CAPITULO 35

501 29 6
                                    

Natasha

Gabriel dirigia pela escuridão da floresta quando os primeiros fogos de artifícios explodiram pelo céu como um vulcão em erupção.

Ponho a cabeça para fora e o vento frio de Dezembro, não, corrigi mental dê 1 de janeiro me abrange balançando meus cabelos.

Sorrio abertamente e assisto o espetáculo de cores e emoções.

Cores lá fora, emoções aqui dentro.

Pelos próximos 15 minutos eu estaria com meus olhos vidrados no céu em um silêncio tranquilo, quebrado apenas por minhas exclamações de deleitamento .

A iluminação fluorescente compactada com a escuridão da noite trazia uma atmosfera espetacular, refletindo em minha própria pele tons de vermelho, azul, verde e roxo.

Tiro minha atenção do show apenas por um momento para fitar o Gabriel com um sorriso enorme me sentindo como uma criança que ganhou o maior presente de todos.

Suas mãos seguram o volante tranquilamente enquanto ele olha para frente inalterado.

Ele não parecia nenhum pouco entusiasmado com o espetaculo.

Outra remessa de fogos são lançadas ao céu e ao explodirem sua coloração vermelha reflete em seu rosto implacável como um espelho sombrio.

Sinto um calafrio.

Ele se parece incrível.

E então ele vira seu rosto para mim por meros segundos mas nada me preparou para aquele visão.

Seu semblante duro e intimidador para a maioria das pessoas  não para mim me fitava de uma forma resplandecente.

Sem disfarces, sem fingimentos, apenas... ele.

Naquele momento pude sentir em meus ossos, sua devoção.

Dentro desse carro, as tantas luzes ao nosso redor foram ofuscadas por seu olhar ardente.

Ele desvia o olhar, quebrando o meu deslumbramento sem imaginar o efeito que causou em mim.

Pisco várias vezes para me encontrar, sentindo mil borboletas no estômago.

Saimos da floresta e entramos dentro dos domínios da cidade.

Os fogos por mais lindos que fossem já tinham chegado ao fim e agora me encontro com meu queixo apoiado em minhas mãos na janela abaixada olhando para a paisagem ao meu lado.

Não havia nenhuma alma vivente nas ruas.

Não me surpreendi com isso por conta da hora já avançada.

A maioria das pessoas estariam dormindo.

Ou na festa.

Mordo os lábios nervosa.

Meu coração doía a cada quilômetro percorrido, eu não consigo explicar o porquê.

Ansiedade provavelmente.

E uma felicidade tão profunda que chega a ser assustadora.

Gabriel estaciona o carro algumas ruas atrás da constituição onde neste momento ocorria a comemoração.

Ele a encontrou tão rápido que me fez imaginar por um segundo se ele já veio aqui antes.

O pensamento tão absurdo fez com que eu sorrise para mim mesma enquanto balançava com a cabeça negativamente.

Gabriel tira a chave da ignição e me encara com seus olhos negros.

Meu coração acelera com a realização de estarmos tão perto.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora