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— Você está querendo dizer que... – ela para por alguns segundos – Kwan Youngsoo, o ex-presidente da Coreia do Sul – franziu o cenho – Matou Bang Chan?

Depois de longas horas em claro tentando pensar em alguma coisa, essa é a conclusão que chego. Quando Gahyeon diz em voz alta e completamente confusa, eu percebo que talvez eu possa ter ido longe demais, mas ainda faz sentido na minha mente. Depois de ver a fita de Bang Chan, ficou escancarado que ele estava por trás da morte dele, principalmente porque não há nenhuma outra pessoa com motivos válidos para tê-lo matado, até onde eu sei.

— Isso – sinto meus olhos pesados de tanto sono – Youngsoo matou Daeshim na frente do pai de Bang Chan, e depois incendiou a casa deles porque eram os únicos que sabiam sobre o crime, foi o que Chan disse na fita.

Gahyeon parece incrédula e aterrorizada, seu olhar congela por alguns segundos e depois ela volta a se mexer, ainda sem acreditar em tudo que eu lhe contei.

— É muito pior do que eu pensei.

— É – suspiro cansado e me deito sobre meu próprio braço – Eu também tive esse pensamento.

— Mas Minho, o que isso tem a ver com a gente? – ela pergunta confusa – Por que estão tentando nos matar? Será que é porque sabem que estamos com Jisung?

— Eu não sei, mas acredito que não. Se quisessem tê-lo matado, já teriam feito. Houve inúmeras oportunidades.

Minha cabeça ainda dói da ressaca da noite anterior, mas o curto período de tempo que dormi no sofá da sala já me fez sentir um pouco melhor. Acordei ainda de madrugada, e com o efeito do álcool já mais fraco pude ficar acordado tentando pensar em algo que faça sentido. Só cheguei em conclusões óbvias, e estou começando a acreditar que por mais que eu tenha todas as pistas do mundo, ainda não vou conseguir desvendar tudo. Parece um caso muito mais complicado do que eu pensei que fosse, e tenho medo das consequências gigantescas que isso pode ter.

— Mas eu ainda não entendo qual a relação de Youngsoo com o estúdio de tatuagem, não deve ser a mesma pessoa de lá – sinto uma pontada de dor de cabeça quando penso nisso.

— Youngsoo não tem mais nada a ver com essa história.

Olho pra Gahyeon confuso, e ela está concentrada enquanto tenta traçar uma linha de pensamentos.

— Por que não? – pergunto.

Ela puxa seu notebook que estava usando pra estudar antes de termos essa conversa, seus dedos freneticamente digitam algo e ela vira a tela do computador pra mim, mostrando o resultado de uma pesquisa no google.

— Youngsoo morreu em dois mil e quinze.

Eu aperto os olhos e chego mais perto da tela, meu coração dispara quando olho seu ano de nascimento ao lado do ano que ele faleceu.

— Ele tinha uma doença degenerativa.

— Então você acha que não foi ele que mandou matar Bang Chan? – pergunto boquiaberto e de olhos arregalados.

— Eu... Eu não sei – ela coça a cabeça e fecha os olhos com força – Mas de uma coisa eu tenho certeza.

Eu a olho angustiado e esperando que ela diga mais alguma coisa.

— Jisung não é o alvo – engole em seco – Ou pelo menos não por enquanto.

— O que quer dizer com isso? – mordo o lábio inferior de tanta ansiedade.

— Não se lembra do que Bang Chan disse antes de me atacar aquela noite? – eu balanço a cabeça em negação – "Eles me obrigaram" – ela completa.

- 𝘼𝙉𝙏𝘼𝙍𝙀𝙎; (𝘮𝘪𝘯𝘴𝘶𝘯𝘨)Onde histórias criam vida. Descubra agora