I know

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Gabriela acabou passando a tarde e à noite no apartamento das meninas, rir e sair com amigas era uma coisa que ela não tinha feito em anos.

Natália era uma alegria de ser ter ao redor. Toda entusiasmada, infantil e amigável, ficar e observar ela falar sobre a galeria e exposição era incrivelmente motivador. Gabriela tinha certeza que se qualquer uma das outras meninas tivesse dúvida de alguma coisa, quanto a esse negócio, Natália tinha motivação de sobra para animar todas elas.

Roberta era meio estranha, vivia com a cara fechada, parecia estar sempre cansada e muito longe da realidade, ou drogada, Gabriela sabia que essa era uma possibilidade quando se tratava de artistas. Ela havia perguntando se ela tinha estudado artes, e ela balançou a cabeça sem dizer mais nada. Era estranho que uma mulher como essa podia fazer pinturas como aquelas que Gabriela havia visto.

– Ela estudou em Rhode Island. – Paula disse à Gabriela mais tarde, após o jantar elas foram relaxar ao redor da sala, vendo um filme de ação. – Mas ela só ficou durante três meses.

– Oh – Gabriela disse, balançando a cabeça. – Ela é esse tipo de artista.

– O tipo: A escola de arte limita minha criatividade e liberdade de expressão? Sim – Paula bufou em uma risada.

– Como você está? – Gabriela perguntou em voz baixa.

– Eu estou bem. – Ela sorriu. – Estou na cidade a pouco tempo, tudo é um pouco novo. Mas hey, não é nada que eu não possa suportar.

– Há quanto tempo Rosa vive aqui?

– O mesmo tempo que eu. Talvez um mês ou dois. – Gabriela balançou a cabeça lentamente. Paula olhou para ela com curiosidade. – Você está diferente, Guimarães.

Gabriela a encarou antes de voltar o olhar para a TV, sem realmente prestar atenção em nada. – Tem sido quase uma década, Paula. – Havia um tom de amargura em sua voz, ela não de intenção de soar como soou. Paula sentiu isso.

Paula se sentou ao lado dela. – Você viveu aqui todo este tempo?

Gabriela olhava para a frente. – Sim.

– Vivendo de arte?

Gabriela fez uma pausa. Ela não queria mentir. Não para Paula, não para a parte de si mesma que ela representava. – Não.

Houve alguns longos minutos de silêncio, apenas o filme rolando. Gabriela quase podia sentir Paula querendo dizer algo, mas permanecendo em silêncio. Olhando em volta, ela sorriu quando viu Natália adormecida com a cabeça inclinada para trás e com a boca aberta. Roberta a encarava com lábios franzidos.

Quando ela voltou a olhar para Paula, ela percebeu uma expressão estranha. Quase triste. – Essa exposição vai dar certo, Gabi. – Ela disse com firmeza, como se acreditasse nisso com todo seu coração. – Vai ser muito bom.

Gabriela assentiu, oferecendo um pequeno sorriso. – Eu sei.

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Capítulo bem curtinho porque daqui a pouco volto com mais um, só pra manter o costume de postar dois ou mais no mesmo dia.

Feels Like Home | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora