CAPITULO 33

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                                    Natasha

Despejo todo o conteúdo de meu estômago... e mais um pouco.

Tomo várias respirações curtas antes de tentar me levantar de minha posição agachada para a privada.

Escovo os dentes apressadamente e volto para cama.

Fecho os olhos e conto até dez mentalmente para não fazer barulho.

Outra contração em meu estômago me levam em
disparada para o banheiro.

Vomito novamente se é que isso é possível, minha barriga está vazia e tudo que sinto é uma ânsia sufocante.

Me apoio na parede sem forças.

De novo não, de novo não...

Espero alguns minutos para me assegurar que terminei e caminho devagar em direção ao quarto.

Não fui tão silenciosa como planejei pois ao entrar dou de cara com um Gabriel muito acordado.

ㅡ O quê você tem?

Faço uma careta e não respondo até estar na cama.

Suspiro ao descansar minha cabeça dolorida no colchão fofo.

ㅡ Eu não sei, devo ter comido alguma coisa estragada.

ㅡ Coisa estragada? Como assim coisa estragada? Eu posso ter comido isso também? ㅡ Ele arregala os olhos parecendo horrorizado com a ideia.

ㅡ É com isso que você está preocupado? Com você?

ㅡ Não, claro que não... ㅡ Ele nega mas eu não acredito nem um pouco.

Estreito os olhos para ele.

ㅡ Hey, vem cá. ㅡ Ele abre os braços.

Balanço a cabeça e isso faz com que o enjoo aumente mais.

Resmungo baixinho e me aninho em seu peito fechando os olhos.

ㅡ Tem certeza que você não pisou em alguma aranha de novo? ㅡ Ele diz sarcasticamente.

É isso.

Com um"cala boca" irritado disparo tapas por seu corpo e como sempre acabamos entrando em uma briga como duas crianças desordeiras.

ㅡ Oh não... ㅡ Engulo em seco enquanto ele continua animado com a brincadeira, com meus pulsos presos em suas mãos. ㅡ Sai da frente, sai da frente! ㅡ Saio correndo para o banheiro na mesma hora que Gabriel afrouxa seu aperto sobre mim.

Sem tempo para privadas vou em direção a pia.
Ao terminar olho para o lado ofegante.

Gabriel está apoiado na parede de braços dobrados, tenso.

Escovo os dentes novamente e passo por ele indo para cama.

Sinto seus braços fortes me puxarem para si, dessa vez sem gracinhas.

ㅡ A quanto tempo você está assim?

Olho para cima onde os fracos raio de sol clareiam o teto de tijolos.

ㅡ Desde a madrugada.

ㅡ Isso faz horas! Porquê você não me chamou?

ㅡ Não havia nada que você poderia fazer. ㅡ E também eu não queria que ele me visse assim.

ㅡ Você já tomou algum remédio?

ㅡ Não tem. A não ser que eu queira um sonífero ou... ㅡ Prendo a respiração e paro de falar abruptamente me sentindo culpada.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora