Capítulo 16

990 72 22
                                    

Rebeca Bittencourt

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Rebeca Bittencourt

Eu sei que não deveria ser tão teimosa,mas estou me corroendo de curiosidade. Certo,pelo visto Pietro está me traindo. Isso se não bastasse essas mensagens sugestivas,ele deu uma sumida. Nós conversamos por mensagem sempre,e na atual situação,nem consigo encontrá-lo. Mas estou encucada.

Recebi ontem várias vezes e hoje também,mensagens essas dizendo que estou sendo traída. Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar,mas parece que eu tenho "corna" escrito na testa. Não é possível...Pode isso,produção? Ok,isso eu não aceito mais de jeito nenhum. Ainda há a questão de Sofia e papai na minha cabeça.

Que droga de tanto problema que aparece.

Hoje eu vim trabalhar,sendo monitorada,rastreada e todos os paranauês demandados. Essa situação não é nada confortável,mas exigida.

Não é todo dia que temos uma irmã dessas,né?! Estou me sentindo em uma novela mexicana e seria até legal se não fosse tão trágico.

Bato na porta do meu pai,entro e o vejo sorrir de forma contida.

-Oi,Rebeca. -Cumprimento amoroso como sempre. Só que não.

-Oi,pai. -Devolvo. Tá doido hein,a pessoa mal acordou e já está assim. Deus nos livre.

-A Rô disse que o café está pronto. -Aviso. Rô é a funcionária dele.

-Vou lá. -Diz e me deixa. Ele deseja tanto minha presença que foi fácil essa parte. Aproveito sua saída e me preparo para vasculhar.

Ok,todo cuidado é pouco. Sorte a minha que o computador está ligado,sem necessidade de senha. Jesus,que nervoso.

Eu nunca fiz isso,o coração está a mil. Socorro,alguém me ajuda.

Certo,preciso ser esperta. Onde eu deixaria essas ameaças? Visível que não. Ok,coloco as luvas,nada de impressão digital. Já sei,no cofre.

Tiro o quadro que esconde o cofre. Medo dele chegar. Aí Rebeca,sorte sua que ele demora para comer. Jesus,qual a senha? Seis dígitos.

Seis malditos dígitos. Tento o nascimento dele,não vai. Nem de mamãe,e nem o meu e o de Sofia. Puta merda.já foram quatro tentativas de cinco. Uma chance só. E se não for,dispara. Meu Deus,me ajuda.

Uma luz no final do túnel: a junção.

O dia do nascimento de mamãe,meu e de Sofia. Bingo. Graça a Deus,abriu. Definitivamente não tem nada além disso. Medo. Pego as cartas e guardo dentro do meu sobretudo,sorte a minha que ele não tem câmera na sala. Por que? Vai saber.

Ajeito tudo e saio dali,morrendo de medo. Aproveito o corredor vazio e vou pra minha sala. Consigo respirar normalmente,depois dessa eu quase morri. Meu Deus,que medrosa. Mas também,não é todo dia que temos que passar por isso. Agora preciso fingir normalidade,senão levanto suspeitas. Seja mais esperta,Rebeca. Sua vida depende disso.

Bom,não posso levantar suspeita de que fui eu quem peguei. Se ele der falta nisso,o que prevejo,pode desconfiar de mim já que estava na sua sala.

Gênio da lâmpada,nunca te quis tanto.

Pego minhas coisas e faço cara de abatida.

-Já vai,senhorita Rebeca?-Quando estou saindo da minha sala dou de cara com Rô.

-Ai Rô,não tô nada bem. -Falo e ela se compadece. Nunca menti tanto assim na minha vida,coitada dela.

-Nossa,está pálida mesmo. Precisa de alguma coisa? Você tá passando mal?-Me bombardeia de perguntas.

-Eu não tô nada bem. -Falo triste. -Vou para casa. Eu tentei trabalhar, mas não adiantou nada. Estou nada bem. -Confesso.

Hollywood me contrata,nunca te pedi nada.

-Querida,vai logo. Consegue ir sozinha? -Fala carinhosa. Me perdoe,mas é necessário.

-Obrigada,Rô. Vou indo,avisa o papai. -Peço e ela concorda. Me despeço dela e vou.

Certo,se ele perceber isso durante o dia não desconfiará de mim,pois não terei trabalhado nesse dia e muita gente terá entrado na sala dele no decorrer. Nãos serei a única.

Assim que chego na cobertura de Artur,ele me olha desconfiado. Não foi trabalhar por conta das ameaças,me repreendeu por ir e está em home office.

-Vamos a análise. -Declaro.

-Análise?-Pergunta.

Esqueci de contar meu plano,ops.

-Análise das cartas de ameaça recebidas pelo meu pai.

-Como conseguiu?-Questiona abismado. Também estou,meu caro.

-Tenho meus métodos.

-Rebeca,muito arriscado isso. -Diz sério.

-Eu sei,mas no fim espero que tenha dado tudo certo.

-Espero?

-Então,eu meio que

-Rebeca. -Repreende.

-Certo,vamos lá. -Mudo o foco.

-O que você fez?

-Prefiro nem comentar.

-Meu Deus,estou com medo. -Fala. Eu daria risada se não estivesse assim também.

-Deixa disso.

-Mas

-Olha,vamos ver logo isso. Vamos analisar tudo e entregar para o investigador,depois eu deixo lá as cópias.

-Você é doida. -Solta.

-Eu não. -Nego,claro.

-Sim. -Volta a afirmar

-Certo.

-Já foi,então vou ligar para o investigador antes de mexermos nisso. Você usou luvas?-Pergunta e confirmo.

-Mãos à obra nisso. Ou melhor,luva à obra.

_________

Mais um 😆

Gostaram? Espero que sim!!🙈

Deixa seu voto e comentário,por favor 🥰

E aí, quem teria essa coragem? Eu não hein.

Até a próxima,fiquem com Deus ❤️

A Outra Onde histórias criam vida. Descubra agora