Hola, pessoas!
Depois de muito tempo, aqui está a volta das cenas hot pra vocês. Foquei bastante na história, e trouxe aqui algo pra descontrair. Vai ser um capítulo bem longo, e quase nada de importante, a não ser a putaria no final haha.
Estou tentando prolongar a história o máximo que posso, e vocês vão perceber mais uma intervenção de enredo aqui, já eu não quero terminar o livro agora porque eu gosto muito de escrever isso aqui, como podem perceber kakakaka.
Aliás, eu parei um pouco de escrever porque comecei a tomar um remédio pra ansiedade, que nas primeiras semanas me fodeu todinho. Parece que piorei. Fiquei meio demente da cabeça, e não conseguia escrever nada. Nem tava enxergando direito as coisas, e me dava muito sono. Até agora dá uns bug na minha cabeça depois que tomo, e me dá uma crise existencial, mas o efeito tá diminuindo. Mas ainda não consigo escrever, porque 21:00 da noite já tô dormindo, e eu costumava escrever de madrugada. Mas não se preocupem, assim como esse capítulo, há outros a frente que já estavam escritos. Só tô tentando arrumar algumas coisas antes de revisar.
E mais uma coisa... o site que eu falei que ia criar para meu universo, já tá pronto. Só ainda não postei nada por causa da situação cômica que eu tô por causa desse remédio. Quero fazer uns desenhos legais, e já tenho conteúdo pro site, e espero que os efeitos colaterais dessa porra de medicamento passe logo. Aí em breve eu compartilharei com vocês, pra vocês compartilharem com os amigos e afins. Não quero ficar pedindo pra minha irmã ficar escrevendo e fazendo as coisas pra mim, senão ela vai me cobrar.
Beleza, boa leitura pra vocês. Até a próxima!
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[Narrado por Luka]
Semanas já se passaram. Anco estava na mesma. Apagado, “morto”, mas não estava decompondo. Aliás, as aulas voltaram. A mesma merda de sempre. Dessa vez eu não faltei um dia sequer, e Marcelo disse estar orgulhoso. O clima na sala de aula era diferente... sei lá, estava mais calmo e mais sociável. As coisas estão bem melhores, e melhoram a cada dia.
Eu: — Me dá um beijo que eu te passo colinha, ué. Trato é trato, gato. — ele riu.
Reynard: — Olha que eu topo, hein. Mas não te garanto que tu vá resistir aos lábios do garanhão aqui.
Ana: — Mas é convencido mesmo, hein! Se toca, coiso!
Sandra: — Cê não viu nada. Esse daí, se tu der a mão, ele quer as pernas também. — rimos.
Os dias estavam calmos. Isso é esquisito, mas não reclamei. Minha relação com todos estava bem mais em sintonia. Não briguei com o Marcus, nem com o Guilherme, nem com mais ninguém. Eu estava de boa. Bom... não tão de boa assim. Meus encontros ocultos com Marcus aumentou muito nos últimos dias. Eu avisei que às vezes fica difícil segurar aquela sensação, aquele fogo, e tudo. Ele só riu, e disse ser normal. Eu estou passando por uma fase difícil dos astrianos. Ele até elogiou eu ter suportado por tanto tempo. Quando Thay se desenvolveu, ele transou com cinco soldados em uma noite cetoriana, e dois dos soldados eram melhores amigos dele lá em Cetos, do mesmo esquadrão. Os dois se tornaram mascotes dele depois disso. Eu disse que eu não quero me tornar uma piranha, e avisei que iria continuar resistindo, mas... ele parou tudo o que estava fazendo, puxou uma cadeira e se sentou comigo. Calmamente ele me explicou que... se eu estiver desenvolvendo meus órgãos mais avançados relacionados à sexualidade dos Savihre cetorianos e dos Hungaridae astrianos, eu preciso ceder algumas vezes. O corpo produz muitos hormônios, e muitos fluidos. Se eu evitar toda vez que me excitar, pode causar uma inflamação num nervo bem frágil de uma glândula que eles chamam de “Torre”. Ele tocou meu abdômen e me mostrou onde fica, uns cinco dedos abaixo do umbigo, e três dedos para a esquerda. A Torre age no orgasmo, tanto peniano quanto do Regher. Quando um astriano ou cetoriano está no ápice do prazer, a glândula formada por nervos receptores endurece e trava o parceiro por alguns segundos para que ele possa desfrutar do prazer completo e não interromper a diversão tão rapidamente. A Torre também é responsável pela auto-limpeza do Regher, liberando fluidos interiores, e também manda a informação da excitação para os nervos do Regher, que possui outras pequenas glândulas interligadas, conectadas com a próstata, que liberam um outro fluido viscoso que lubrifica a entrada do Regher. Essa lubrificação tem um odor adocicado, e um sabor único. Assim como o pênis de maioria das espécies dessa galáxia produz a própria lubrificação, nos astrianos o Regher faz o mesmo. Eu perguntei mais um pouco sobre o Regher, e ele riu e ficou bem nervoso antes de responder. Marcus ficou corado, e ria à toa antes de explicar, o que me fez rir também. Ele não estava confortável, e pra ele era muito vergonhoso explicar sobre sexo pra mim. Mas... ele é o único homem que eu posso discutir isso, afinal ele me criou, né. É obrigação dele e da minha mãe me explicarem as coisas, não quero saber. Ele vai me explicar.
Quando ele me contou, eu gostei do que ouvi. A natureza foi muito amiga dos astrianos, por isso eles são tão conectados com ela. O Regher é um desvio de canal próximo ao cu astriano. A musculatura anal é diferente da dos humanos, e bem elástica. Logo na entrada do ânus, nos adultos astrianos há uma bifurcação de canal. Um canal leva para o ânus, e o canal ao lado para o Regher, que é lotado de receptores super frágeis ao toque. Sendo assim, os astrianos são agraciados com diversas fases de orgasmos. Os machos possuem o orgasmo peniano e o do Regher. As mulheres possuem muitas outras também, e eu achei isso incrível. A humanidade chora diante desse privilégio.
Perguntei mais um pouco, e por mais que Marcus quisesse sair correndo, ele me explicou direitinho. Eu posso sim gozar pelo regher. Há a ejaculação peniana, e a ejaculação desse canal. Ele não sabe se eu já senti, mas é um prazer enorme, e maravilhoso, estonteante. É algo incrível. Eu já sabia do que ele estava falando, mas me fiz de sonso. Ele disse que a ejaculação do Regher vem como lava, queimando por dentro... causando espasmos e um bom cansaço pós sexo. Eu caçoei da cara dele por estar falando tão bem daquele tipo de prazer. Perguntei como ele sabia que era tão bom pros dois parceiros, e ele ficou todo vermelho e ria sem parar. Eu ri junto. Ele disse que tem mais de duzentos níveis de experiência de vida. Já teve relações com um macho astriano... algumas vezes. Eu estreitei os olhos, desconfiado, e ele rapidamente assumiu que foram muuuitas vezes. Sexo com astrianos é muito bom. As torres das duas espécies se conectam e prendem os dois. Isso gera um prazer incrível, e ele assegura que eu deveria provar. Eu estranhei ele pedir pra eu provar sexo selvagem com alguém que consiga alcançar minhas expectativas, mas tudo bem. Até uns meses atrás ele pirava só de pensar na possibilidade de eu perder a virgindade. Agora ele tá meio que “foda-se”.
Última pergunta que fiz, foi quem poderia me fazer sentir aquilo. Ele simplesmente travou. Ficou em silêncio e não quis responder. Ele disse que a resposta pode não me agradar. Mas com a insistência, ele falou. O parceiro ideal seria um astriano que conhece o próprio corpo. Ele me explicou sobre a dança do acasalamento dos astrianos, e de como isso é capaz de me prender como um gatinho na coleira. A demonstração de força dos parceiros concorrentes me deixaria louco, e eu com certeza me apaixonaria pelo vencedor. É bem difícil encantar um astriano com a dança, mas acontecia. As relações mais duradouras vieram da dança. E outro parceiro bom seria um cetoriano experiente, que já conheça as armas astrianas. Mas eu sou muito novo, e me relacionar com um cetoriano mais velho que eu seria muito mal visto. Os Savihre são muito rigorosos com suas leis etárias. Ele disse que se pudesse, se não fosse casado, se eu fosse mais velho, e se meu pai não fosse querer matá-lo, ele me mostraria com mais detalhes. Ao ouvir isso, eu dei um grito com ele, o fazendo rir alto. Logo disse estar brincando. Ele contou que um ótimo parceiro experiente seria Thay. Mas por enquanto apenas o Guilherme está ao meu alcance. O dote do Gui com certeza pode atingir o fundo do regher, onde as terminações nervosas são mais sensíveis. Mas tamanho também não é documento. Já ouviu relatos que os mais grossos fazem mais sucesso. Eu gritei com ele de novo, achando desnecessário essa forma de falar, mas tudo bem. Isso tudo não significa que um humano com dote médio não possa me levar ao orgasmo. Uma hora pode acontecer. Então isso acrescenta Joaquim na lista, além do Gui. Esses são os meninos que ele mais recomenda, porque são os que ele confia. Mas outros também podem ser adicionados na lista.
Então, recapitulando... eu descobri que o fogo só vai parar depois que eu tiver uma relação sexual que preste. Astrianos são muito exigentes, e agora eu entendo por quê. Eu tive que lembrá-lo que a filha dele é igual a mim, e ele ficou sério. Depois de alguns minutos, ele deu de ombros e disse que ele não pode privá-la das coisas por muito tempo. Vai acontecer. Agora com essa conexão com o Diogo, ele está desconfortável em saber que esse momento pode estar próximo, mas... se é o Diogo, o deixa mais confortável. O Diogo não é um Thomas, nem um Guilherme. Muito menos um Thay. É um garoto bom, e magoar alguém está fora dos planos dele. Apesar de ele não ser virgem como ela, ele ainda assim é bem inseguro. O olhar de Marcus mudou, e eu notei o motivo. Ele olhou nos meus olhos e disse que a primeira relação do Diogo foi um trauma pra ele, o que deixa Marcus com medo de saber o que aconteceu. Boa coisa não é, mas perguntar está fora de questão. Se quisermos saber sobre o passado do Diogo, precisamos que ele confie em nós o suficiente para contar por conta própria.
Depois de tanta conversa, eu me senti muito mais livre. O mais estranho é que... aquele menino fofo que eu conheci parece estar fugindo de mim. Não o vejo mais, e... ele tinha me chamado pra sair, mas nunca mais apareceu. É... talvez não é pra ser mesmo. De qualquer forma, continuei minha vida. De casa para o colégio... do colégio pra casa. Até que começou aquela palhaçada de representante de turma. Alguns se interessaram, mas eu queria só ficar longe de responsabilidades. Marcelo disse que depois das férias, revogaram todos os representantes de antes, e algumas turmas ainda não tinham, mas... com a recente intervenção do estado nos assuntos do colégio, serão obrigado a formalizar outra vez novos representantes. Alunos representantes e professor representante. Pra nossa turma, óbvio que todo mundo escolheu o Miguel. É óóóbvio. Ele é o professor preferido de todo mundo, ainda bem que conseguimos escolhê-lo antes das outras turmas. Então em qualquer atividade, ele que nos representará. Agora para aluno... todos foram obrigados a participar da votação. Meu voto foi na Sandra. Tem alguém com instinto de liderança maior que ela? Na minha opinião, não. Mas o povo acha que o líder da turma sou eu. Maioria votou em mim, o que eu achei ridículo. Até mesmo Reynard votou em mim, cara! Eu quis enforcar aquele imbecil. Meus amigos votaram em mim... E de vice foi a Sandra. Eu quis negar, mas... Marcelo acha que ele é uma personificação da lei. Vou ser obrigado a comparecer ao colégio nos sábados, e ficar até tarde. Eu odeio o colégio, sério. Só gosto dos meus amigos e dos professores.
Eu: — Juan... — ele me olhou, mas me ignorou. — Ô, idiota!
Juan: — Não. Não quero conversar. — passou direto. Fui atrás dele.
Eu: — Então. Gosta de sangue? — ele franziu as sobrancelhas e riu.
Juan: — Óbvio que não. Por quê?
Eu: — Nada... — pus as mãos nos bolsos. — Então... lua cheia? Gosta?
