Capítulo 1

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  Artur Montenegro

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  Artur Montenegro

  A vida é realmente engraçada. Um simples bilhete dizendo: fui por livre e espontânea vontade. Isso foi tudo o que minha queridíssima esposa deixou. Além de claro,Davi,nosso filho de dois anos.

  Sou um homem formado,no auge dos meus 27 anos,trabalho e administro todo o império Montenegro,que é no ramo da informática, tecnologia e afins. Isso porque como filho único foi o que me restou.

  Casei-me com Sofia há 2 anos e 9 meses atrás,não sendo tão exato assim na conta. Na verdade,eu não desejava me casar,mas aparentemente fui obrigado  naquela época. Confuso? Tentarei explicar.

Meus pais Lúcia e César são amigos dos pais de Sofia,tia Raissa e tio Heitor há muitos anos,uma vez que a família Bittencourt tem um vasto patrimônio no ramo das finanças e investimentos. Como consequência,eu sou próximo a Sofia e Rebeca desde que me entendo por gente. Enquanto tenho 27 anos,elas possuem 24. Sim,são gêmeas não idênticas. Ou melhor,não tão idênticas. Porque a semelhança entre ambas é perceptível.

Nisso,houve uma baita confusão que desencadeou na gravidez de Sofia. Meus pais como bom samaritanos que são,aproveitaram do momento do choque que tive ao receber a notícia,e fizeram com que eu casasse com ela,para assumir Davi.

Se fosse hoje,eu não teria casado,nem eles me obrigando. Tenho certeza que Davi teria uma vida mais saudável se seus pais fossem divorciados. Já que nada adianta manter um casamento de aparências. E casado ou não,eu continuaria e continuarei sendo o pai que o meu filho necessita.

Não existe ex filho!

Acredito que na época,fiquei com medo de ser deserdado e tudo mais. Um filho nos amadurece muito,porque há dois anos atrás eu não pensava dessa forma um tanto mais madura. Só não me arrependo porque Davi foi e é o maior presente da minha vida. Eu o amo mais do que a mim mesmo. Isso é fato.

Moramos em uma cobertura confortável. Sofia nunca quis ser mãe,e nunca fez questão de ao menos fingir que amava Davi. Ela sempre explanou que ele só estragou seu corpo e tudo mais. Incrível uma mãe falar isso. E sim entendo que o corpo modifica,mas essa mudança é responsável por gerar uma vida. Com isso,ela nunca para em casa. Está sempre na rua ou se divertindo por aí.

Eu fiz faculdade de administração,Sofia não quis e Rebeca optou por economia.

-Cadê ela?-Uma voz meiga pergunta. Não poderia ser ninguém além de Davi. Ele é um menino muito especial que faz de tudo para ter a atenção da mãe,que não dá a mínima.

-Logo ela volta. -Respondo tentando ser calmo. Só que ele é muito esperto.

-Ela tava com uma sacola. -Franzo a testa. Sacola?

-Como assim?.-Pergunto e ele faz sua mímica engraçada. Pelo visto,ele quis dizer que Sofia se foi com uma mala. E o pior é que ele viu quando ela saiu.

Pilantra. Como tem coragem de abandonar o filho?
Meu Deus!

-Calma,filho.

-Ela não vai voltar. -Bate os pés. Davi geralmente fala "ela" para se referir a Sofia. Ela não gosta que a chame de mãe,pois se sente velha. Não que isso tenha muito a ver,vai entender a cabeça dessa mulher.

-Que tal nós assistirmos algo? -Sugiro tentando que ele esqueça disso.

-Nãã. -Ele frequentemente fala certo,mas as vezes embola um pouco. Normal,cada criança tem o seu tempo e desenvolvimento. Cabe a mim respeitar,sem pressioná-lo ou obrigá-lo.

Não sou desses que forçam os filhos.

-Vamos brincar? -Tento e ele nega querendo chorar.

O que eu faço agora?

-E se dormirmos?-Tento novamente mas dessa vez ele não quer aceitar nada.

-Papai-Ele está querendo chorar. Não,por favor! Imploro mentalmente. Fico triste quando ele está triste. E com vontade de chorar quando ele chora.

Sou meio doido.

-Vou ligar para a vovó. -Pego o celular para ligar para a minha mãe,visto que mamãe faz os gostos de Davi e isso o deixa todo todo.

-Não!-Nega firme. Esse menino é terrível! Pobre pai,sou.

-A vovó vai ficar triste. -Falo.

-Não vai. -Difícil enganar ou distrair ele.

Mando uma mensagem para a minha mãe,pedindo a sua ajuda,urgentemente.

Enquanto isso,coloco Davi para tomar um banho. Esse é o tempo de mamãe me dar uma luz no final do túnel.

De repente a campainha toca.

Tomara que a pilantra tenha voltado para acalmar os ânimos de Davi.

Abro a porta e lá está mamãe,linda como sempre. Realmente,mamãe também tem acesso liberado ao meu lar e de seu neto. Mãe é mãe.

-Filho lindo!-Exclama carinhosa como sempre. Abraço de volta minha rainha. Ela sorri.

-Cadê o príncipe da vovó?-Fala alto na intenção  de Davi  ouvir.  E não dá outra.

Davi aparece no topo da escada todo molhado,enrolado numa toalha.

-Vóó!-Grita e já vai descendo. Eu o paro.

-Com calma,filho. Perigoso cair. -Alerto.

Mamãe vai ao seu encontro e o esmaga. Neto único,ele é o querido de todos os lados. Única criança,basicamente.

Depois de um tempo Davi alega querer mostrar seu carrinho novo para mamãe. Então,nesse período minha mãe aproveita para questionar

-Cadê Sofia?

-Sumiu. E não sei nem como localizar ela.

-Meu Deus! E agora,filho?

-Não sei.

Vontade de falar para que ela e meu pai resolvam já que me obrigaram a casar. E para falar a verdade eu estou pouco me lascando para Sofia. Só me importo com Davi que apesar de tudo é uma criança e ama a mãe.

Há uma criança que precisar ser preservada no meio de tudo isso. Ele não tem culpa de nenhum erro meu ou de qualquer outro. É inocente e só merece coisas boas.

Ele volta com um carrinho maior que ele,todo charmoso

-É meu neto,mesmo!-Mamãe ri e ele acena concordando.

Modesto. Puxou ao pai!

-Agora quelo mostrar para mamã.

-Davi,Sofia não está aqui.-Aviso.

-Não é ela. -Me tem como bobo.

-Como assim?-Mamãe questiona.

Se não é Sofia,é quem?

Só me faltava essa!

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Oiee! Como estão? Tudo bem???

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Espero q tenham curtido hehehe 🥰🥰🥰🥰

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