𝙰𝚌𝚌𝚒𝚍𝚎𝚗𝚝𝚊𝚕𝚕𝚢 𝙸𝚗 𝙻𝚘𝚟𝚎 - 𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢

Chapter Fifty Eight ~He is growing~

Depois de todo o caso ocorrido, a guarda em Scorpius foi estritamente montada, Harry e Draco não se deixavam distrair por nada, não deixavam o garoto atrás e tampouco, com os amigos. Até que começasse a se comportar perfeitamente bem, Scorpius estava "de castigo."

Antes mesmo do seu aniversário de três anos se aproximar, o casal estava no gramado, observando o filho brincando com Edwiges que sempre piava alto demais quando tinha duas penas puxadas a força.

— Scorpius, não. – Draco reclamou outra vez vendo o menor fazer uma careta — Sem rebeldia, por favor...

Harry riu negando com a cabeça. Draco era o primeiro teimoso daquela família.

— Se você machucá-la, vamos ter de colocá-lo de castigo.. – o loiro continuou — E você sabe que os castigos não são legais.

— Naum... – disse com a voz embargada.

— Obedeça o seu pai, amor.. – Harry disse com a voz calma — A Edwiges é sua amiguinha.

— Abiguinha penuda! – o menor comentou vendo Harry rir.

— É peluda, filho. – continuou rindo — Agora faça carinho e de um beijo nela, pedindo desculpas.

Scorpius se inclinou sobre o animal e mesmo assustada, Edwiges não se afastou muito do garoto e balançou a cabeça de um lado pro outro depois do carinho recebido.

— Ela está agradecendo. – Harry continuou vendo o filho animado pela interação com a ave. — Agora lembre-se, não pode bater, beliscar ou puxar as penas dela, entendeu?

— Sim papai.

— Ótimo. Que tal nós tirarmos uma foto pra enviar ao Sirius?! Já fazem dias que não nos falamos, o Dobby também não tem vindo... Será que aconteceu alguma coisa?

— Claro que não. – Draco o assegurou antes de olhar ao redor por alguns segundos — Não tô vendo o Colin. – Harry fez o mesmo.

— Talvez ele esteja com o Rony e o pessoal... Vamos lá, filho, vamos atrás do tio Colin pra tirar foto.

— Num quer!

— É só uma foto, filho. O vovô Sirius ta com saudades...

— Porque você não vai procurar o Colin e eu fico tomando conta dele?! – Draco disse com a voz baixa.

— Você não pode mimá-lo, Draco. – o loiro resmungou.

— Mas ele quer brincar com a Edwiges... Vamos deixar a foto pra depois... – Harry revirou os olhos.

— Depois não reclama quando ele fizer birra, você mesmo ta ensinando ele ser assim.

— É só hoje amor, ele nunca tinha sido tão carinhoso com ela...Olha só – Harry encarou o filho abraçado ao pescoço da coruja enquanto ela mexia a cabeça, passando o bico pelo braço do menor.

— Scorpius, filho, cuidado pra não se machucar...– Harry disse se deu por vencido e voltou a sentar no gramado, observando o filho brincar e rolar pelo chão, enquanto a gargalhada doce ecoava no meio deles.

Talvez criar filhos fosse mais complicado do que Harry pensara, Scorpius tinha muito do temperamento de Draco, além de características físicas, claro. Era esperto, mas ao mesmo tempo um tanto quanto atrevido, nunca tinha medo de nenhum animal, muito menos das poções que eles faziam em sala de aula. Por mais que só tivesse três anos, era muito mais evoluído do que qualquer outro bebê daquela idade, comentários que Minerva e Dumbledore sempre faziam.

Apesar de todos dizerem que Scorpius era a versão mirim de Harry numa figura loira, ele discordava, parecia inacreditável que depois de todo sufoco que ele passou até o dia do parto, seu único filho tivesse nascido a cópia do pai.

O que significava que pra onde fosse, os traços de Draco estariam com ele.

— Papai! Papai! – Scorpius balançou os braços de Harry fazendo-o "despertar" enquanto Draco ria.

— Oi amor, tô ouvindo...

— Icop tirar foto agora. – E olhando ao redor Harry percebeu que a coruja já tinha ido embora, e estreitando os olhos pro menor, ele o viu sorrir de forma travessa antes de jogar sobre os braços do pai e segurar em seu pescoço, dando dois beijos em seu rosto. — Amo você, papai. – o coração de Harry amoleceu.

— Também amo você meu amor. Amo mais que a mim mesmo... – disse afagando-o em seus braços antes de levantarem e ir em busca de Colin e sua famosa câmera fotográfica.

•••

— Olá!

— Boby!! – Scorpius gritou ao ver o pequeno elfo estalar os dedos e parar atrás dele.

Harry e Draco correram de onde estavam e avistaram o garoto abraçado ao seu babá, como o pequeno sempre dizia. 

— Dobby?! – Harry franziu o cenho confuso.

— Dobby lamenta ter deixado Harry Potter de lado, mas Dobby precisava ajudar lord Black em algumas coisas...

— Que coisas, Dobby? Você sumiu há duas semanas, o que tá acontecendo?! – Dobby virou o rosto e foi em direção a Scorpius que erguia todos os bonequinhos, esperando que o elfo os enfeitiçasse e os fizesse flutuar a sua frente.

— Magicaaa!! – gritou animado vendo os pais rirem. Harry sabia que o amigo só estava tentando fugir do assunto, mas não importava. Ele descobriria de um jeito ou de outro.

— Você tem que parar com essa cisma de que todos estão escondendo algo de você. – Draco disse deixando os dois sozinhos.

— Não é cisma, é só estranho que ele tenha sumido, tampouco o Sirius tenha enviado corujas...

— O ano letivo está acabando Hazz. Literalmente acabando. – Malfoy suspirou e olhou ao redor — Vou sentir falta desse nosso "lar". – Harry riu.

— A sala precisa foi alugada sem prazo de validade. – o casal riu — Mas foi com ela que começamos nossa vida juntos. – o rosto de Malfoy corou e Harry também não pode deixar de sentir-se envergonhado.

— Apesar de toda a merda que rolou, preciso agradecer a Pansy pela ideia de nos juntar.

— Mas, por favor, que na próxima, seja uma ajuda saudável. – Draco assentiu.

— Como será que vai ser nossa vida daqui pra frente?! Daqui a pouco o Scorpius fará cinco, dez, doze anos, vai voltar pra Hogwarts e nos deixar lá fora... Não sei se consigo, Harry.

— Você é um Malfoy, cara. Reaja como tal. – Harry zombou cutucando o braço do namorado que riu fraco — Eu sei que é difícil, sei que vamos sentir muita falta, mas veremos ele mas férias, poderemos enviar corujas todos os dias... Relaxa, Draco, a gente enfrenta isso junto. Como temos feito até agora.

Draco sorriu.

— Obrigado por ser meu Porto Seguro. – Draco roçou seu nariz no do namorado e sorriu vendo Harry retribuir.

— Sempre.