Capítulo 06

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                                   Gabriel Lessa

Meu corpo desperta ao sinal dos primeiros raios de sol em minha janela.

Abro os olhos e me levanto. 

Ainda é cedo para que minha inocente cativa esteja acordada. Como todos os dias, sigo em direção ao porão silenciosamente. Chegando la, a assisto dormir passivamente sem imaginar que a estou observando.

Seus cabelos escuros estão espalhados por seu rosto e ela dorme com sua mão apoiada em sua bochecha.

Tão... indefesa.

Seria tão fácil mata-la enquanto ela dorme.

Apertar seu precioso pescoçinho enquanto ela sufoca e emplora por misericórdia...

Reprimo esse pensamento ferozmente. Não desejo mata-la. Não ainda, de qualquer modo. Escuto ela suspirar em seu sono.

Me xingo mentalmente por estar aqui em pé parado como um maldito idiota.

Ainda silencioso, abro o cadeado da gaiola que construí para ela quando soube que a teria. Irei caçar hoje e costumo demorar. Não irei deixá-la presa como da outra vez.

Subo os degraus de dois em dois e volto ao meu quarto.

O único local que Natasha não pode entrar.

Deixei isso bem claro à ela na primeira semana.

Já dentro dele, vou em minha prateleira na parede ao lado da minha cama. Faminto com os olhos eu escuto o chamado de escolher entre tantas facas, armas, serras ou machados. Tenho todo um arsenal a espera.

Sorrio lentamente

Está na hora da diversão

[...]

Estou na rodovia aguardando minha próxima vítima. 

Com um capuz que esconde meu rosto desfigurado e minha faca prontamente afiada na cintura, espero pacientemente enquanto faço sinal com as mãos de carona para os automoveis que passam em alta velocidade. 

Meu corpo vibra com uma energia assassina.

Estou sedento por sangue ouvindo a voz na minha cabeça que repete "Mate-os, mate todos eles".

Oh, eu irei... Sorrio quando um caminhão para a minha frente.

Ando lentamente em direção a ele e um homem na casa dos cinquenta anos que abre a porta para mim.

Entro e fecho a porta com um baque.

ㅡ Está indo para o oeste, filho? ㅡ O maldito velho me pergunta.

Aperto meus ao som de sua voz me labios de "filho".

Aceno. Puxo mais meu capuz sobre meu rosto para ele não me ver. Ainda não... quero olhar nos seus olhos quando ele ver pra quem ele deu carona.

ㅡ Sabe, não é bom aceitar carona de qualquer um hoje em dia. — Ele continua. Sorrio ironicamente.

Você não faz ideia, velhote. Um barulho de clique chama a minha atenção. Olho para minha direita calmamente.

Ele travou a porta do meu lado do passageiro.

Estreito os olhos.

Deixo ele continuar com seu joguinho por mais uns segundos.

ㅡ Você é garoto tão calado. Qual a sua idade? Não deve ter mais que dezoito... não seja tímido, deixe eu ver seu belo rosto. ㅡ Ele diz lascivamente enquanto suas mãos em direção ao meu joelho aproxima.

Enquanto ele falava eu ​​me estava segurando para controlar minha raiva e não sair da minha disfarce. Um molestador de merda! Já sabia como seu tipo agia. Ele era tão monstruoso quanto eu, mas de um jeito mais baixo.

Eu nunca estuprei ninguém.

Não tenho prazer em infligir dor a ninguém dessa maneira.

Mas o homem ao meu lado fez.

E o fato de que eu pensei que ele faria isso comigo... eu não sei se eu deveria rir ou arrancar seu maldito pescoço de seu ombro. Eu decido fazer os dois.

ㅡ  Tá surdo, tire esse maldito capuz. com todo o prazer!

Eu ouço sua respiração de horror enquanto mostro fielmente meu "rosto bonito".

ㅡ O que você está... ㅡ Eu não vou deixar você terminar de falar. Com um gesto rápido, puxei uma faca de sua cintura e cortei sua garganta.

Seu rosto está uma máscara de surpresa, seus olhos arregalados e a boca fazendo sons enquanto ele engasga com seu próprio sangue.

Sorrio satisfeito.

Meu rosto sorrindo é a última coisa que ele vê antes de seus olhos fecharem e sua vida ser ceifada. Tomo o controle do caminhão e empurro seu corpo para o carpete aos meus pés.

Enquanto dirijo velozmente, sinto meus sapatos ensopados de seu sangue, então os tiros e fico de pés nus para poder sentir aquele delicioso líquido viscoso.

Ainda na estrada, vejo à 20 metros uma criança caminhando de mãos dadas com sua mãe.

Seus cabelos estão amarrados em dois totós ridículos e ela está sorrindo calmamente. Passo ao seu lado no caminhão, coloco a cabeça pra fora e sorrio acenando pra ela.

Gargalho alto quando vejo do retrovisor a menina chorar e chamar por sua mãe.

Hoje é um lindo dia.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora