Capítulo 29 - Praia

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Oi, meus amores!

Depois de um chá de sumiço, aqui estou eu com um presente delicioso de Natal para vocês.

Bora conferir?

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Lee Jong retomou todas as suas campanhas pendentes na Publicidade Seo e o escritório estava mais movimentado do que nunca, mesmo assim o Diretor Park fazia questão de manter os estagiários cumprindo restritivamente apenas seus horários e assim evitar de ter um atrito desnecessário com seu chefe, afinal havia um acordo entre eles e Min Jae precisava sempre sair às 18h. Claro que o jovem  sabia articular bem as palavras e usá-las a seu favor para fazer algumas horas extras quando achava necessário.

Quase todos os dias era o próprio empresário que ia buscá-lo na Universidade e almoçavam juntos, mas nos últimos dias as reuniões estavam tomando muito de seu tempo, então o motorista ia buscá-lo e almoçaram quando era o caso, mas naquele dia Min Jae agradeceu em segredo o fato de seu noivo não tê-lo buscado.

— Min Jae, você está bem? Quer me dizer algo? — O motorista percebeu alguma coisa incomodando o jovem.

— Senhor Song... — Ele vacilou ao responder, mas só podia contar com o motorista para o que ele precisava. — Eu gostaria de lhe pedir um favor, se não for lhe causar nenhum transtorno...

— Claro Min Jae! Estou às suas ordens! — o motorista ficou feliz em ver que Min Jae precisava de sua ajuda para algo.

— Bem, o senhor tem algum tempo livre hoje à tarde? Próximo ao horário do final do expediente? — já havia organizado todo o plano.

— Na verdade, não tenho nada para fazer a tarde toda. O Presidente Seo não terá nenhuma reunião externa e eu já fiz tudo o que o Senhor Kim me pediu hoje pela manhã — explicou.

Diante do exposto, Min Jae sentiu menos culpa ao pedir o favor. Com tudo bem organizado e explicado, partiram depois do almoço para o prédio do escritório, mas quando Min Jae estava prestes a iniciar seu trabalho, recebeu um beijo carinhoso em sua bochecha. Nem precisou de virar para saber quem estava atrás de si.

— Seung, eu estou no meu trabalho... — até tentou argumentar, mas não escondeu sua satisfação em receber carinho tão agradável de seu noivo.

— A maioria dos seus colegas daqui do departamento ainda não voltou do almoço e eu apenas vim te desejar uma boa tarde de trabalho — encostou-se na mesa do estagiário, estampando um sorriso satisfeito.

— E você já almoçou? — Min Jae permitiu-se distrair-se um pouco na companhia de seu  amado.

— Sim, Senhor Kim trouxe meu almoço assim que a reunião para a campanha da loja de departamentos se encerrou — explicou. — Mas eu quero apenas te lembrar que seu horário vai somente até as 18h. Você está exagerando muito esses últimos dias e eu não quero que você fique sobrecarregado.

— O mesmo vale para você — Min Jae sorriu provocante.

Seo Seung poderia ficar ali pelo resto da tarde apenas admirando aquele sorriso, mas ambos foram retirados desde momento de contemplação quando funcionários bem barulhentos desceram do elevador voltando de sua hora de almoço.

— Dezoito horas — O empresário reafirmou.

— Antes disso estarei em sua sala para irmos juntos para casa. — Min Jae confirmou.

Seo Seung amava quando seu noivo se referia assim à cobertura onde moravam.

Sem ser necessário dizer mais nada, Seo Seung desencostou-se da mesa e saiu sem olhar para trás, do contrário, não saberia se seria capaz de se conter e  talvez retornasse, roubando-lhe mais um beijo agora diante de todos os funcionários que chegaram.

— Min Jae, como você conseguiu domar a personalidade forte do Presidente Seo? Ele parece outra pessoa quando está com você — a secretária Yin perguntou assim que o elevador se fechou levando o seu chefe embora.

— Eu não o domei. Na verdade, é muito fácil  conviver com ele. Nós apenas somos nós mesmos e aprendemos a respeitar o espaço de cada um. Melhorou muito depois que o Seung não me escondeu mais nada. — Min Jae explicou espontaneamente, mas depois se repreendeu por ter falado sobre sua intimidade com seu noivo tão abertamente.

— Você tem sorte, Min Jae, mas mesmo assim eu ainda tenho medo caso o Presidente Seo tenha um ataque de fúria com você. — Ela volveu seus olhos preocupados para o jovem.

— Não tenha medo. Ele não terá — respondeu confiante, com um lindo sorriso apaixonado adornando seu rosto.

A secretária Yin queria acreditar, mas era difícil. Em silêncio, ela fez uma pequena prece, rezando para que o amor que o Presidente Seo sentia por Min Jae ser grande o suficiente para o empresário jamais o feri-lo.

A tarde de trabalho foi cansativa e corrida, mas aproximava-se o horário do final do expediente e o motorista voltou de sua pequena missão vespertina, porém não estava de mãos abanando, do contrário, trazia um grande embrulho.

— Meu Deus, o que é isso? — O diretor Park virou-se para o elevador e viu o motorista chegando.

Imediatamente Min Jae e todos do Departamento de Criação se viraram para ver o recém-chegado.

— Min Jae, foi mais rápido do que eu imaginava e resolvi passar aqui antes para você conferir se está tudo certo — explicou o motorista, colocando o embrulho no chão, ao lado da mesa do estagiário.

— Eu acho melhor levarmos para a sala do Presidente Seo agora... — suas bochechas ficaram vermelhas. O plano era que o motorista levasse direto para lá pontualmente às 18h, quando Min Jae estivesse a sós com seu amado, mas isso não seria um problema. — Diretor Park, posso ir até a sala do Presidente Seo? Eu já terminei todo meu trabalho de hoje — pediu constrangido.

— Claro, Min Jae. Pode ir! — o diretor autorizou. Estava curioso para saber de que se tratava, mas sabia que só descobriria depois de puxar o motorista para interrogá-lo.

— O senhor precisa de ajuda? — Min Jae voltou sua atenção ao  motorista.

— Não é necessário, eu já estou acostumado a carregar esse tipo de embrulho! — conteve-se para não revelar o que era.

Os dois seguiram para o elevador direto para o último andar, onde ficava a sala do Presidente Seo. O secretário Kim logo deu passagem para os dois e quando entraram na enorme sala, encontraram Seo Seung ao telefone, olhando pelas enormes vidraças para a  megalópole iluminada em tons alaranjados ao entardecer. Quando deu-se conta de que não estava mais sozinho, apressou-se em desligar.

— Lee, amanhã nos falamos. Me mantenha informado sobre o andamento das obras. Tenho que ir agora — fez uma pausa, escutando o que seu irmão lhe respondia. — Eu direi a ele. Até breve. — E desligou.

— Me desculpe, eu não queria atrapalhar... — Min Jae estava envergonhado.

— Não atrapalhou, eu já estava terminando de falar com o Lee. — Veio em direção aos dois homens. — Ele mandou um abraço a você e disse que torcerá para que você seja capaz de suportar o que ele chamou de meu mau-humor diário.

Min Jae deixou escapar um pequeno riso, fazendo o coração do empresário falhar uma batida.

— E o que é isso? — perguntou, chegando até o amado, mesmo que parecesse óbvio o que havia por debaixo do papel pardo.

— É a tela que eu estava pintando para você. Pedi para o Senhor Song buscar na Universidade. Espero que você não se importe com isso... — Falou com as bochechas avermelhadas e olhando profundamente nos olhos de seu noivo.

— Claro que não me importo. Senhor Song adora fazer coisas para te mimar... — deu um olhar provocativo ao funcionário. — Pode colocar a tela sobre o estofado — orientou e foi prontamente atendido pelo motorista, que se retirou em seguida. — Então, era essa tela que você estava pintando escondido de mim? — abraçou seu amado pela cintura, pousando seu queixo sobre o ombro dele.

— Não era escondido, era para ser uma surpresa, mas como você sabia sobre ela, não é bem uma surpresa... — aconchego seu rosto junto ao do seu amado. — Abra, eu quero saber se você gostou.

— Impossível não gostar se você fez exclusivamente para mim! — deu um beijo demorado na bochecha do noivo.

— Mas não é exatamente o estilo que você gosta... — comentou.

— Mesmo assim,  vindo de você deve ser algo incrível! — lançou mais um olhar apaixonado a seu noivo e foi até a tela, desembrulhando-a.

Quando seus olhos viram a paisagem pintada sobre a tela de quase 1,50m de altura, mal pôde acreditar na perfeição dos detalhes retratados. Aquela praia onde ele amou Min Jae dentro de seu carro milimetricamente trabalhada em tons claros e vivos. No canto inferior direto, seu Maserati desenhado em todas as suas curvas e linhas e encostados sobre o capô do carro, a silhueta de dois corpos, dois amantes, duas almas gêmeas admirando o horizonte.

Era a paisagem que Seo Seung pediu para Min Jae reproduzir, que ele quis eternizar antes que se perdesse em meio a arranha–céus, iates e turistas. A paisagem que testemunhou o amor de ambos, sua entrega e devassidão. Aquela paisagem agora lhes pertencia, para todo o sempre.

— Ficou perfeita... — murmurou, ainda admirando a tela.

— Pensei em entregá-la aqui para que você possa ficar observando-a e relaxe um pouco nos dias mais cansativos e estressantes — Min Jae comentou.

— Eu amei seu presente! — Seo Seung finalmente voltou sua atenção para o estagiário, virando-se e segurando-o pela cintura. — Pedirei para o Senhor Song colocar na parede ao lado da porta de entrada, assim sempre que passar por aquela porta, lembrarei dessa tela e do momento em que dividimos nosso prazer naquele cenário!

— Achei a escolha perfeita para ele! — Min Jae sorriu em retribuição e um beijo apaixonado envolveu os noivos.

Diante da mesa do Presidente Seo ainda ficaria a ampliação da grandiosa tela do Lorde Na-kyum, mas Min Jae jamais pensou em substitui-la, do contrário, também a amava e a admirava.

— Acho que já chegamos ao final do expediente. Vamos? Quero levá-lo a um lugar! — Seo Seung o chamou assim que findou o beijo.

— Só preciso buscar minha bolsa no Departamento de Criação — Min Jae condicionou e ambos seguiram para o elevador.

Andares abaixo, o motorista estava sendo metralhado por uma série de questionamentos, mas era difícil escapar de todos eles.

— Senhor Song, pare de segredos! Todos nós estamos ansiosos para saber o que era aquele embrulho! Era um quadro? Uma fotografia? Mais uma cena obscena pintada por aquele pintor que o Presidente Seo é obcecado? — O Diretor Park estava decidido a arrancar a verdade a todo custo.

— Eu já disse, Min Jae me pediu descrição! Além disso, acredito que logo o Presidente Seo irá expor aquela pintura orgulhosamente em alguma parede de sua sala! — argumentou.

— Então é mesmo uma pintura! — o Diretor Park conseguiu uma pista. — Mas Min Jae não deve ter dinheiro para pagar uma tela de um pintor famoso... — Pensava em voz alta.

— Será que o Presidente Seo deu um cartão ilimitado para o Min Jae? Ou talvez dê uma mesada para ele...— Outras hipóteses surgiram entre os funcionários, mas antes que o motorista tentasse encontrar alguma forma de defender Min Jae dessas suposições sem contudo entregar o segredo dele, uma voz veio de trás de si.

— Suas insinuações estão todas erradas! — Seo Seung se aproximava ao lado de seu amado. O estagiário já estava todo vermelho de vergonha pois havia ouvido muito bem tais especulações. — Foi Min Jae que pintou aquela tela! — falou com um tanto de raiva em sua voz, afinal odiava que falassem de seu noivo pelas suas costas.

— Nós não imaginávamos que Min Jae também era um pintor... — O Diretor Park tentou contornar a situação.

— Tem muitas coisas sobre Min Jae que vocês não sabem e eu espero, para o bem do emprego de vocês, que parem de surgir especulações — ameaçou de forma explícita.

— Seung, por favor... — Min Jae murmurou, não querendo iniciar qualquer confusão por sua causa.

— Eu tenho sido tolerante por muito tempo, mas a minha paciência tem um limite! — o empresário correu os olhos por todos antes de direcionar suas palavras ao motorista: — Senhor Song, amanhã, pela manhã instale a tela na parede ao lado da porta da minha sala.

O motorista assentiu.

— E dê-me a chave do carro. Volte com o Senhor Kim e dispense a Senhora Song. Eu e Min Jae voltaremos tarde! — estendeu a mão, recebendo imediatamente a chave do veículo. — Vamos, Nae sarang? — falou carinhosamente com seu amado.

Min Jae nem o repreendeu por chamá-lo assim na frente de todos, apenas assentiu, querendo sair dali o mais rápido possível, pegou sua bolsa e foi para o lado de seu noivo, partindo os dois silenciosamente, mas o Presidente Seo não perdeu a oportunidade de colocar a mão ao redor da cintura do amado e conduzi-lo cuidadosamente.

Quando chegaram ao carro, Min Jae soltou um suspiro longo, recostando-se contra o banco confortável.

— Não se preocupe, Nae sarang. Logo eles se calarão. — Seo Seung colocou sua mão direita carinhosamente sobre o joelho do noivo.

— A única  coisa que me incomoda é o fato deles pensarem que eu estou com você por causa do seu dinheiro... — Min Jae comentou com os olhos extremamente tristes e angustiados.

— Mas eu sei que não é por dinheiro e é isso que importa! — puxou o amado para um beijo tranquilo, sereno. — Vamos! Eu quero que mostrar algo e te fazer relaxar!

Seo Seung deu a partida e manobrou o carro, retirando-o da vaga e seguindo para a autoestrada. Logo Min Jae reconheceu o  caminho e sentiu seu coração se aquecer ao perceber do que se tratava. A noite estava pedindo passagem enquanto o sol se escondia no horizonte deixando a escuridão tomar conta dos arredores da estrada e fazendo as luzes da cidade parecerem  pequenos pontos luminosos vistas de longe.

Quando Seo Seung finalmente estacionou sobre a areia da praia, Min Jae baixou o vidro de seu lado da porta, sentindo a brisa trazendo o leve odor da maresia. Ele amou a sensação que tomou conta do seu ser nesse momento, fechando os olhos e a guardando carinhosamente em sua memória.

Quando finalmente abriu seus olhos, percebeu que o breu da noite escondia muito mais do que seu quadro havia retratado.

— As obras já começaram... — constatou, observando os esqueletos dos prédios sendo levantados iluminados apenas pela luz da lua cheia.

— Sim, em alguns meses estará tudo pronto para a inauguração! — Seo Seung voltou seu olhar para  o noivo, tendo seu rosto divino iluminado pela luz da pequena lâmpada interna do veículo. —  Venha. Quero te mostrar algo!

Os dois desceram e se encontraram a frente do capô do veículo, o empresário abraçando o estagiário e colocando-se às costas dele, encostando-se sobre a lataria.

— Está vendo aquele prédio ali? — indicou uma construção a direita deles e Min Jae assentiu. — Ele será o mais alto dos prédios residenciais construídos. Em todas as obras da construtora, ao menos um apartamento ou sala comercial é repassado para o nome dos principais acionistas e os outros minoritários tem preferência para a compra das demais unidades. — Explicou enquanto Min Jae olhava fixamente para aquele prédio em construção. — Eu já pedi para o Lee colocar a cobertura que seria minha para o seu nome...