Juan: — Eu não sou um lobisomem, muito menos um vampiro, beleza? Me deixe em paz. — foi andando rápido na frente. Suspirei. Continua não dando certo. Eu venho enchendo o saco dele um tempão pra ele se abrir comigo, mas não funciona. Ele é difícil de se lidar. Tem uma personalidade muito forte. Eu gosto disso, não vou mentir, mas ele me irrita às vezes.
Sandra e eu ficamos na secretaria esperando começar a reunião do conselho de classe que foi adiantado para hoje, sexta-feira. Ficamos conversando sobre a irmã dela, e descobri que tá rolando um romancezinho boiolinha entre Bianca e Alexia. Eu adorei escutar isso, e falei que Alexia parece ser uma garota legal. Luigi ama muito ela, e só por causa disso eu já sei que ela é uma ótima pessoa. Sandra concordou comigo.
Logo a reunião começou. Sandra e eu sentamos lado a lado, próximo a outros representantes de outras turmas, enquanto todos os professores de todas as turmas da manhã sentaram-se também, junto com os diretores, Alberto Cavalcante e Marcelo Rodriguez. Naquela reunião eu pude ver o nível de influência do Marcelo. Todos os outros respeitavam ele, principalmente o diretor Alberto, que abaixava a cabeça e botava o rabinho entre as pernas quando Marcelo falava. Eu nunca tinha visto ele tão submisso assim. Mas... mano, é o Marcelo. Quem não quer ser submisso pra ele. A voz desse homem faz meus ossos tremerem às vezes. É uma pena ele ser muito mais velho que eu.
Marcelo: — Em questão de nota, muitos se safaram com minha atividade. Mas muitos se prejudicaram ainda mais. No fim do bimestre teremos a temida reunião de pais, e vai haver confusão. É por esse motivo que eu vou estar presente dessa vez, eu vou falar, e eu vou comandar. Todos de acordo? — Todos os professores e coordenadores assentiram. — Quero Luka e Sandra comigo. E indo direto ao ponto que precisamos, Luka, você como representante primário, pode dizer ao representante da Secretaria a sua opinião sobre seus colegas de classe?
Ooopa??? Eu posso ferrar alguém se eu quiser??? Ooopaaaa, delícia.
Eu: — Bom, eu achei que não teria muito o que falar, afinal às vezes minha turma parece um bando de gralhas sem educação. Mas em questões pessoais eu não tenho o que reclamar. O aluno que mais me irritou esse ano foi o Guilherme, mas como vocês puderam ver, ele melhorou bastante. Agora é um bom exemplo de aluno calado. — eles assentiram, e Marcelo riu. Eu sabia que ele queria comentar alguma baboseira, mas se segurou por estarmos numa reunião. — O segundo aluno mais insuportável foi o Luiz Cláudio Reynard, mas daqui pra frente não vamos precisar nos preocupar com ele.
Marcelo: — Detalhe, quem fez o Claw mudar foi o próprio Luka. Isso foi de grande ajuda para toda a turma. Não é à toa que ele foi eleito representante. Quando é pra liderar, esse garoto é bom. — ri.
Tadeu: — Ah, então aquele moleque educado de hoje foi moldado por você. Está de parabéns, Luka. Queria poder fazer com que Marcelo te desse mais pontos. — Disse o cara da Secretaria de sei lá aonde.
Sandra: — Eu aceito. — rimos.
Eu: — Continuando, meus colegas de turma são ótimas pessoas. Alguns deram trabalho no começo, como o Gui, Diogo, Joaquim e o Rey, mas eles estão tentando melhorar. Dentre esses, temos outros colegas incríveis, como a Sandra, que eu não posso deixar de citar. — toquei o ombro dela, que sorriu meio desajeitada. — E a irmã dela. Há também o Luigi, meu primo, que... desculpem o vocabulário, mas é um cara...
Marcelo: — Foda. É. Todos sabemos. Não querendo puxar o saco da sua família perfeitinha, mas seu primo é o preferido de geral aqui. — rimos.
