Capítulo 13

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– Então, qual dos três você gostou mais? – estávamos sentados dentro de uma pequena cafeteria que encontramos no caminho para casa. Jane me pergunta e eu não consigo dar uma resposta ainda, todos eram lindos, com espaço suficiente para uma pessoa e com fácil locomoção para o hospital onde eu trabalho.

– Gostei de todos, na verdade, você gostou de algum? – a garçonete entrega os nossos cafés e a fatia de bolo que Jane havia pedido, parecia estar uma delícia.

– Acho que gostei muito mais do segundo, a decoração, o espaço, acho que combinam perfeitamente com você. E também, o quarto de hóspedes é grande o suficiente para mim. – ela enfia uma garfada do bolo na boca após sua última frase e involuntariamente minhas sobrancelhas se erguem.

– Você está muito enganada se acha que vai dormir num quarto de hóspedes quando for me visitar. – consigo vê-la lutando para não se engasgar com o bolo e beber um gole do seu café para ajudar a descer por sua garganta. Ótimo, agora ela deve me achar um tarado.

Mas também não consigo deixar de sorrir ao perceber o quanto consigo deixá-la nervosa, suas bochechas agora estão levemente coradas e ela tem um sorriso bobo nos lábios, queria saber o que está se passa na cabeça dela agora.

– Posso? – pergunto quando estendo a mão para pegar o seu garfo e ela me entrega, dou uma garfada no bolo e levo até a boca percebendo que ela observa atentamente os meus movimentos, lambo o resto da cobertura que havia restado no garfo e ela engole em seco se aconchegando ainda mais na cadeira. – Um bolo muito bom, mas, não supera o meu.

– Então quer dizer que, além de um médico charmoso, você ainda assa bolo? – o seu tom meigo me faz querer sorrir ainda mais.

– Me acha charmoso é? – pergunto com um sorriso pervenço nos lábios e ela rir balançando a cabeça de um lado para o outro olhando para o bolo.

– Como se você não soubesse disso.

– Você é a primeira mulher que diz me achar charmoso, já ouvi muito fofo, bonitinho, meigo, mas nunca charmoso.

Confesso que meu coração errou as batidas ao saber que ela me acha charmoso e isso nunca me aconteceu, gosto de passar o tempo com Jane pois ela é sincera e admiro muito pessoas que conseguem ser sinceras hoje em dia.

Nós saímos da cafeteria e caminhamos de mãos dadas pela rua, Jane apontava para alguns letreiros que gostava pela combinação de fonte e cor e eu fingia que entendia o que ela estava falando, não entendo nada de Design.

– Jane? – nos viramos para trás no mesmo instante em que o seu nome é chamado e vejo seu ex namorado com as mãos nos bolsos. – Achei que veria você hoje de manhã, o que aconteceu?

– O que? – falamos ao mesmo tempo mas ela pergunta para ele e eu pergunto para ela. Não é possível que ele esteja mesmo falando sério, não depois dos dias que passamos juntos e depois de tudo que ele a fez passar.

– Não se faça de desentendida só porque está na frente do idiota aí, você disse que iria lá em casa hoje cedo e não foi... – o canalha do Ricky tinha um sorriso travesso nos lábios e a forma como ele estava olhando para Jane me deixava nervoso, como pode ser tão canalha?

– Eu nunca disse isso. – ela se mantém firme e aperta a minha mão olhando em minha direção. – Felix eu nunca disse isso, não o vejo desde o dia em que o mandei embora. – admiro a sinceridade de Jane, sim, admiro, mas a coisas que ela não me conta... Me sinto no meio de um fogo cruzado mas minha única opção agora é acreditar na sua palavra.

A expressão no meu rosto tornasse seria quando ele dá um passo na direção dela e eu me vejo na obrigação de interromper aquilo. Ele era bem mas alto do que eu, cerca de 1,80 então eu estava olhando para cima, o que era humilhante, mas não deixaria de jeito nenhum esse cara importunar a minha garota.

In the middle of the night | Felix | Stray Kids | Lee FelixOnde histórias criam vida. Descubra agora