CAPÍTULO 22

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                                       Natasha

Gabriel cai sobre mim inconsciente.

funcionou!

Coloquei os soniferos em seu vinho, primeiro coloquei apenas algumas gotas mas com medo de não ser o bastante derramei quase todo o recipiente.

Agora temo que a quantidade foi demais.

Cutuco seu rosto com os olhos arregalados.

Ele continua dormindo mas se vira um pouco.

Aliviada por não ter colocado meu amor em coma e satisfeita por a segunda parte do plano estar concluída, me esgueiro silenciosamente do quarto.

Após sair do perímetro, apresso-me em direcao a geladeira e carrego comigo alguns alimentos e também uma jarra de água.

Tonta, esqueceu a chave!

Suspiro com indignação de minha burrice e volto ao quarto.

Gabriel continua no mesmo lugar em que o deixei.

Depois de pegar a chave, abro a porta e desço as escadas em alvoroço.

ㅡ Miguel. ㅡ Sussurro

ㅡ Natasha...

ㅡ Me perdoe eu só pude vir agora! ㅡ me explico, indo de encontro a ele com a comida.

ㅡ Graças a Deus... Pensei que estava delirando.. que você nunca esteve aqui. ㅡ Ele diz com a voz entrecortada.

Ele come tudo que eu trouxe e bebe quase todo o conteúdo da garrafa.

ㅡ Calma... ㅡ Eu digo com o coração apertado.

Seu rosto ainda está inchado e sujo então entrego a ele um pano com água para ele se limpar.

Vejo que alguns de seus dedos estão começando a crescer uma crosta no lugar das unhas.

Novamente sinto vontade de vomitar e meus olhos ficam marejados.

O que ele passou nas mãos de miguel?

ㅡ Miguel ... O que ele fez a você?
Ele engole em seco e fecha os olhos.

ㅡ Isso não importa agora... eu só quero sair daqui... Eu quero voltar para minha família.

Sorrio tristemente.

Ao menos ele tem uma família.

ㅡ Você irá. ㅡ Asseguro emocionada.

Mas não faço a mínima ideia de como.

[...]

Gabriel

Acordo como se despertasse após um longo tempo dormindo.

Meus músculos estão lentos e não consigo me lembrar muito da noite passada.

Olho para baixo.

Estou nu.

Arqueio as sobrancelhas.

Me lembro de encontrar Natasha na sala e bebemos uma taça de vinho.

Ou será que foram mais?

Porra, eu devo ter bebido pra caralho para não me lembrar de como vim parar aqui na minha cama, pelado.

Falando em estar pelado...

Meus olhos voam pelo quarto mas não há sinal dela.

Com um suspiro frustrado imagino que ela ja deve ter acordado primeiro.

Me levanto da cama e coloco a primeira bermuda que aparece na frente.

Saio do quarto em direção a cozinha

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora