O sol brilhava forte quando acordei no dia seguinte, minha avó já estava terminando de se arrumar para sair, por um instante cheguei a pensar que havia dormido demais e perdido a hora, mas ela me disse que iria sair mais cedo, pois queria aproveitar o dia ao máximo, pouco depois ouvimos o som da buzina do carro da Márcia, vovó se despediu de mim e disse que voltaria no final da tarde, olhei para o relógio de parede da cozinha e vi que já estava na hora de me preparar, antes aproveitei para estender as roupas que eu tinha colocado pra lavar ontem a noite, em seguida fiz minhas higienes matinais e tomei um copo de vitamina de banana, como o dia estava quente optei por usar um vestido preto com detalhes brancos, bem leve, de alças finas e rodado, que ia até um pouco abaixo da metade da minha coxa, nos pés coloquei uma rasteirinha da mesma cor do vestido, passei um batom e coloquei algumas coisas que eu pudesse precisar na minha bolsa, tranquei as portas e fui para a casa do José Rafael, como ele morava perto não demorei muito pra chegar, ele já estava me esperando, então o portão estava aberto, entrei e o encontrei terminando de temperar as carnes, como os nossos amigos iriam trazer as bebidas eu resolvi fazer um vinagrete, estava distraída cortando alguns tomates quando senti o José Rafael me abraçar por trás e começar a beijar o meu pescoço, antes que eu pudesse ter alguma reação senti sua mão acariciar minha coxa, admito que nesse momento um arrepio percorreu o meu corpo, mas também tive uma sensação de desconforto.-Meu bem, agora não, daqui a pouco os convidados vão chegar.
-Ainda temos tempo, vamos aproveitar um pouco.
Ele disse enquanto me apertava ainda mais, pouco depois ele levou suas mãos até os meus seios e os apertou com certa força, nesse momento a sensação de desconforto se apoderou do meu corpo e com um empurrão eu consegui me desvencilhar dos braços dele, que me olhou como se não acreditasse no que eu tinha feito.
-Caralho Jéssica, você sabe a quanto tempo a gente não transa?
-Tem um tempinho.
-Um tempinho? Já tem quase cinco meses, o que é que tá acontecendo com você?
-Não tá acontecendo nada.
-Por acaso você tem outro homem?
-O quê? Mas é lógico que não.
-Então que porra tá acontecendo com você? Porque nunca mais quis fazer sexo?
-Eu não tô em um bom momento, só isso.
-Como não? Você já conseguiu outro trabalho, tá tudo bem com você, com a sua avó, eu não entendo porque você não tá em um bom momento.
-Por favor não vamos falar disso agora, nós temos um churrasco pra preparar e eu não quero estragar o clima.
Nesse momento o celular dele tocou, e ele não conseguiu esconder uma expressão de raiva, acho que tanto por eu ter me recusado a fazer sexo como por essa ligação, que interrompeu a nossa discussão.
-Esse assunto não acabou, você ainda vai me explicar essa história direitinho.
Ele disse enquanto ia atender o celular na varanda, terminei de preparar o vinagrete e fui até a sala, me jogando no sofá enquanto deixava escapar um suspiro desanimado, José Rafael era fotógrafo, portanto a sala era decorada com vários de seus trabalhos, observei todas aquelas fotos enquanto pensava em tudo que tinha acontecido, mas esse definitivamente não era um bom momento para conversármos sobre esse assunto, até porque eu tenho certeza que ele não me entenderia e nós acabaríamos tendo outra discussão. Nem sei quanto tempo se passou, ainda estava perdida em meus pensamentos quando ouvi a voz animada da Samantha me chamando, fui até a cozinha e a encontrei guardando algumas latas de cerveja no freezer, mal terminou e ela já correu para a varanda pra ajudar a acender a churrasqueira, não consegui segurar uma risada, ela parecia sempre estar ligada no 220, Augusto, Marcelo e Lucy chegaram pouco depois, aos poucos os outros convidados foram chegando, vieram também alguns amigos do José Rafael com os quais eu não simpatizava muito mas os cumprimentei por educação, Camila foi uma das últimas a chegar, passou direto pelo meu namorado sem falar nada, e ele também não fez a mínima questão de falar com ela, juro que gostaria que eles parassem com essa implicância um com o outro. O dia estava agradável e o churrasco acontecia de forma divertida, ouvíamos música, comíamos, bebíamos, ríamos, conversávamos, mas a minha mente ainda estava bem bagunçada com o que havia acontecido mais cedo, eu precisava desabafar um pouco com alguém, e definitivamente o meu namorado não era essa pessoa, então chamei a Camila e perguntei se poderíamos conversar, prontamente ela respondeu que sim, nos sentamos em uma mesa um pouco mais afastada e eu contei a ela tudo o que tinha acontecido, ela pareceu entender embora também tenha ficado um pouco confusa.
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Do you believe in destiny?
FanfictionTim Burton visita Brasília para a exposição comemorativa de seu trabalho, em um quase acidente, ele conhece Jéssica, uma garota de 18 anos, com a qual ele tem uma empatia imediata, em pouquíssimo tempo, os dois criam um laço de amizade incrível, pas...