Capítulo 12

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                                        Natasha

"Estou no quarto dele olhando para sua foto amassada.

Nela, o garoto sorri pacificamente enquanto acena para quem está fotografando.

Sorrio.

Ele parece tão feliz.

Em seguida seu rosto transforma-se em uma criatura horrorosa, que sorri enquanto que com as unhas rasga seu próprio rosto, deixando rastros de sangue e pele retalhada. Jogo fora a fotografia assustada com uma exclamação de terror. Corro para a saída mas a porta não tem maçaneta.

Estou trancada por dentro. 

De repente sinto uma presença em minhas costas. Viro-me lentamente.

E grito.

MUITO".

Acordo sobressaltada. 

Meu coração bate tão forte que o meu peito dói e não consigo gritar, apenas ficar aqui, respirando rapidamente enquanto tento esquecer as imagens daquele terrível pesadelo.

Olho ao redor.

Estou no quarto dele.

Em sua cama.

Não consigo me lembrar como vim parar aqui, mas me
sinto melhor... Olho para o meu pé e vejo que está enfaixado onde deveria estar a picada.

Arqueio as sobrancelhas.

Volto a atenção para o quarto.

Gabriel está dormindo no chão, ele colocou umas colchas
e uma almofada em sua cabeça.

O observo por um momento.

Seu rosto está contraído em seu sono, o que me faz pensar com o que ele está sonhando... Será que algo tão horrível como o que eu sonhei?

Seu rosto ainda ostentava cicatrizes um tanto quanto assustadoras, mas já percebi que são apenas as marcas permanentes de sua brutal mutilação.

De repente seus olhos abrem tão rápidos como em um filme em que um vampiro desperta ao fim dos últimos raios de sol.

Ele olha para mim e faz sinal de que irá se levantar.

ㅡ Não, Não...precisa se levantar, eu estou bem melhor agora. ㅡ Digo. Ele dá de ombros e se senta no seu ninho de cobertas improvisados.

ㅡ Como se sente? ㅡ Sua voz está rouca e baixa.
Eu acho sexy como o inferno.

ㅡ Ótima, não sei oque você me deu mas... obrigada. ㅡ Respondo com toda sinceridade em minha voz.Ele acena sem jeito. Gabriel não parece gostar de agradecimentos.

ㅡ Hummm... está tão escuro...que horas são? ㅡ perguntei.

ㅡ Você devia pergunta que dia é hoje. ㅡ ele responde, com sarcasmo em sua voz.

ㅡ Não entendi.

ㅡ Hoje é segunda feira, Terça na verdade, já está de madrugada. Arregalo os olhos.

Eu estive fora por três dias?

ㅡ Ow...eu não acredito nisso! ㅡ Digo chocada.

ㅡ Você teve nuita sorte garota, Era uma fudida aranha viuva negra. São muito perigosas. Mas você ja sobreviveu a perigos maiores não foi? ㅡ Ele brinca com o fato dele ser mais perigoso e eu ainda estar viva. ㅡ Sabia que ia se sair bem.

ㅡ Não sem você...

Ele parece ficar pensativo no que responder.

ㅡ É...não sem mim.

A prisioneira - Fluxo BakOnde histórias criam vida. Descubra agora