𝙰𝚌𝚌𝚒𝚍𝚎𝚗𝚝𝚊𝚕𝚕𝚢 𝙸𝚗 𝙻𝚘𝚟𝚎 - 𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢

Chapter Sixty Five ~ I Love You Dad.~

— SÃO GÊMEOS, AMOR! - Draco disse eufórico — POR MERLIN, TIVEMOS GÊMEOS!! – Harry ainda estava em choque.

Gêmeos?

Quando aquilo aconteceu? E como aconteceu?!

Não que o tamanho de sua barriga fosse normal em comparação à primeira gestação, mas ainda assim, gêmeos? Harry jamais cogitou aquela possiblidade.

Era realmente muita informação pra processar.

Draco chorou enquanto beijava o namorado. Diferente da primeira vez, além da Madame Pomfrey, Sirius e os Malfoy fizeram questão de estarem presentes, e o casal não poderia estar mais feliz. Harry nunca vira Lucius sorrir tanto desde as vezes que ele o assistia brincar com Scorpius.

— Eu te amo, Te amo, Te amo. – o loiro disse beijando o moreno repetidamente, enquanto Harry sorria sem graça e cansado.

— Também amo você, Dray... Obrigado por mais esse presente.

— Você me deu esse presente desde que aceitou meu pedido de namoro... – Draco enxugou seu rosto e beijou sua testa — Nós vamos ser muito mais felizes agora. O Scorpius estava louco pra entrar e ver o irmão. Imagina quando ele souber que são dois?! – ambos riram.

— Ele ficou com a Pansy?

— Até parece – Draco rebateu rindo — Tá na sala do professor Snape. – Harry gargalhou — Ele não perdeu a fixação nele.

— Ao menos, ele se dá muito melhor com o Scorp do que conosco. – Draco assentiu rindo.

Apesar de estar com medo por tudo que já tinha passado anos atrás, Harry confiava em Madame Pomfrey e em todo apoio que Minerva e Dumbledore ainda lhe davam, as poções não lhe fizeram tanto mal quanto da primeira vez, e então, dentro dos seis meses, seu bebê, ou melhor, bebês, estavam extremamente saudáveis e prontos para virem ao mundo bruxo. A relação com os demais professores continuava do mesmo jeito, apesar de Sirius e Remus estarem juntos, o professor não havia se mudado como Black pedira, ele continuaria morando em Hogwarts até que os filhos de Harry estivessem formados.

Lupin não conseguiria ficar longe deles, principalmente, de Scorpius.

Os gêmeos Weasley não estavam presentes já que agora tinham sua própria loja pra administrar e apesar da distância, eles fizeram a mesma aposta com os colegas e ao contrario da primeira vez, eles receberam um berrador, cobrando os galeões que todos teriam de receber, já que metade dos amigos achou que fosse menina, e a outra metade, menino.

Harry não conseguiu não rir.

Depois de todo procedimento finalizado e os feitiços de cicatrização, lançados, Harry já estava sentado na cama, com seu caçula nos braços enquanto Malfoy sentava ao seu lado, com a garota. Ele permaneceria dentro de Hogwarts por mais três dias, onde ficaria em observação até que a cicatriz na barriga sumisse finalmente.

Todos os novos alunos estavam curiosos e querendo conhecer os herdeiros do famoso Harry Potter e Draco Malfoy. Snape precisou contê-los por diversas vezes, saindo de sua sala e gritando para que todos voltassem a seus respectivos dormitórios, Scorpius não deixou de ficar assustado; mesmo com cinco anos, a imagem de um Snape furioso não era uma coisa que ele gostasse de ver.

– Sinto muito, Potter. – ele disse quando voltou pra dentro da sala e percebeu o rosto amedrontado do loiro, e então estendeu os braços pra ele os segurasse. — Mas se a gente não gritar, os alunos não obedecem. – o menor assentiu.

— Já posso ver meu papai?

— Acho que não. Seus tios disseram que viriam aqui quando o bebê nascesse...

— Inake vai ver o bebê?

Snape revirou os olhos.

— Você vai me chamar assim pra sempre? – Scorpius riu sem graça — Bom, respondendo a sua pergunta, sim, eu irei com você para vermos seu irmão, ou irmã.

Scorpius bateu as mãos animado e Snape não segurou o riso.

— Você tem que sorrir tio Inake. Scorp gosta de sorrir.

— Eu já notei. – o loiro riu envergonhado.

Depois do jantar, Scorpius acabou pegando no sono e quando Remus chegou informando sobre o nascimento, ele não foi acordado de imediato. Draco deixou o marido no quarto e levou o garoto para o seu antigo lar, aconchegante como a primeira vez que eles estiveram ali com Scorpius ainda bebê.

Quando chegou na enfermaria, Snape tossiu chamando a atenção dos demais, e depois de um leve cumprimento com Lucius, o professor se aproximou da cama, vendo Harry sorrir ainda tímido.

— Parabéns, Potter. O Scorpius estava tão ansioso pra vê-lo, mas gastou as energias revirando meu laboratório de cabeça pra baixo – Harry mordeu o lábio, nervoso — Depois de jantar, ele pegou no sono.

— Obrigado por ter ficado de olho nele – o homem deu de ombros — Ele realmente gosta da sua companhia.

— Ele é tolerável. – Rebateu com desdém, mas Harry tinha certeza que vira um traço de sorriso surgir no canto de seus lábios. — Espero que o garoto seja menos agitado.

— Bom, talvez o senhor prefira ver com seus próprios olhos... – ele estendeu os braços para que o professor segurasse seu filho e mesmo inexpressivo, Snape o segurou — Conheça o professor Snape, Alvo Severus Black...

O olhar de espanto de Severo Snape arrancou um sorriso involuntário e sincero dos lábios de Harry, um sorriso que não trazia medo, insegurança, nem nenhuma reação que Snape costumava causar em todos. O homem apertou o menor em seus braços e desviando a atenção de Harry, ele piscou algumas vezes, talvez querendo se livrar do que Harry sabia serem lagrimas de felicidade.

Mesmo que a cara fechada fosse a mesma.

— O senhor fez muito por nós esse tempo todo, cuidou do Scorpius quando precisávamos estudar e fazer prova, mesmo quando ele atrapalhava sua aula... Eu não podia adivinhar que ele seria tão apegado ao senhor, então não vimos uma maneira melhor de agradecer, do que colocando o nome das três pessoas que mais nos apoiaram e ficaram do nosso lado durante todo esse tempo.

Sirius que estava ao lado dos Malfoy, ficou imóvel, desde o nascimento dos afilhados-neto, ele não ouvira Harry falar o nome do garoto, tanto ele quanto os demais, estavam surpresos. A diferença era que Sirius não conseguia esconder suas emoções e logo se aproximou de Harry abraçando-o e beijando seu rosto enquanto o moreno ria sem graça.

— Você quer me matar do coração, moleque?! Não tenho mais idade pra esse tipo de emoção.

— Você merece isso e muito mais – Harry sorriu sincero — Você tem sido o pai que eu sempre precisei, e tenho certeza que se o papai estivesse aqui, ele iria querer que essa homenagem fosse feita.

— Eu nem sei como agradecer... – Sirius chorou outra vez — Muito, muito obrigado Harry, ver você com sua família e feliz assim faz tudo valer a pena. Obrigado por me deixar fazer parte de tudo isso. Amo você, filho.

— Também amo você, pai. – Harry piscou dando um sorriso de lado antes de receber outro beijo no rosto e então Snape virou, entregando o bebê ao cabeludo.

— Parabéns, Black – disse por fim antes de deixar a enfermaria e seguir para sua sala.