CAPÍTULO 38

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                                      Gabriel

ㅡ O-oque? Do que você está falando cara? M-me solte!

ㅡ Vou simplificar para você. Você e sua maldita namorada apareceram e agora minha mulher desapareceu e se ela não aparecer você que irá sumir...para sempre.

Ele engasga.

ㅡ O-oque? Ela não é minha n-namorada eu nem a conheço! ㅡ Ele explica nervoso.

ㅡ Nao me interessa! ㅡ Respiro fundo.

ㅡ Você irá encontrar a sua não-namorada e traze-la para mim.

ㅡ Co-como? Eu não sei... tem certeza que sua namorada sumiu? Ela pode ter saído...

ㅡ Não se atreva a falar dela! ㅡ Exclamo perdendo a paciência.

Respiro fundo repondo a fachada fria.

ㅡ Onde você vai com tanta pressa? Estava indo a algum lugar? Seu carro talvez? ㅡ Há ㅡ Sorrio ao encontrar a chave em seu bolso. ㅡ Sim, você estava indo em direção ao seu carro. Correndo para se encontrar com ela não é? O que vocês acham que vão conseguir com isso?Dinheiro?

ㅡ N-não! Eu não conheço ela, eu juro...

ㅡ Isso é o que veremos... De pé.

O Seguro pela sua camisa.

ㅡ E não tente fugir de mim novamente. Eu não dou segunda chance.

Ele assentiu em silêncio.

Caminhamos lado a lado em direcão ao carro que estava estacionado no meio fio.

A porta do carro se destrava ao meu comando.

ㅡ Entre.

ㅡ C-cara o que você vai fazer c-comigo?

ㅡ Eu mandei você entrar.

ㅡ Por favor c-cara...

ㅡ Silêncio! ㅡ Ameacei com a faca elevada perigosamente na direção dele.

Distante, tão suave quanto a brisa, tão longe mas ao mesmo tempo tão perto,  senti-a como uma carícia aos meus ouvidos.

O eco da voz dela.

Como uma onda trazida pelo vento.

Insubstituível, inigualável.

E entao ela gritou.

Um grito que senti em meus ossos.

ㅡ Natasha...

A voz parecia com Natasha.

Minha Natasha.

Viro-me depressa com os olhos arregalados, todo o resto esquecido.

Meus olhos vasculham cada pedaço da rua escura mas não havia ninguém além de nós dois.

Predios.

Lojas.

Casas... fechadas.

Minha cabeça rodava, minha visão embaçada como um borrão refletia minha frustração e meu ódio com a incapacidade.

Não!

Eu tenho certeza que era ela.

Sua voz... seu timbre de voz delicado e único.

Todo meu ser vibrou num ímpeto frenético para encontra-la.

Absorto em sua voz, perdido entre emoções que não me são familiares esqueço a primeira regra de todas.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora