A prisioneira - Fluxo Bak

CAPÍTULO 29

                                      Gabriel

ㅡ Céus... ㅡ Natasha suspira após eu dizer-lhe como o conheci.

Deixando de fora a parte de matar meus pais e os velhos.
Seu rosto está pálido e assustado.

ㅡ Vem aqui.

Rodeio seu corpo frágil com meus braços e apoio meu queixo em sua cabeça.

Não sei por que caralho isso aconteceu hoje, mas estou com um mal pressentimento.

ㅡ Está tudo bem. Eu não irei deixar nada acontecer com você. ㅡ Digo isso com toda sinceridade de meu ser.

[...]

Estou deitado em minha cama com Natasha em meus braços.

Precisou muito tempo e conversa para ela conseguir dormir mas eu não a culpo.

Ainda estou acordado refletindo os fatos de hoje cedo.

Slender.

Não vejo o desgraçado desde minha fudida adolescência.

O que ele está fazendo aqui?

E por que ele apontou para Natasha como se quisesse me dizer alguma coisa?!

Se ele tentar toca-la...

Não.

Se ele quisesse ja teria o feito.

Irei ficar mais atento a partir de agora.

A floresta não é mais segura.

De qualquer jeito tenho que proteger Natasha até ter certeza que o que aconteceu hoje foi um caso isolado.

Um erro.

Um fudido erro dessa aberração...

[...]

                                      Natasha

"Estou na floresta.

Gabriel esta a minha frente me olhando abertamente.
Caminho em sua direção... mas ele some.

Franzo o cenho e olho ao redor procurando-o mas a escuridão é tanta que não consigo distinguir suas formas.

De repente vejo sua mão, estendida por entre as folhagens da floresta como se me convidasse a segui-lo.

Sorrio de sua brincadeira.

Sinto-me hipnotizada por ele.

Como se não tivesse vontade própria, vou em sua direção e seguro sua mão delicadamente.

Sua mão me leva para dentro da floresta e daquela escuridão opressiva.

"Natasha?". ㅡ Diz uma voz longínqua atrás de mim, quebrando o encanto.

Com os olhos estreitos viro meu rosto para o som familiar.

A minha distância, Gabriel chamava meu nome.

Mas... se o Gabriel está lá então com quem eu estou ..?!

De repente a mão que segurava a minha se torna mole e pegajosa.

Com a respiração entrecortada, percebo quem realmente estava comigo... mas é tarde demais, porque a coisa prende meu pulso com seus tentáculos imundos e com uma força sobrenatural me carrega para dentro da terrível escuridão enquanto eu imploro por socorro".

Subitamente acordo com os pulmões queimando por ar.

Meu coração está batendo como louco e eu pisco várias vezes enquanto ofego tentando clarear a mente.