Capítulo 02

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Natasha

Depois de desmaiar pela segunda vez naquele...

Dia?

A quanto tempo eu fiquei desmaiada?

Não sei a quanto tempo estou aqui e isso me desespera. Olho ao redor novamente.

Isso parece um pesadelo.

Me movimento na minha cela improvisada. Há uma cama de aparência nada confortável. Marrom e de madeira, sem nenhum travesseiro ou fronha, em cima dela está um prato com comida.

Pão e água.

Apenas isso.

Devoro a comida em menos de três minutos e percebo o quanto estava com fome. Estava menos escuro do que a outra vez, o porão refletia os primeiros raios de sol, filtrados pelas pequena janelinha suja.

Há também uma escada que conduzia até a porta do porão totalmente fechada com o que parecia ser também de madeira.

Grande e intimidadora, não havia maçaneta pelo lado de dentro.

Ouço Passos e me levanto da cama em estado de defesa.

- Finalmente acordou, cinderela - O desconhecido murmura. ㅡ Posso cheirar seu medo, sabia ?! e ele é ... ㅡ ouço ele forçar seu nariz para sentir algo no ar. ㅡ delicioso.

Continuo em silêncio.

ㅡ Muito esperta. Não aturo desaforo. ㅡ Ele está na frente da minha cela agora. Vestido totalmente de preto e com uma máscara que escondia todo seu rosto, seu contraste era assunto. Ele me dava calafrios.

ㅡ Como é? o gato comeu sua língua, RATINHA? Fale comigo! ㅡ Ele perde a paciência e eu me encolho mais ainda.

ㅡ O que você ... pretende fazer comigo? ㅡ pergunto.

ㅡ Uma boa pergunta, Rata. ㅡ Aperto os lábios. Queria gritar para ele não chamar assim, e mandar ele se fuder mas eu não era louca de fazer isso. ㅡ Você acabou de ganhar um prêmio ... Eu não irei te matar ... hoje. Não, não, não, eu tenho planos para você.

ㅡ Planos ... ㅡ Repito horrorizada.

O que esse cara poderia querer comigo?

Ah meu Deus!

ㅡ Sim, meu doce animal de estimação, você irá ser útil para mim e eu não irei lhe machucar. Se fizer tudo que mando estará à salva ... de mim. ㅡ Ele se aproxima da minha cela.

ㅡ E como eu seria útil para alguém como você? - Pergunto. Após a minha pergunta sem resposta, o homem olhou para mim ㅡ pelo menos acho que olhou, ele estava de máscara ㅡ e Riu novamente.

Riu estranho. Abrindo minha cela, pude ver de relance suas mãos ... pareciam totalmente queimadas com linhas vermelhas e disformes por toda sua pele ali.

Queria questionar a ele como ele conseguiu aquilo, ou se foi alguém, mas novamente me calei.

Ele me libertou daquele lugar sujo.

Livre de minha prisão pela primeira vez, pude sentir a adrenalina em minhas veias e minhas mãos estão tremendo.

Tudo que eu queria era sair correndo sem olhar pra trás, mas eu sabia que ele me pegaria na primeira oportunidade.

ㅡ Nem tente. ㅡ Ele diz ㅡ Você não iria muito longe. Baixo a cabeça cerrando os dentes para trás de lábios contraídos. ㅡ Você irá fazer e servir as refeições, limpar o chão, vai limpar as minhas coleções de armas e limparar minhas roupas. ㅡ Ele replica.

ㅡ Entendi...

ㅡ E você vai tirar a pele das crianças que caço. ㅡ ele disse. Solto uma exclamação de terror. ㅡ Foi uma piada. ㅡ Ele murmura sarcástico.

ㅡ Oh ... certo. - Respondo aliviada. ㅡ Quando você limpar tudo, voltará para o porão. Fará isso todos os dias, entendeu?

ㅡ Sim.

ㅡ Ótimo, estou avisando, se você tentar alguma gracinha ... Eu não terei misericórdia com você. ㅡ Ele diz, sua voz é penetrante e ameaçadora.

ㅡ E-Entendi.

E com essas palavras ele vai embora, me deixando sozinha para assimilar tudo que aconteceria daqui pra frente.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora