Start Over

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Agora, semanas depois do jantar com Sheilla, Gabriela se encontra tendo que cancelar seus planos com Rosamaria pela primeira vez. Ela mandava mensagens para a de olhos claros o tempo todo, principalmente quando ela se lembrava de alguma coisa da faculdade ou de sua infância.

Mas agora, aqui estava ela, com seu celular pressionado em seu ouvido enquanto ela estava enrolada em seus cobertores e edredons macios em sua cama, quatro semanas depois do seu jantar com Sheilla e ela não podia pensar em nada pior do que sair daqui e se encontrar com Rosamaria para o almoço. – Pink? – Ela resmungou.

– Hey Musinha! Eaí?

– Eu vou ter que cancelar nosso almoço hoje. – Gabriela gemeu, rolando e enrolando os cobertores em si mesma. – Eu sinto muito.

– Você soa como um cadáver. – Rosamaria disse. – Você deve ficar na cama e não infectar qualquer outra pessoa com esses germes que você parece ter.

– Eu acho que é a Peste Negra. – Gabriela gemeu. – Eu me sinto como se estivesse prestes a vomitar durante três horas seguidas.

– A peste negra foi na idade média, Gabizinha. Você não estudou medicina?

– Cala a boca, Pinkmary. – Gabriela diz, gemendo.

– Você deve tomar algum remédio, ninguém quer que você vire a portadora da próxima grande epidemia mundial, Musinha.

– Urgh. Até logo, Pink.

– Até mais poço de germes.

Gabriela jogou o telefone na sala, em direção ao sofá. O apartamento era tão pequeno que essa não foi uma grande distância. Ela gemeu e tentou pensar em algo que podia tomar e que tinha em seu kit de primeiros socorros. Mas chegar até lá exigiria sair da cama, e esse pensamento a fazia se sentir mais doente. Ela voltou em sua cabeça as semanas que se passaram. Houve várias pessoas doentes em seu trabalho, talvez ela tivesse pego algum tipo de virose.

Dez minutos se passaram e ela decidiu que estava sendo estúpida. Nada iria mudar se ela não se levantasse da cama, e então ela começou a fazer seu caminho até o kit de primeiros socorros. Ela só precisava dar dois passos até perceber que ela não iria conseguir chegar até lá. Gabriela só conseguiu fazer um mergulho para o banheiro e começou a vomitar.

Ela continuou sentada perto do vaso durante meia hora, sua garganta ardia e seus olhos lacrimejavam, e ela gemeu com cada embrulho que sentia em seu estômago. Ela colocou a mão sobre sua barriga e esperou as náuseas passarem.

E passou, foi lento mais passou. Ela se encostou na parede se aninhando entre duas pilhas de caixas de papelão. Respirando profundamente ela fechou os olhos. Ok, talvez ela merecesse ficar um dia em casa. Mas este apartamento não era o melhor lugar para se ficar enquanto se tentar ficar melhor. Tudo era velho, nojento e tinha bolor, fazia ela ficar dez vezes pior. Mas então, novamente, sair do apartamento fazia ela querer morrer.

Em vez disso, Gabriela colocou a mão sobre a testa. Ela não estava quente. Rastejando de volta para a caixa que ela havia tentado chegar mais cedo, a que havia o Kit. Ela remexeu e tirou o termômetro e colocou em sua boca. Depois de alguns segundos ela tirou. Completamente normal. Gabriela se encostou na parede, com as pernas cruzadas no chão e a sobrancelha pra cima. Talvez pudesse ser algum tipo de problema estomacal, mas isso não explicava a falta de febre. Seus olhos se abriram.

– Oh.

Gabriela olhou para seu estômago, fazendo beicinho. – Merda. – Ela disse a sua barriga, que já ostentava um pequeno volume.

Feels Like Home | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora