Heaven is you, fire on fire - 2° Temporada

Capítulo 27

Brena On

- Fico olhando minhas sobrinhas, lembrando de quando elas eram pequenas. - Sorri nostálgica - De quando cuidei delas.

- Isso te parece bom? - Minha psicóloga, Dra. Hanna me questiona

Analiso um pouco a situação. Rodei a aliança em minha mão, eu e Rosa tínhamos os nossos dias de luta e os de glória. Tudo normal, os casais brigam. Anos de casamento se passaram e seguimos firmes.

Aprendemos a dividir nossos problemas e sempre falar quando alguma coisa nós incomodava.

Viajamos todos os anos, tiramos os nossos momentos juntas e agora, finalmente, me sentia pronta para ter um bebê.

Ainda não disse a Rosa, mas sentia que ela estava segurando para me perguntar isso.

- Sim. - Respondo - Quero ter um bebê, me sinto pronta

- Se sente pronta?

- Quer dizer, acho que pronta nunca estaremos. - Sorri nervosa - Mas sinto a vontade de ter um, me sinto confortável para isso.

Hanna sorri para mim. Ela já estava me acompanhando há um tempo e acredito que tive progresso em nossas consultas diárias.

- Então, devo desejar boa sorte a futura mamãe.

São do consultoria dela, estava chovendo. Aliás, quando não chovia em BH. Entrei no carro, molhei um pouquinho minha roupa, mas dígito até minha casa.

Escolhemos uma próxima da casa de Sheilla, por exigencia minha. Queria minhas sobrinhas por perto

Cheguei em casa encontrando tudo no maior silêncio, Rosa ainda deveria estar no Minas. Tiro minha roupa molhada indo tomar um banho quente e relaxante.

Fiquei me olhando no espelho, passei a mão na barriga imaginando-a grande.

- Está com dor no estômago? - Rosa me pergunta

Estava tão concentrada na minha imagem no espelho e nem notei quando ela chegou.

- Imaginando o meu útero sendo ocupado. - Falo ainda com a mão na barriga - O que me diz?

- Está falando sério? - Rosa caminha até a mim - Um bebê? Sério? Só se quiser

- Eu quero, Pink.- Beijo seus lábios - Estou me sentindo confortável e a vontade para isso.

Rosa abre um sorriso lindo me abraçando com força

- Não consigo acreditar.

- Vamos ter um bebê, amor.

(....)

Não vamos ter um bebê.

Quer dizer, não agora pelo menos. Mais um aborto espontâneo.

Me deito na cama cobrindo até meu pescoço com a manta, Rosa ligou o ar-condicionado.

- Quer alguma coisa? - Ela pergunta

- Não. - Respondo

- B,vamos conversar

- Quero ficar sozinha, Rosa. - Peço

Rosa sai do quarto, não antes de me dá um beijo na bochecha.

Deveria ser algum castigo, depois de anos falando que não queria um bebê, agora que quero meu corpo não aceita.

Não corresponde.

Afastei Rosa, ela me tocava, me abraçava, me beijava e eu nada. Estava fria como uma pedra de gelo.