Feliz Natal

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Eu não acredito que vocês acharam que a história ia acabar naquela cena.

Ainda tem muita coisa pra acontecer em Castelo de Cartas, então digamos que eu esteja trazendo uma parte 2.

8 capítulos vão ser postados e as atualizações vão ser diárias até o último dia do ano. 

Desde já um Feliz Natal e uma boa leitura. 💛




Win se esticou na ponta dos pés para terminar de pendurar os últimos enfeites na árvore de Natal. Já tinham enrolado as luzes, pendurado os sinos, laços, bengalas, renas e bonecos de neve. Na porta havia uma linda guirlanda. Alguns Papais Noéis e meias estavam espalhados pela casa. Do lado de fora, alguns pisca-piscas para iluminar a fachada, tudo o que um bom Natal tinha direito. Faltava apenas a estrela dourada no topo da árvore para que ela ficasse pronta. Bright estava o ajudando, já que moravam na mesma casa agora.

Ele nunca achou que aquilo fosse possível. Dividir um lar com alguém. Com alguém que o amava, que fazia bem para si. Bright era tudo aquilo e muito mais. Pensou que Bright estava brincando quando disse "sim" ao seu pedido de casamento, mas Bright falou sério quando esboçou um sorriso sincero depois que deu a sua resposta simples. Foi ali que Win entendeu que sonhos podiam se realizar.

O desejo de ter alguém ao seu lado para amar e ser amado, para compartilhar os problemas e uma casa grande, parecia uma coisa distante para o detetive. Honestamente, ainda era difícil acreditar na própria realidade. Bright era só um veterano que roubou um beijo seu e agora era o seu noivo. Pensar no modo em que a sua vida virou de cabeça para baixo o fazia rir, isso se ignorasse os momentos complicados pelos quais passou quando as coisas estavam impossíveis de lidar. Pelo menos agora tudo estava bem e, por sorte, Win não era mais o tipo de homem que sentia medo que as coisas desmoronassem, porque pela primeira vez em muito tempo, não estava mais vivendo dentro de um castelo de cartas. Estava tudo perfeitamente sólido.

Antes do dia 24 de dezembro, os convites para a ceia na casa do detetive foram enviados. A mãe de Win, Fong e a namorada, Type e a família, além de Dew e Nani, que mesmo morando em outra cidade compareceriam. Apenas os mais íntimos, os amigos, as pessoas em quem Win confiava. Mesmo que todas aquelas pessoas fossem do convívio de Win, Bright estava confortável. Ao longo dos meses, conheceu quem fazia parte da vida do detetive. Primeiro Fong, o melhor amigo, depois a namorada, logo em seguida Type. Dew e Nani não precisava conhecer porque estavam juntos na universidade. Evitava pensar no crime que cometeu para não achar que todos o julgavam, porque não era verdade. Win havia dito para si muitas vezes que ele pagou pelo erro e tudo bem. Mesmo assim, não era fácil.

— É uma pena que o Man não possa vir.

Win direcionou um olhar triste para Bright, sabendo como Man era importante para ele. Toda aquela coisa de "você é como um irmão" não era da boca para fora. Man e Bright tinham algum tipo de laço forte que ainda estava muito vivo. Mesmo com Man vivendo no exterior, ele falava com Bright por mensagem e ligações quase todos os dias.

Como estava vivendo no Brasil junto com a família, Man não pôde comparecer ao Natal na casa nova, casa essa que Bright concordou em morar depois do pedido de casamento. Sempre sorria quando lembrava da pergunta de Win. Não achava que seria ele a fazer o pedido. Mas era justo. Era justo porque ele pediu Win em namoro. Agora, Win o pediu em casamento.

— Quem sabe no próximo Natal. — Disse Bright, dando de ombros. Ele forçou um sorriso, fechando as caixas vazias depois que todas as decorações de Natal foram colocadas na sala. Quis mostrar que não estava triste por não ter o melhor amigo por perto, mas Win sabia como ele se sentia sozinho.

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