CAPÍTULO 25

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                                       Natasha

Acordo me sentindo zonza.

Meu rosto está palpitando dolorosamente e eu toco
delicadamente na área machucada.

Olho ao redor em choque.

Estou na minha antiga cela.

Enquanto tento acalmar o caos em minha mente, a porta se abre.

Passos nas escadas...

Gabriel abre a cela e me puxa pelo meu pulso, fazendo novas lágrimas aparecerem.

ㅡ Tente fugir novamente e eu te mato. ㅡ Ele ameaça enquanto junta meus braços atrás de mim me prendendo com sua força.

Apenas aceno, sem lutar.

Ele me leva pra fora da casa, e viramos a esquerda em direção a parede de fora.

Paramos aqui e eu não entendo.

Ele tateia a parede lentamente até achar um compartimento que eu nunca imaginaria que existisse, e o abre.

É um espaço pequeno e quadrado.

Não sabia o que Gabriel pretendia com isso até olhar para seu rosto.

Não...

Ele me leva em direção ao pequeno cubículo e eu observo a escuridão com terror.

ㅡ Gabriel ... não. Não!

Ele continua frio como gelo, seu rosto não revelando seus sentimentos.

Apenas um tic em seu maxilar denota que ele não está confortável com o fará a seguir.

ㅡ Por favor não! Eu não posso ficar aqui, Gabriel ! ㅡ Imploro e jogo meu corpo no seu.

Minhas mãos apertadas em minhas costas.

Fecho os olhos encostada em seu peito apavorada.

Gabriel enrijece sobre mim e parece petrificado.

Escuto o bater de seu coração em meu ouvido.

Mas ao que tudo indica seu coração é apenas um enfeite.

Ele parece se libertar de um feitiço e pisca várias vezes e depois disso me distância com um empurrão.

Estou sendo levada contra minha vontade para dentro desse lugar tenebroso.

A todo momento eu suplico e choro, acovardada.

Ele não ouve minhas súplicas e me tira do chão.

Estou batendo e arranhando-o alucinada.

Não adianta, pois ele é forte demais.

Estou dentro do cubiculo agora, é tão pequeno que me sinto hiperventilar na hora.

Gabriel olha para meu desespero em silêncio mortal.

E em seguida tranca-me dentro desse lugar pavoroso.

[...]

                                       Gabriel

Me viro em direção a minha casa, seus gritos angustiados me atormentam.

Minha mente é um turbilhão de pensamentos.

Essa vagabunda mereceu isso por me abandonar...

Então por que eu me sinto doente?

Eu poderia tê-la matado, seria muito pior.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora