Paraíso

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Bright não achou a história de Fong tão verídica assim. Win até poderia ficar perigoso sob o efeito de álcool, mas muitas pessoas também ficavam daquele jeito, inclusive o próprio Bright, que por causa de algumas garrafas de cerveja, aceitou um desafio sem fundamento para beijar o primeiro calouro que encontrasse, o que o levou a conhecer aquele detetive e mudar toda a sua vida.

Mas era totalmente verdade o que ambos os rapazes haviam dito para si. Win participou mesmo de algum tipo de orgia na época da universidade depois de passar dos limites na festa com open bar e desde então preferia ficar longe do álcool para não cometer o mesmo erro, ainda que aquilo fosse impossível de acontecer, já que agora era um homem comprometido. Porém, Bright ofereceu um ótimo vinho para ele. Era um dia especial, o aniversário do detetive. Que mal faria apenas uma taça?

Win não parou na primeira taça. O ponto era que o detetive evitava qualquer bebida para que não se tornasse inconsequente, mas aquilo não significava que não gostasse delas. E vinho era uma das que mais ganhava o seu paladar. Em pouco menos de uma hora, a garrafa que Bright comprou mais cedo havia esvaziado e agora Win estava diferente. Não completamente alterado a ponto de não se lembrar de absolutamente nada no dia seguinte, mas estava risonho o suficiente para Bright entender que ele estava bêbado.

Da mesa, foram para o sofá, do sofá, para o quarto. Bright disse a si mesmo naquele dia quando acordou que cuidaria de Win da melhor forma que conseguisse só para mostrar o quanto ele era importante para si. O mimaria enquanto estivessem juntos com café da manhã na cama, beijos demorados, uma festa surpresa e, no fim do dia, para finalizar, daria a ele o melhor sexo da sua vida. Só que, Bright já deveria saber que fazer planos nem sempre era uma coisa certa, porque Win estava tomando todos os primeiros passos possíveis naquele quarto, deixando um Bright sem jeito várias vezes. Talvez nunca conseguisse se acostumar com Win Metawin. Ele ainda achava que aquele detetive era demais para si.

Win sempre deixou claro que gostava de ser submisso e que o tratassem com certa brutalidade na hora do sexo. E Bright entendia o seu lado com o maior prazer. De todas as pessoas que passaram pela sua vida, Win foi a única que o marcou verdadeiramente. Tudo o que mais queria era deixá-lo satisfeito de todas as formas possíveis.

— Gosto de sentir o seu cabelo.

A fala foi dita em tom carinhoso, mas Bright conseguiu sentir em seguida os cabelos serem puxados com força. As duas mãos estavam em sua cabeça, os fios maiores do que o normal sendo agarrados pelos dedos dele. Win gostava da textura lisa e macia, de como eles escorregavam, de como tinham o cheiro do mesmo shampoo que usava. A boca estava no rosto dele. Bright sentiu a língua quente atrás da sua orelha. Win fazia tudo muito devagar e era exatamente o que Bright queria naquela noite. Ir com calma. Mas faltava muito pouco para que perdesse o controle e empurrasse o corpo de Win na cama para acabar com aquilo de uma vez, isso porque o pau já estava dolorido com todos aqueles beijos e toques desde que passaram pela porta da casa.

Sentir o corpo de Win deixava Bright satisfeito. Mesmo por cima das roupas, ele ainda conseguia sentir como ele era um homem gostoso, com carne para apertar e músculos para morder. Ele ainda estava arrepiado quando decidiu tirar as mãos da cintura dele para abrir botão por botão da camisa social que Win usava, mas aquela era uma tarefa difícil demais para quem estava com muito vinho no sangue dentro de um quarto escuro, então ele achou melhor arrancá-la de qualquer jeito, puxando cada botão de forma feroz até que a blusa estivesse aberta e impossível de ser usada de novo.

Ela estava finalmente no chão quando Bright voltou o olhar para Win e abriu um sorriso sem perceber ao observar as bochechas coradas. Era mais do que bom vê-lo solto daquele jeito, porque Win se comportava de forma séria vinte e quatro horas por dia. Gostando de saber como ele estava realmente feliz naquela noite, Bright o tocou na cintura nua, os dedos sentindo a pele quente, a língua passando pelos próprios lábios só para se aproximar e beijar as clavículas do detetive, uma parte excêntrica que adorava nele. Deixou um chupão sem pensar na marca que ficaria no dia seguinte, as mãos descendo da cintura até a bunda, os dedos apertando forte as duas bandas e a boca ainda no corpo dele, no pescoço. Outro chupão, outra marca, mais um gemido de Win, manhoso demais quando nem haviam começado direito a comemoração particular.

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