A prisioneira - Fluxo Bak

CAPITULO 28

                                        Natasha

Semanas se passaram...

Enquanto isso eu e o Gabriel criamos uma conexão antes nunca revelada.

Após ele dizer que me ama e se mostrar arrependido pelo que fez comigo, sua conduta foi totalmente diferente.

Eu finalmente descobri que há sim uma luz no fim do túnel.

Estou agora na floresta, sentada enquanto espero por ele voltar de se "certificar que a área é segura "

Gabriel me leva para fora de casa pelo menos uma vez por dia.

Não me sinto bem em lugares fechados por muito tempo,
depois do que houve...  ah, isso não importa mais, eu ja o
perdoei por isso.

Mas sei que ele se sente culpado toda vez que eu acordo a madrugada , chorando, por sonhar que estou naquele buraco novamente.

Nessas horas ele me abraça sem dizer nada, sua expressão dura enquanto apoia minha cabeça em seu peito.

Eu me sinto mal por ter esses sonhos...

Eu sei que ele não faria isto novamente, mas parece ser algo do meu subconsciente.  

Olho ao redor admirada novamente com tanta beleza.

Nunca fui uma pessoa do tipo amante da natureza mas este lugar é incrível.

O fato de estarmos na floresta de dia também muda tudo.

O azul do céu pactuado com a brancura das nuvens, o encantador aroma matinal trazia um instante de  paz e a harmonia.

Estou sentada no gramado, uma pequena flor colocada em meu cabelo.

Hoje eu trouxe uma cesta com alguns aperitivos.

Um bolo que eu mesma fiz, pão e geleia, e biscoitos de aveia.

Arrumo tudo rapidamente para Gabriel ter uma surpresa quando o ver.

Escuto o som de seus passos e ajeito a flor no meu cabelo.

ㅡ Podemos ficar aqui. ㅡ Murmura enquanto se senta ao meu lado.

Sorrio para ele de bom humor e levanto as sobrancelhas em expectativa com uma expressão "E aí?"

ㅡ O quê?

Reviro os olhos.

Aponto para o que preparei.

ㅡ Ah, legal.

Suspiro.

Homens.

ㅡ Aqui é tão perfeito, sente esse cheiro? ㅡ Aspiro. ㅡ O cheiro da natureza de manhã é uma delícia.

Ele chega perto de mim cheirando meu pescoço, e em seguida lambe vagarosamente minha garganta.

ㅡ Seu gosto é tão bom quanto seu cheiro .

ㅡ... Gabriel. ㅡ Reclamo sorrindo. ㅡ Estou falando sério.

ㅡ Eu também. ㅡ Ele replica, seus olhos ardentes.

ㅡ Como você pode estar sempre afim? Você nunca cansa de mim? ㅡ Digo em tom de brincadeira.

Gabriel me puxa para seu colo em um movimento rápido.

ㅡ Nunca ㅡ Responde sério.

Em seguida ele me deita sob a grama, com suas inúmeras folhas pontudas cutucando meu corpo.
Senti a brisa dançando em meu rosto e bagunçando meu cabelo.