Artur Montenegro
Apesar de nunca ter me considerado casado, sou oficialmente viúvo.
Graças a Deus por isso.
Agora eu,Rebeca e Artur podemos seguir as nossas vidas em paz.
Enfim, estamos recomeçando.
Rebeca preferiu voltar para sua casa, pois para ela estamos na fase do namoro e segundo ela,namorados não moram juntos. Tudo bem que ela fica mais aqui que lá. Ou eu fico mais lá que aqui. Enfim,seguimos no ritmo dela.
Com Sofia morta, estamos mais em paz. Agora podemos voltar nossas vidas.
Claro que com uma equipe de segurança e todo cuidado. Só não podemos nos aprisionar mais por causa dela,caso contrário enlouqueceremos.
Verdade seja dita: não entendo como é que chegou nisso.
Consigo até respirar mais aliviado agora.
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Nós iremos sair. Vamos jantar na casa dos meus pais,em família. Como deve ser.
—Pronto,campeão?-Termino de arrumar meu menino e ele sorri. Está alegre como nunca. Consequentemente,isso me deixa alegre como nunca.
Pais são assim. Não tem jeito.
—Vamos esperar a "mãmã tia Rebeca"?-Brinco com a sua invenção,mas ele concorda. Levou a sério tal nomeação.
—Eu já estou pronta,rapazes. -Entra no quarto de Davi. E eu perco o fôlego.
Rebeca é linda e emana uma luz incrível. Ela está com um vestido preto e sandálias médias. Nada pesado,tudo natural. Nela tudo se encaixa,tudo é perfeito.
—Uau!-Exclamo embasbacado. Ela sorri tímida.
—Linda.—Davi bate palminhas e sai correndo.
Aproximo-me dela e selo nossos lábios. Enlaço-a pela cintura.
—Você é e está perfeita. Linda.
—Seus olhos. -Brinca.
—A verdade. -Pisco.
—Vamos?-Pergunta e eu assunto. Descemos as escadas e nosso pequeno já nos aguarda. Animado como nunca.
Crianças e suas essências.
O caminho até a casa dos meus pais é curto. Tanto é que num instante lá estamos.
Tiro Davi da cadeirinha e ele praticamente pula para fora do carro,doido para ver os avós.
Enquanto isso,Rebeca está ao meu lado tímida e acanhada.
—O que foi?-Pergunto.
—Nada. -Diz. —Só é meio estranho,tipo,
—Linda, não podemos trazer o passado toda vez para as conversas. Ele vai atrapalhar nosso futuro.
—Tem razão.
Estendo minha mão e ela aceita.
—Vamos.-Puxo-a.
—Vovó! Vovô!-Meu filho grita alegre.
—Que saudade do meu netinho!—Mamãe o recebe e rapidamente ele vai para os braços do meu pai. Faceiro que só.
—Rebeca,minha linda...-Dona Lúcia abraça Rebeca bem apertado e isso faz com que ela se sinta em casa.
Meu pai faz a mesma coisa, e enfim estamos todos lá dentro.
—Estão tão feliz em tê-los aqui!-Papai diz,feliz.
—Nós também. -Afirmo.
Conversamos amenidades enquanto o jantar não estava pronto. O clima estava excelente.
—Senhores, o jantar está pronto. -Dalva, a funcionária dos meus pais, avisa.
Vamos todos para a sala de jantar.
—Espero que vocês gostem. -Diz.
—Obrigada,Dalva. -Dona Lúcia agradece e todos nós fazemos o mesmo.
—Um brinde a nossa família!-Papai propõe.
Quando estamos quase terminando, a campainha toca. Estranho, pois o condomínio sempre interfona antes. Nunca libera assim.
—Estão esperando alguém?-Pergunto.
—Não. Quem será?-Meus pais franzem o cenho.
—Ora,ora! Então a família está reunida e não chamou a parte da noiva?-A risada é sarcástica. O tom também.
São os pais de Rebeca. E a fala é da sua mãe.
—Boa noite!-Minha mãe intervém.
Aperto a mão de Rebeca,tentando pedir que fique calma e não se apavore. Essa mulher não tem poder sobre a vida dela.
—Boa noite! Esqueceram de nós?-Seu pai diz.
—Bom, a reunião era íntima. -Afirmo e eles olham para mim. -Certamente que se não foram convidados é porque não desejávamos a presença de vocês. -Sorrio.
Eles me fuzilam com o olhar. Rebeca e meus pais ficam apreensivos. Davi alheio a tudo.
—Meu neto. -Tenta abraçar Davi mas ele recusa.
Criança não mente.
—Rebeca, como estou com vergonha de você. Não te criei para ser assim:ingrata. -Reclama.
—Rebeca é tudo,menos ingrata. Já a senhora...-Falo.
—Pessoal, por favor. Estamos na hora do jantar,vamos acalmar os ânimos. -Minha mãe pede.
—Acalmar? Nossa filha é uma ingrata. Estamos decepcionados. -Raissa reclama.
—Chega. -Rebeca finalmente fala. —Como Artur disse, este é um jantar íntimo. Vocês não fazem parte da nossa intimidade.
—Como é? Rebeca,esta casa não é sua. -Raissa diz. —Não se ache tanto,garota.
—Esta casa também é minha. E tudo o que é meu é de Rebeca. Portanto, porta da rua,serventia da casa.
—Você sempre quis o lugar da sua irmã. -Provoca e vejo vermelho. Preciso me conter para não fazer algo pior.
—Chega. Deem o fora daqui agora ou irei chamar a polícia. —Levanto e abro a porta,indicando a saída.
—Isso não vai ficar assim. -Fala antes de sair e o marido a acompanha como cachorrinho, se desculpando pela situação.
Era só o que nos faltava. Tal mãe,tal Sofia.
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Oiee! Capítulo novo 🥳
Gostaram???
Gente, que mãe cobra 🐍 heinnnn
Credo.
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Beijos e até a próxima ❤️❤️
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A Outra
RomanceRebeca Bittencourt ama Artur Montenegro em segredo desde a infância Uma pena que sua irmã gêmea descobriu seu calcanhar de Aquiles e por inveja o tomou... Sofia Bittencourt Montenegro some e a única solução que Artur encontra é pedir ajuda para Reb...