, eu caminhei até os meus pais. ── Eu já estou cansado de repetir que eu odeio o meu aniversário ──

Just ten minutes [LGBTQIA+]Onde histórias criam vida. Descubra agora