𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝 - 𝙼𝚊𝚍𝚗𝚎𝚜𝚜

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— M-Malfoy... – Harry ofegou assim que se afastaram e Harry endireitou o corpo na cama outra vez; Draco não disse nada, ficou parado com os dedos sob seus lábios enquanto analisava as expressões do outro e talvez pensando no que tinha acabado de fazer.

  Talvez Malfoy tivesse se sentido envergonhado pelo que fez, mas não parecia estar arrependido, tampouco tinha pedido desculpas.

  O que aquilo tudo significava, então?!

  — Você precisa ir embora. – Harry disse ao ver que o loiro permanecia em silêncio, sua cabeça dava voltas e seu coração parecia errar as batidas de tão nervoso que ele estava.

  Ele estava louco?

  Bom, ao menos deveria estar, afinal, ser beijado por ninguém menos que Draco Malfoy, era uma completa loucura.

   — Me perdoe por isso. Eu agi sem pensar, sinto muito. – Harry desdenhou no fim, mas não se moveu pra sair como Harry havia sugerido. — N-nós precisamos conversar... – Draco continuou com a voz rouca, ainda sem deixar os dedos longe de seus lábios. Harry engoliu seco e desviou a atenção do outro por uns segundos, sentiu uma das mãos de Malfoy segurar a sua e abaixando a cabeça ele franziu o cenho. — É um problema nosso agora.

   Até aquele momento parecia que Harry estava vivendo num sonho louco, como se a poção o tivesse levado para uma realidade alternativa onde tudo era possível, inclusive, beijar Draco Malfoy.

  Ouvir as palavras vindas do loiro fazia tudo tornar-se mais real, Harry ainda não conseguia acreditar que estava mesmo esperando um bebê... um mini Malfoy.

Ele balançou a cabeça rapidamente e mexeu as pernas pra descer da cama, porém uma tontura tomou conta dele e fechando os olhos o moreno sentiu-se ser envolvido pela cintura, o impedindo de ir ao chão.

Draco o sentou na cama de novo e encheu um copo de água, o entregando em seguida.

  Não havia mais motivos para não acreditar, recusar, ou qualquer outra definição de negatividade que ele pudesse usar contra aquele caso; Harry precisava aceitar que a partir de agora, teria um filho com Malfoy e que isso implicaria na presença do loiro em sua vida, pelo resto da vida.

  — Você 'tá bem? – Malfoy perguntou visivelmente preocupado — Eu vou chamar a Madame...

  — Não precisa, eu estou bem. Deve ser porque não comi ainda, só isso... – o moreno disse dando de ombros.

  — Então eu vou atrás de alguma coisa pra você comer agora. – e antes que pudesse impedi-lo, a porta foi aberta e fechada e Malfoy sumiu junto com ela deixando Harry totalmente desolado.

  Ainda faltava muito tempo para as férias e Harry se perguntava como seria dali pra frente; frequentar as aulas com sua barriga crescendo, os olhares e comentários dos alunos, os xingamentos que ele obviamente ouviria, os sermões de seus tios quando soubessem, e até mesmo Sirius.

  Harry não fazia ideia de como contar aquilo ao padrinho.

  Enviar uma coruja seria o "correto", mas o rapaz sabia que no momento em que visse a frase "bebê do Malfoy", Sirius invadiria a mansão dos Malfoy e acabaria com tudo.

  Inclusive, com o plano de stand-by de Dumbledore em relação a conversar com Narcissa e Lucius.

  "O que eu vou fazer?!", Harry suspirou outra vez esfregando o rosto enquanto erguia os joelhos para apoiar sua cabeça neles. Ele mal teve tempo de pensar em mais alguma coisa e novamente a figura de Malfoy se fez presente; o loiro trazia uma bandeja, mas dessa vez, ele não estava sozinho.

𝙰𝚌𝚌𝚒𝚍𝚎𝚗𝚝𝚊𝚕𝚕𝚢 𝙸𝚗 𝙻𝚘𝚟𝚎 - 𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora