Natasha
Acordo me sentindo zonza.
Meu rosto está palpitando dolorosamente e eu toco
delicadamente na área machucada.Olho ao redor em choque.
Estou na minha antiga cela.
Enquanto tento acalmar o caos em minha mente, a porta se abre.
Passos nas escadas...
Gabriel abre a cela e me puxa pelo meu pulso, fazendo novas lágrimas aparecerem.
ㅡ Tente fugir novamente e eu te mato. ㅡ Ele ameaça enquanto junta meus braços atrás de mim me prendendo com sua força.
Apenas aceno, sem lutar.
Ele me leva pra fora da casa, e viramos a esquerda em direção a parede de fora.
Paramos aqui e eu não entendo.
Ele tateia a parede lentamente até achar um compartimento que eu nunca imaginaria que existisse, e o abre.
É um espaço pequeno e quadrado.
Não sabia o que Gabriel pretendia com isso até olhar para seu rosto.
Não...
Ele me leva em direção ao pequeno cubículo e eu observo a escuridão com terror.
ㅡ Gabriel ... não. Não!
Ele continua frio como gelo, seu rosto não revelando seus sentimentos.
Apenas um tic em seu maxilar denota que ele não está confortável com o fará a seguir.
ㅡ Por favor não! Eu não posso ficar aqui, Gabriel ! ㅡ Imploro e jogo meu corpo no seu.
Minhas mãos apertadas em minhas costas.
Fecho os olhos encostada em seu peito apavorada.
Gabriel enrijece sobre mim e parece petrificado.
Escuto o bater de seu coração em meu ouvido.
Mas ao que tudo indica seu coração é apenas um enfeite.
Ele parece se libertar de um feitiço e pisca várias vezes e depois disso me distância com um empurrão.
Estou sendo levada contra minha vontade para dentro desse lugar tenebroso.
A todo momento eu suplico e choro, acovardada.
Ele não ouve minhas súplicas e me tira do chão.
Estou batendo e arranhando-o alucinada.
Não adianta, pois ele é forte demais.
Estou dentro do cubiculo agora, é tão pequeno que me sinto hiperventilar na hora.
Gabriel olha para meu desespero em silêncio mortal.
E em seguida tranca-me dentro desse lugar pavoroso.
[...]
Gabriel
Me viro em direção a minha casa, seus gritos angustiados me atormentam.
Minha mente é um turbilhão de pensamentos.
Essa vagabunda mereceu isso por me abandonar...
Então por que eu me sinto doente?
Eu poderia tê-la matado, seria muito pior.
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A prisioneira - Fluxo Bak
Teen FictionNatasha é uma garota órfã que nunca chegou a conhecer seus pais. Vive em um orfanato desde que se entende por gente, ela tem a vida pacata e solitária mas terá seus dias mudado drasticamente quando é "salva" por um serial killer. Ela é Mantida prisi...