— O que? Não! — Min Jae foi pego desprevenido e se assustou, revirando-se nos braços de seu noivo e ficando de frente para ele. — Eu não quero isso! Não! — Foi veemente.

— É meu presente para você... — Seo Seung acariciou a bochecha do pintor, tentando acalma-lo. — De qualquer forma, depois que nos casarmos, tudo que é meu será seu também. Todas as ações nas empresas do conglomerado, a Publicidade Seo e os meus imóveis. Tudo será nosso e não mais apenas meu...

— Mas eu não quero isso. Por mim, eu continuo tendo exatamente aquilo que eu tenho agora. Nada! — insistiu.

— Nae sarang, por favor, considere. Você pode emprestar essa cobertura para quando sua noona vier passar férias aqui na Coreia com sua família, ou então transformar em seu ateliê ou até mesmo podemos nos mudar para cá depois de sua formatura, afinal não fica muito longe da Publicidade Seo e será um prazer dirigir todos os dias para lá ao seu lado — argumentou.

— Seung, eu não quero. Isso só iria reforçar a desconfiança das pessoas sobre mim e eu não...

O pintor foi silenciado com um dedo indicador sobre seus lábios.

— Por favor, não pense assim. Poucas pessoas saberão sobre isso e eu me sinto feliz em preparar esse presente para você. Aceite, eu te peço. Isso me fará tão feliz — Seo Seung quase implorou.

— Seung, você sabe que eu nunca sou capaz de resistir aos seus argumentos... — um pequeno sorriso escapou aos lábios do jovem.

— Quero te ver feliz ao meu lado. Só isso. E será delicioso acordar todos os dias junto  a ti e diante dessa paisagem deslumbrante — depositou um beijo casto sobre a testa do amado.

— Você está querendo dizer que quer morar aqui comigo? — Min Jae deduziu.

— Se isso te fizer mais feliz... Talvez possamos dormir aqui alguns dias na semana ou então passarmos os finais de semana. O que você quiser, eu farei.

Min Jae não era mais capaz de negar o que seu amado desejava. No fundo, seu coração também se aqueceu com a possibilidade de ser despertado pela manhã nos braços do seu noivo e diante daquela paisagem. Seria inspirador, revigorante e apaixonante.

Um sorriso radiante iluminado pela luz prateada da lua se fez nos lábios do pintor e seu noivo não se conteve. Envolveu-o ainda mais apertado em seus braços, puxando-o para seus lábios em um beijo ainda mais íntimo, intenso, sedutor. Impossível deixar que seus sentimentos tomassem conta de suas ações e reações.

Num impulso, Seo Seung levantou o pintor sobre o capô do carro e seus lábios desceram para a pele exposta do pescoço do jovem. Gemidos cada vez mais audíveis escapavam de sua garganta, trazendo ainda mais excitação ao corpo quente do empresário.

— Seung... Nós não podemos... Não aqui... — tentou resmungar em negativa, mas ele também se sentia particularmente excitado com a tentação de ser amado ao ar livre pelo seu noivo.

— Não há ninguém aqui a essa hora... — Seo Seung parou por um breve momento, encarando aqueles olhos desejosos de seu amado, fazendo-o deitar suas costas sobre o capô do veículo. — Além disso, sua pele fica especialmente radiante sob a luz da Lua... — um sorriso predador se formou nos lábios do empresário e Min Jae bem sabia o que significava isso. Não havia escapatória e ele não queria escapar.

— Seung... — Min Jae gemeu o nome de seu noivo levando suas mãos ao pescoço dele, puxando-o para mais um beijo lascivo, encontrando novamente suas línguas e aprofundando ao máximo seu contato. Era como se um quisesse devorar o outro. E queriam.

O pintor desceu uma de suas mãos sobre o peitoral do empresário, passando por seu abdômen e chegando até o volume que se formava dentro de sua calça, massageando com força a região. Seo Seung arfou em busca de alívio. Aquele carinho ousado era tão raro de acontecer. Min Jae ainda não era acostumado a tomar atitude, mas agora ele parecia mais a vontade do que nunca.

Os lábios do pintor desceram para o pescoço do empresário, não se importando se ali ficariam marcas, apenas sorvendo o delicioso sabor salgado do suor que já escorria pela pele do seu noivo naquele final do dia abafado.

Inebriado. Min Jae estava tomado de um desejo tão intenso que o fez perder qualquer sinal de razão e suas mãos acariciavam o corpo sobre si, abrindo os botões da camisa social e aprofundando suas digitais naquela pele lisa e bem marcada pelos músculos do empresário. Seu quadril também agia instintivamente, roçando com força contra o do outro, indicando ainda mais o desejo que as duas ereções tão palpáveis demonstravam.

— Nae sarang, eu preciso de você... Eu preciso te sentir... — Seo Seung sussurrou, completamente perdido em meio a luxúria que os envolvia.

— Você me têm por completo, meu Seung... — os olhos semicerrados de Min Jae eram um convite velado para que o empresário o tomasse ali mesmo, sem nenhum pudor.

Seo Seung afastou-se por um breve instante,  observando a face envolta em desejo de seu noivo, sua respiração pesada entregava a devassidão do momento e sua ereção implorava por um contato mais intenso. O empresário levou suas mãos para a cintura do jovem, arrastando sua camiseta para cima e a retirando por completo. Os mamilos eriçados dele eram um convite provocativo e Seo Seung não seria capaz de recusá-lo.

As unhas de Min Jae arranjaram a pele dos ombros de seu noivo enquanto ele mordia e sugava cada um dos mamilos do jovem, sem pressa, sem limites.

O quadril do empresário esfregava-se com mais intensidade em meio às coxas do pintor, trazendo ainda mais excitação aos dois, provocando arrepios e intensificando os desejos de ambos de se unirem em um só prazer. Quando o mais velho se deu por satisfeito diante dos mamilos inchados e tão bem estimulados do jovem, desceu seus lábios para o abdômen dele e traçou um caminho de beijos e lambidas até chegar ao cós da calça dele, que foi puxada para baixo e retirada violentamente junto com tudo o que ainda restava sobre aquele corpo.

Min Jae estava completamente vulnerável aos desejos de seu novo e ele jamais seria capaz de recuar. Não! Ele queria mais. Muito mais.

Seo Seung deixou escapar um sorriso de canto e observou o jovem sobre o capô do Maserati, apenas na espera de mais prazer do que já fora capaz de sentir, muito mais. O empresário desabotoou lentamente seu cinto, depois o botão e finalmente abriu o zíper, retirando seu membro rijo e pulsante. Do seu bolso, retirou a carteira onde sempre havia uma camisinha preparada para esses momentos de irracionalidade e lascívia que ambos adoravam se entregar.

Enquanto Min Jae esperava seu amado colocar a camisinha, seu íntimo pulsava de desejo. Cada segundo que passava servia apenas para aumentar a expectativa do prazer que dividiriam. Eu quando o empresário voltou a se aproximar, sua glande tocando o ponto de entrada, Min Jae não foi mais capaz de manter seus olhos abertos, soltando um gemido quando se viu sendo invadido lentamente pelo membro de seu noivo.

Seo Seung apoiou suas mãos sobre a lataria do veículo, uma de cada lado do corpo do pintor, forçando lentamente a entrada de seu pênis, sentindo a pressão do interior quente e úmido do noivo. Arrepios de luxúria percorriam os corpos de ambos e Min Jae moveu involuntariamente seu quadril, aprofundando com força a ligação que os unia.

— Ah... — soltou um gemido agudo quando o membro de seu noivo ficou profundamente em seu interior, atingindo o limite de seus corpos.

— Nae sarang, eu não posso mais me segurar... — Seo Seung sussurrou, já começando a estocar lentamente.

