Capítulo 13

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                                       Gabriel

Estou sentado em minha cama, o cheiro dela ainda por todo meu lençol.

Aspiro ruidosamente seu aroma doce... Como uma droga potente, me sinto alucinado.

Ao longe o som de cascatas de água caindo de meu chuveiro me torturam lentamente.

Posso imagina-la em sua inocência, tocando o corpo que eu indevidamente desejo tocar.

Minhas mãos formigas por essa necessidade.

Cerro os punhos.

Ela está demorando demais, e me convenço que apenas estou indo checa-la...

Caminho em direção ao banheiro silenciosamente.

Paro em seco na entrada, meus olhos focados no que está a minha frente.

Seus olhos estão fechados, sua cabeça encostada na parede.

As gotas de água estão descendo deliciosamente por seu corpo enquanto ela sorri pacificamente.

Não consigo desviar o olhar dela.

Seu rosto, seu corpo... tão singela, tão fisicamente única.

Não há nada falso nela.

Diferente de todas as mulheres em que já estive, seu corpo não foi alterado cirurgicamente para agradar o sexo oposto.

Sua pele tão translúcida quanto a propria luz que ela emana, não ostenta marcas de piercings ou tatuagens.

Um poderoso impulso me faz querer se aproximar dela, apenas agarra-la e a possuir aqui mesmo.

Mas não consigo.

Não quero estragar essa cena em minha frente.

Eu mataria qualquer um que imterrompesse este momento.

Como se o destino me desafiasse a cumprir minha palavra, seus olhos se abrem e miram em mim.

Sem perder o contato, a encaro calmamente, ainda mais excitado por ela me pegar observando-a.

Me aproximo dela, com passadas curtas, em silêncio a todo momento olhando em seus olhos.

Seu corpo nu e molhado, agora ofegante, não sai do lugar.

ㅡ Então...você não tem medo de mim? ㅡ Sussurro, ao mesmo tempo em que meu rosto está a centímetros do seu.

ㅡ Não. ㅡ Aquela única palavra, murmurava tão baixo e apaixonadamente, foi tudo que precisava para todo meu controle cair por água abaixo.

Foda-se se ela é minha prisioneira!

Foda-se se somos totalmente diferentes!

Foda-se o mundo!

A empurro contra a parede, devorando seus lábios sobre os meus, provando, degustando... possuindo seu ser.

Sua pele molhada contra a minha seca é um contraste gritante.

A levanto apenas por um momento para que ela entrelaçar suas pernas em minha cintura.

Quando ela o faz, solto um grunhido em apreciação.

Ainda nos beijando, suas mãos fazem carinho ㅡ carinho! ㅡ em meu rosto mutilado, enquanto a carrego apressadamente em direção ao quarto.

Nossos corpos se encaixam perfeitamente.

Parecem desenhados para aquilo, como peças de um quebra cabeça.

Minhas mãos em seu cabelo, um puxão leve, beijos com mordidas no lábio, os olhos dela estão fechados a todo momento, como se sentindo a emoção daquele instante.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora