The Outcome

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Sheilla entregou a Gabriela a caixa que estava em sua mão. Ela viu a morena puxar a respiração e soltar ela suavemente, como se estivesse tentando se acalmar. Ela se sentou na frente de Gabriela, tentando examinar ela com cuidado. – Você está bem?

Gabriela respirou fundo novamente, ainda olhando para a caixa. – Tô – Ela fez uma careta enquanto olhava para Sheilla. – É estranho eu estar nervosa?

– Não. Eu também estou nervosa. Muito até. – Sheilla disse. – Mas vamos acabar com esse sofrimento logo, se a gente ficar suspirando uma para outra, nós nunca vamos saber. E é pior, não saber me deixa mais nervosa.

– Eu não penso assim. – Gabriela disse, colocando a caixa em cima da mesa. – Eu meio que gostei de passar essas três semanas sem saber.

Sheilla cruzou os braços. – Você vai fazer esse teste de gravidez, quer você goste ou não. Agora vá. – Sua voz era suave.

Gabriela revirou os olhos e pegou a caixa. Ela desapareceu pelo corredor, em silêncio com a cabeça baixa, bastante nervosa ela abriu porta do banheiro no apartamento de Sheilla. Sheilla estava na sala de estar, sentada de um jeito desleixado na cadeira de sua mesa de jantar, ela estava ansiosa para este dia desde que o procedimento foi feito. Inclinando a cabeça para trás, ela soltou um suspiro. Esse tempo de espera para saber se Gabriela estava grávida ou não, deixou ela como se estivesse sozinha em um abismo, era a pior sensação do mundo.

Não, talvez não a pior sensação do mundo. A pior sensação foi tentar chamar Gabriela o dia todo e não obter nenhuma resposta. E descobrir no meio da noite que ela estava em um ponto de ônibus em uma rua escura e deserta, tentando voltar para casa. Se preocupar com Gabriela foi a pior sensação do mundo.

Felizmente, durante essas três semanas depois daquela noite, ela e Gabriela chegaram em um tipo de entendimento mútuo. Gabriela tinha começado a mandar mensagens de texto para Sheilla uma vez por dia. No começo, era só um resumo do seu dia, garantindo à Sheilla que ela estava bem e que estava em casa segura. Em seguida, os textos começaram a mudar, Gabriela começou a falar sobre o mundo em geral, as pessoas ao seu redor. Sheilla respondia apenas de vez em quando, mas a mensagem mais bizarra que ela tinha recebido até agora, foi quando Gabriela resolveu escrever um longo parágrafo sobre como os gerentes em restaurantes de Fast Food tinham aptidão para se tornaram chefes da máfia, se eles quisessem. Sheilla tinha sacudido a cabeça para seu celular, com um grande sorriso, ela estava sentada em sua mesa de trabalho e ficou tentada a responder essa mensagem. Mas o texto favorito de Sheilla, de longe, ocorreu a poucos dias, quando Gabriela começou a mandar mensagens de manhã também.

Gabriela (05:04): Eu sempre faço queixas quando eu pego o turno desse horário, mas eu sempre esqueço como o céu fica bonito nesse momento do dia. Eu queria que você pudesse ver.

Sheilla tinha olhado para seu celular, com os olhos meio fechados ainda, enquanto tentava despertar de seu sono por completo. Balançando a cabeça e se espreguiçando, ela se arrastou para fora da cama, se envolvendo com seu cobertor para afastar o frio que fazia nessa manhã, e foi andando até a varanda.

Gabriela tinha razão. O céu estava em um tom dourado e Sheilla podia imaginar Gabriela, com os olhos vidrados e brilhantes, enquanto olhava pela janela do ônibus, vendo como a luz atingia as nuvens, pensando como tudo era lindo. Sheilla pegou seu celular e respondeu, coisa que ela fazia raramente.

Sheilla (05:11): Eu posso ver.

Sheilla se levantou da mesa de jantar, empurrando a cadeira e deixando ela alinhada ao resto. Ela começou a caminhar lentamente pelo corredor, se encostando na parede perto da porta do banheiro e esperou. – Você está bem aí?

Feels Like Home | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora