— Minhoooooooo – gritou feito um louco e senti meu corpo sendo puxado pra um abraço terrível de tão escandaloso – Não posso acreditar, é uma miragem?
Mingi pegou em todas as partes do meu corpo e apertou, tentando ver se eu estava mesmo ali, e arriscou até fazer cócegas e me irritar um pouquinho do jeito que eles sabem muito bem como fazer.
— Chato – falei enquanto ele estapeava de leve minha bochecha.
— Eu gosto de você também, meu parceiro – deu tapinhas no meu ombro – Vamos, entre. Está todo mundo aqui.
Pedi licença antes de entrar na casa de Mingi, e até me assustei com a gritaria das pessoas sentadas no sofá da sala quando me viram. San, Hongjoong, Seonghwa e outro garoto até então desconhecido estavam colocando a casa de Mingi de cabeça pra baixo.
Eu, segurando um teclado com a intenção de pedir pro dono da casa consertar, fiquei parado na porta sendo atacado por meus amigos como se eu tivesse passado muito tempo sem vê-los, e nem faz tanto tempo assim. De qualquer forma, apesar de não gostar tanto de recepções tão exageradas, nunca reclamei da forma calorosa como sempre me receberam, e de como me tratam com carinho mesmo sabendo que não sou o melhor amigo do mundo. Sinto falta deles às vezes, e só quando vejo eles me dou conta de que estava mesmo com saudades. Esta é uma das poucas coisas boas da minha vida que eu acabei esquecendo.
— Oi, oi – bati nas costas de Hongjoong enquanto ele me abraçava – Sim, sou eu mesmo.
— Não sabia que você viria pra festa, isso é um milagre dos céus! – me deu um beijo estranho na testa e levantou as duas mãos pras nuvens.
— Festa? – perguntei confuso e tirei meu celular do bolso – Ninguém falou disso no nosso grupo.
— Até porque não é uma festa – Mingi revirou os olhos.
— Claro que é! – Hongjoong argumentou – Tem comida, bebida, e estamos aproveitando da sua casa como se fosse nossa. O que impede de ser uma festa?
— O fato da mãe do Mingi voltar daqui, sei lá, uma hora e meia? – disse San deitado no sofá sujo de pipoca enquanto jogava algum jogo em seu celular.
— Achei que um culto durava mais tempo – disse Seonghwa.
— Depende do grau da fé – Hongjoong fez barulhos com a boca e senti o cheiro de bebida vindo dele – O dela é bem alto.
— Espera – pedi um minuto de silêncio enquanto tentava processar todas as informações – Alguém pode me explicar o que tá acontecendo?
Todos me olharam com um pouco de tédio, e demorou alguns segundos até que alguém se pronunciasse e me desse o mínimo de atenção.
— Só entra, cara – disse San sem tirar os olhos do celular – A casa é sua.
— Minha, na verdade – Mingi corrigiu – Mas vai, entra logo.
Só então me movi e passei por entre algumas latas de cerveja no chão até procurar um lugar livre no sofá, e falhar miserávelmente quando Hongjoong deitou a cabeça nas minhas pernas e me mandou segurar sua lata.
— São só dez da manhã, você sabe, não é? – perguntei.
Ele mexeu no celular, tirou a cerveja de mim pra dar um gole, e voltou a me entregar com minha mão ainda parada no ar.
— É – respondeu entediado – É um horário legal.
— Então, pessoal. Esse é Minho, nosso grande futuro empresário, e melhor aluno da faculdade – Mingi levantou a cerveja – Um brinde a ele.

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- 𝘼𝙉𝙏𝘼𝙍𝙀𝙎; (𝘮𝘪𝘯𝘴𝘶𝘯𝘨)
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