— Por favor... — Min Jae levou seus braços ao redor do pescoço do empresário, puxando-o para mais perto de si, colando suas peles e fitando aqueles olhos apaixonados do seu amado. — Não se contenha, Seung... Eu quero tudo de você...

E gritou, sentindo a estocada forte que o atingiu. Seo Seung não tinha mais forças para se controlar e começou a estocar rigidamente e com cada vez mais intensidade, vendo o seu amado se contorcendo e gritando de prazer, tendo todo seu corpo envolvido em sensações cada vez mais urgentes.

Mentes em branco e apenas prazer emanando de seus corpos suados. Uma explosão de êxtase os tomou enquanto seus corpos reagiram a tantos estímulos. Min Jae se derramou entre seus abdomens e logo em seguida o empresário se despejou por completo no interior de seu amado. Prazer fluindo por cada centímetro de suas peles, respirações aceleradas e a plenitude da entrega e do amor que desfrutavam.

Seo Seung pousou sua testa sobre o ombro de Min Jae, descansando seu corpo e sua mente depois de sexo tão intenso que compartilharam. Apenas suas respirações poderiam ser ouvidas em meio ao som das ondas do mar quebrando sobre a praia e mais nada.

A brisa suave trazia o alívio para o calor de seus corpos e a certeza de que aquele momento era só deles, ninguém poderia invadir esse momento de contemplação mútua.

— Seung... — Min Jae o chamou, fazendo o empresário levantar levemente a sua face e encontrar com os olhos do jovem sob si.

— Diga, meu Nae  sarang — acariciou sua bochecha com o polegar enquanto resvalava seu nariz sobre o do outro.

— Eu... — Min Jae sentiu suas bochechas ruborizarem mais uma vez diante da confissão que faria, mas queria revelar esse pequeno segredo. — Eu gosto de ser amado por você em lugares diferentes... — falou timidamente .

— Você quer dizer... — Seo Seung abriu um sorriso largo e insinuante — que gosta de transar comigo ao ar livre? — insinuou.

— Não... Não apenas isso... — apoiou-se sobre os cotovelos ainda no capô do carro, sem desviar seus olhos dos do seu noivo. — Eu gosto de sentir a adrenalina de tê-lo dentro de mim em lugares que são arriscados, que são impróprios para isso. Eu gosto de ser possuído por  você em qualquer lugar em que possamos ser flagrados. Isso me trás uma sensação de liberdade que mais nada pode me proporcionar — explicou por fim.

— E eu te prometo que enquanto eu viver, irei te amar em todos os lugares que você desejar, não importa como e onde. É uma promessa e eu nunca quebro minhas promessas.

Um sorriso enorme se formou nos lábios do jovem, que abraçou com força seu noivo, envolvendo-o  em seus braços, nenhum milímetro de espaço havia entre eles. Pareciam um só e era assim que ambos desejavam ser pelo resto de suas vidas.

Depois que esse momento tão íntimo e profundo chegou ao fim, Seo Seung ajudou o pintor a se vestir e finalmente partiram de volta à Seul, mas Min Jae não teve forças para se manter acordado durante o trajeto. Ao chegar ao seu condomínio, o empresário tomou o jovem em seus braços e o levou até a cobertura em seu colo. Ele amava ver seu pintor sob sua proteção. Era assim que o teria dia após dia, em seus braços, em seus cuidados, com todo o seu amor.

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Capítulo delicioso💕

E então, gostaram?

Quero muitos comentários e votinhos, viu?

E não que vem irei preparar Pintor Privado para se tornar um livro físico e original.

Acompanhem todas as novidades pelo meu Instagram escritora_f_ok

Espero vcs😉

E tem um casal q estão noivo... E se noivou, tem que casar, né 🙈🙊

Isso será muito bom  😉

Beijos bem apertados nas bochechas de vcs e se nao nos vermos até la, Feliz Natal.

Ah, antes dessa data, lançarei um conto inédito de Natal. Espero que leiam e votem 😉

Pintor Privado - Painter of the NightOnde histórias criam vida. Descubra agora