Natasha
Despejo todo o conteúdo de meu estômago... e mais um pouco.
Tomo várias respirações curtas antes de tentar me levantar de minha posição agachada para a privada.
Escovo os dentes apressadamente e volto para cama.
Fecho os olhos e conto até dez mentalmente para não fazer barulho.
Outra contração em meu estômago me levam em
disparada para o banheiro.Vomito novamente se é que isso é possível, minha barriga está vazia e tudo que sinto é uma ânsia sufocante.
Me apoio na parede sem forças.
De novo não, de novo não...
Espero alguns minutos para me assegurar que terminei e caminho devagar em direção ao quarto.
Não fui tão silenciosa como planejei pois ao entrar dou de cara com um Gabriel muito acordado.
ㅡ O quê você tem?
Faço uma careta e não respondo até estar na cama.
Suspiro ao descansar minha cabeça dolorida no colchão fofo.
ㅡ Eu não sei, devo ter comido alguma coisa estragada.
ㅡ Coisa estragada? Como assim coisa estragada? Eu posso ter comido isso também? ㅡ Ele arregala os olhos parecendo horrorizado com a ideia.
ㅡ É com isso que você está preocupado? Com você?
ㅡ Não, claro que não... ㅡ Ele nega mas eu não acredito nem um pouco.
Estreito os olhos para ele.
ㅡ Hey, vem cá. ㅡ Ele abre os braços.
Balanço a cabeça e isso faz com que o enjoo aumente mais.
Resmungo baixinho e me aninho em seu peito fechando os olhos.
ㅡ Tem certeza que você não pisou em alguma aranha de novo? ㅡ Ele diz sarcasticamente.
É isso.
Com um"cala boca" irritado disparo tapas por seu corpo e como sempre acabamos entrando em uma briga como duas crianças desordeiras.
ㅡ Oh não... ㅡ Engulo em seco enquanto ele continua animado com a brincadeira, com meus pulsos presos em suas mãos. ㅡ Sai da frente, sai da frente! ㅡ Saio correndo para o banheiro na mesma hora que Gabriel afrouxa seu aperto sobre mim.
Sem tempo para privadas vou em direção a pia.
Ao terminar olho para o lado ofegante.Gabriel está apoiado na parede de braços dobrados, tenso.
Escovo os dentes novamente e passo por ele indo para cama.
Sinto seus braços fortes me puxarem para si, dessa vez sem gracinhas.
ㅡ A quanto tempo você está assim?
Olho para cima onde os fracos raio de sol clareiam o teto de tijolos.
ㅡ Desde a madrugada.
ㅡ Isso faz horas! Porquê você não me chamou?
ㅡ Não havia nada que você poderia fazer. ㅡ E também eu não queria que ele me visse assim.
ㅡ Você já tomou algum remédio?
ㅡ Não tem. A não ser que eu queira um sonífero ou... ㅡ Prendo a respiração e paro de falar abruptamente me sentindo culpada.
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A prisioneira - Fluxo Bak
Teen FictionNatasha é uma garota órfã que nunca chegou a conhecer seus pais. Vive em um orfanato desde que se entende por gente, ela tem a vida pacata e solitária mas terá seus dias mudado drasticamente quando é "salva" por um serial killer. Ela é Mantida prisi...