Eu: — Era de se esperar. Ele sempre foi um garoto incrível. Nessa turma as coisas mudam a todo momento, mas... sim, há problemas a serem citados. — Marcelo arrumou a postura. — E eu não tenho que falar apenas dos alunos, mas também de professores. Eu não seria um representante se não estivesse representando todos meus colegas aqui, então eu não vou me calar diante de certas situações só porque estou perto de vocês, e vocês sabem disso. Abaixo de mim, ninguém. Acima de mim, ninguém. Estamos todos no mesmo lugar. — Marcelo olhou para cada um sentado na sala. Todos estavam bem sérios. Podem me achar arrogante, tô nem aí. Vou falar a verdade, e comer o rabo de todo mundo de uma vez só. Alguns professores me irritam também.
Sandra: — Concordo com ele. Começando pelos alunos, eu digo que às vezes há barulho demais. Eu quero estudar, estou aqui pra isso. Se fosse pra só conversar e me divertir e repetir de série, eu ficaria em casa e nunca mais pisaria no colégio. Mas não, eu estou aqui e quero estudar, quero me formar. Mas alguns alunos não entendem que precisamos de concentração, e não respeitam isso. Luka e eu já cansamos de ver o coitado do Miguel pedindo atenção, pedindo pro povo do fundão parar de falar, pra que ele pudesse explicar a matéria. Eu já vi a Adriana passar mal em sala por causa do barulho.
Eu: — Eu posso citar facilmente o nome de todos os sete alunos mais bagunceiros da sala, mas acho que nossos professores já sabem de cabeça. O ponto é: os que querem estudar, se formar e seguir a vida, estão sendo prejudicados. Aposto que os outros representantes das outras turmas têm as mesmas queixas. Eu sei que eu falto muito, e tudo mais, mas eu tenho uma imunidade fodida, e minha saúde é uma porcaria. Às vezes acontecem imprevistos, e vir pro colégio não é uma opção. Mas quando estamos aqui, estamos focados. Quem não está aqui para o objetivo principal, me desculpe falar assim, mas deveria ter a matrícula cancelada e deixar a vaga para quem realmente quer continuar seus objetivos de estudo. — cruzei os braços.
Sandra: — E sobre os professores... bom, Luka pode explicar melhor do que eu.
Eu: — Adriana é arrogante demais, mas às vezes com razão. No entanto está lidando com adolescentes sem noção da vida. Talvez um discurso de moral funcione mais que um grito. Marlene, sei que sua aula é de estudos sociais, e você é super descontraída, mas às vezes você é invasiva. Os alunos não querem contar tudo, alguns pontos precisam de privacidade, e nem todas as brincadeiras são confortáveis. Nem tudo pode ser encarado como piada. Exceto a Tainá, essa a gente apoia você encher o saco. — ela riu. — Muitos dos professores não tem muita paciência, e se esquecem que estão lidando com pessoas diferentes. A forma de abordagem é diferente. São pessoas de lugares diferentes, de classes diferentes, de cores diferentes, de etnias diferentes. Uma vez escutei um de vocês, não vou citar o nome, chamando o Juan de “índio baderneiro, que dança na chuva e dorme no mato”. Eu nunca vi Juan levantar a voz em sala, nem fazer nenhum tipo de baderna. Essa frase foi extremamente ofensiva e preconceituosa, na intensão de ser.
Sandra: — Vocês precisam saber como abordar seus alunos, e não fazê-los desconfortáveis na segunda casa deles. Juan é um cara estrangeiro, não nasceu nesse país, e sim, ele é um cara de pele vermelha. Mas e daí? Ser descendente de índios não coloca essas tags xenofóbicas como medalhas no pescoço dele. Ele não é baderneiro, não grita pra lua, não mora no meio do mato, não come animais vivos, e nem atira flecha pro alto, e não é motivo de piadas pra ninguém. A mesma coisa acontece com minha irmã e com a Alexia. Muitos alunos e muitos professores riram das duas, e eu escutei alguns, que eu também não vou citar nomes, debochando da forma que as duas amam. Primeiramente não é da conta de vocês.
Alberto: — Não é, mas a partir do momento que estão dentro do colégio, vocês são nossa responsabilidade. Pais visitam o colégio, e muitos não vão querer ver... coisas assim. — olhei para a Sandra.
Marcelo: — Eu permiti que alguém além dos representantes falassem? — houve um silêncio desconfortável. O outro diretor apenas ficou calado. — Ah, que bom. Sua opinião sobre isso, guarde pra você mesmo. Ela está certa. Não cabe a nós decidir isso ou julgar.
Sandra: — E é por esse tipo de comentário, Diretor Alberto, que ninguém mais suporta homens. — a professora Adriana riu.
Adriana: — Foi mal, desculpe. — riu de novo. Parece que ela concorda.
Eu: — Sabe... minha família é bem de boas com esse assunto. Eu sou gay, tudo bem. Minha irmã é sapatão... tudo bem. Meu tio, meus tios, meus pais... todos são felizes da forma que são, e não chegaram até aqui pedindo opinião de ninguém. Eles são o que eles são, eu sou o que eu sou, e não cabe a vocês julgarem e debocharem da marca que nós criamos. Pessoas morrem por causa dessa merda. Falando coisas assim, vocês estão simplesmente contribuindo para assassinato em massa. Vocês têm mortes nas costas, já pensaram assim? Vocês foram responsáveis pela morte de alguém, seja por assassinato por homofobia, por feminicídio, ou por xenofobia, ou até por suicídio. Esse tipo de comentário mata pessoas. Querem que eu repita?!
Sandra: — Nós não estamos acusando todos vocês. Estamos falando sobre o que escutamos. Quem disse essas coisas, sabe o que fez. Vocês são adultos, são velhos, são estudados, formados, mas a maioria é ignorante e hipócrita. Têm o transtorno de Narciso? Seu conhecimento não é o mais perfeito do mundo, nem sua cara. Respeite as pessoas, se quiserem ser respeitados. Respeitem Juan e as origens dele, que foram massacrados durante a história, e Adriana, sendo professora de história, sabe disso. Respeitem minha irmã e a futura namorada dela. Respeitem seus alunos e as origens deles. E lembrando, falando isso, não quero dizer que é pra deixar os alunos bagunceiros serem assim. Tem uma barreira enorme entre ”origem” e “caráter”. Se querem mesmo criar uma conexão, entendam o passado deles, não sejam invasivos e nem fiquem perguntando. Minha turma é apaixonada pelo Miguel, cara. Ele às vezes fala, e a gente fica viajando nele contando coisas aleatórias. Ele criou um vínculo, apoiou os alunos que precisaram de apoio, e sempre se lembra de falar com eles. Por isso ele é nosso professor representante com voto unânime. Aprendam algo com o Miguel.
Eu: — Concordo completamente. É isso. — olhamos para Marcelo. Ele apenas deu um tapa na mesa sorrindo e olhou para os outros.
Marcelo: — Pra terminar com vocês dois, o que mudariam neste colégio?
Sandra: — Banheiro feminino do lado do masculino. Deveria haver uma distância maior entre os dois. Cansei de ver meninos tentando espiar do lado de fora, e se aglomerar no corredor pra ficar paparicando as garotas. Isso é insuportável.
Eu: — Ter pelo menos um tempo de uma aula bônus, onde um professor fale sobre o que Sandra e eu falamos agora, ensinando o respeito, aceitação e sobre a sociedade de hoje em dia para os alunos. Eu tenho certeza de que isso ajudaria muitas pessoas que não possuem tanto acesso a informação. E também aulas sobre sexualidade, gênero, e sobre o sexo em si. Estamos com dezessete anos, e nossos pais não são capazes de ensinar detalhadamente tudo o que precisamos saber. Eu tive uma longa conversa com meu tio sobre isso, e eu percebi o quanto isso é importante para os jovens. Ter noção da própria sexualidade, dos próprios prazeres, e dos cuidados que devemos tomar, deveria ser obrigatório e essencial.
Wagner: — Isso é idiotice. — riu.
Eu: — Idiotice é em pleno século vinte e um sermos obrigados a lidar com a ignorância da geração passada. Mais idiotice ainda, é o estado não ter pensado nisso antes. O tempo está passando, o mundo não é o mesmo de antes, tá na hora de as pessoas mudarem também. Nós necessitamos de informação. Aposto que vocês adorariam ter tido aulas assim na juventude. Acho que teria poupado muitos problemas.
Miguel: — É, ele tem razão.
Marcelo: — Eu sou das antigas, e concordo com ele.
Adriana: — Tem todo meu apoio. Os dois.
Daisy: — Quem me dera ter tido um professor pra me dizer que vaginas são normais, e não um fardo feminino que nem ao menos me pertence.
Marcelo: — Ótimo. Então, continuando. Gleice e Judas. Digam seus pontos.
Aaah, isso durou muito tempo. Ficamos quase o dia todo ali. Normalmente não dura tanto tempo, mas com a presença do representante dos chefões do estado, as coisas precisavam ser bem detalhadas. Eu odiei, mas pude pelo menos expressar minha visão sobre as coisas aqui. Guardei aquilo por muito tempo. Foi uma ótima oportunidade de calar a boca de alguns professores.
Sandra e eu saímos comemorando. Estávamos sentindo um alívio enorme ao botar aquelas coisas pra fora. E olha que eu nem treinei texto.
Marcelo: — Só pra puxar o saco de você... cês foram ótimos. Nos vemos semana que vem. — passou por nós e voltou para dentro do colégio. Sandra e eu passamos pelo gramado e ficamos conversando... até que alguém passou por nós de cabeça baixa. Eu reconheci na hora! É impossível não reconhecer, e agradeço por essa memória estar intacta.
Eu: — Léo??? — o garoto, que passava por nós entretido no celular, levantou a cabeça e olhou pra nós. Ao me ver, sorriu rapidamente.
Léo: — Filho da chefe! — fui até ele e o abracei. Sandra ficou meio confusa.
Eu: — Ah, Sandra, esse aqui é o Léo, um amigo e trabalha nas entregas para a loja da minha mãe. — ela o cumprimentou.
Léo: — Uau... você está muito diferente.
Nossa, bota diferente nisso. Ele amadureceu muito também. Era jovem, mas agora está com mais cara de homem. Tinha até barba, bem ralinha, mas é alguma coisa. Seus olhos castanho-mel estavam bem mais claros à luz do sol, e ele estava... tão bonitinho quanto sempre.
Sandra: — Vou meter o pé e deixar os pombinhos conversarem. Tchau, tchau.
Após ela ir, acompanhei Léo até o portão do colégio. Ele tinha me dito que fazia curso aqui durante à tarde, e acabou de sair. Eu estudo aqui há meses, e só hoje nos encontramos. Ainda bem, não sabia que queria tanto conversar com ele até estar conversando com ele. Ele ainda era o menino desastrado, e qualquer elogio fazia ele se desconcentrar nos passos e quase cair. Antes de atravessar a rua, tive que segurar a blusa dele pra que ele não fosse atropelado.
Eu: — Como está você? Já se curou depois daquele incidente?
Léo: — Já, tô bonzão. Pronto pra outro tiro.
Eu: — Credo, Léo. Pare com isso. — ele riu.
Léo: — Você cuidou tão bem de mim... talvez se eu levar outro...
Eu: — Não me lembro de você ser tão direto. Me lembro de você tímido e fofo.
Léo: — Ainda sou fofo. — sorriu de olhos fechados. Um sorrisão exagerado, e muito fofo. Muito mesmo. Me distraí com ele e nem percebi o perigo. Ele deu de cara com uma placa de metal, batendo em cheio o nariz nela. Ri alto, mas... tadinho. Ele não se dá muito bem com a sorte. — Au... mais uma cicatriz. A coleção tá crescendo. — massageou o nariz. Eu ri, mas fiquei com pena.
Léo: — Meu ônibus. — apontou para o ônibus que vinha no fim da rua. — Foi bom te encontrar. Ah, e feliz aniversário bem atrasado! — de repente me deu um abraço bem apertado. — Quando a gente se ver de novo, vamos ter mais tempo. Já voltei a trabalhar pra sua mãe. Nos vemos lá... terça às duas da tarde. Marcado?
Eu: — Nossa. Óbvio. — ele riu e correu pra pegar o ônibus. — Porra de garoto gostoso. Pelos deuses...
Ah, como eu odeio ser astriano.
Ao chegar em casa, vi Cássio sentado no sofá com uma cara nada boa. Minha mãe veio da cozinha em passos firmes, e parecia puta. Ela cruzou os braços na frente dele. Darla e Lupo estavam no canto do sofá cabisbaixos, aparentemente de castigo.
Eu: — Ah... o que houve aqui?
Cássio: — Eu encontrei... — disse baixo depois de um pouco de silêncio. Sua voz estava bem rouca.
Eu: — Encontrou o que, Cass? — calmamente me sentei no sofá ao lado dele e toquei suas costas.
Cass: — O filho da puta que matou meu amigo.
Sílvia: — Cássio! Olha a boca! — ele suspirou. Parecia querer chorar, mas suas lágrimas estavam presas. O puxei um pouco, e sem resistência nenhuma ele se deitou no meu colo.
Eu: — Mãe, calma.
Sílvia: — Calma nada! Você não sabe o que esse garoto aprontou! Você tem noção do que você fez, Cássio?! Você tem noção do quão perigoso isso é?!
Opa, opa, espera que eu acabei de chegar. Que confusão é essa?
Eu: — Quer me contar, bebezão? — acariciei seu rosto, mas ele permaneceu em silêncio. Minha mãe cruzou os braços e parecia bem nervosa. Estava exalando muito calor. Nem sei como ela não entrou em combustão espontânea ainda.
Demorou, mas ele falou depois de alguns minutos. Eu não quero escutar da minha mãe, eu quero escutar dele.
Cássio: — Lembra das duas crianças mortas por um possível animal contaminado com raiva? — assenti. — Meus amigos e eu descobrimos que não era um animal qualquer. Yumi disse que se trata de um Inugami. É como chamam na cultura dela.
Eu: — Não conheço... é um sobrenatural? — ele assentiu.
Cássio: — Um cão demoníaco perverso, cheio de ódio e vontade de matar. Ele é controlado pela pessoa que o criou, e aquilo não foi acidental. O João e a Milena foram vítimas de um feiticeiro novato maníaco... — respirou fundo, e havia raiva em sua voz. — O desgraçado é um moleque que aprendeu a usar magia. Matou Milena porque ela disse que ele é feio e que não gostava dele... e matou o João porque ele estava no lugar errado, na hora errada.
Eu: — Como você soube disso?
Cássio: — Yumi e eu confrontamos ele. Ele me disse. Quando percebeu que sabíamos demais, ele nos ameaçou e mandou o Inugami nos matar, mas Lupo e Darla nos protegeram com aqueles lances de Failinis ficarem maiores e jogarem lasers pela cauda.
Eu: — Que bom que vocês não se machucaram. O que aconteceu com o menino? — passei a mão por seu cabelo bagunçado.
Cássio: — A mãe da Yumi aprisionou a magia dele com uma maldição. Mas, Luka, esse não é o ponto. Vocês não entenderam o ponto. Sabem como nasce um Inugami? — minha mãe e eu nos entreolhamos, e Cass se sentou direito, saindo do meu colo. — Um cão precisa ser enterrado vivo, com a cabeça pra fora da terra... e comida ao redor dele, só que ele não pode alcançar... é deixado pra morrer de fome enquanto o maníaco fica falando palavras de feitiçaria. — Lupo fez um som agudo, parecido com um choro baixo. Levantou a cabeça e se arrastou para perto das pernas do Cass. — Depois que o cão morre, a cabeça dele é cortada e enterrada num lugar barulhento pra que o espírito não tenha descanso, e depois de um tempo é costurada de volta no corpo, que renasce como esse demônio. O Inugami só obedece quem o criou, e... mano, o desgraçado só tem doze anos!
Sílvia: — Por Abooh... você não deveria ter se metido nisso, Cássio, pelos deuses!
Eu: — Como você descobriu isso, Cass?
Cássio: — Yumi e eu investigamos com nosso amigos, e descobrimos. O sobrenatural deixa rastros também, mas só a gente pode enxergar. Conseguimos derrotar o... o mestre do demônio. Quando Lupo e Darla mantiveram ele ocupado, Yumi fez uma reza... ela acalmou o espírito do cão até que a mãe dela chegasse. Depois que Akemi rezou, o demônio voltou a ser um filhotinho morto de cachorro, com a cabeça costurada. Enterramos ele, e Akemi amaldiçoou o menino. Ele é um psicopata! Eu devia ter matado ele! Eu devia...
Eu: — Não, não. Você fez o certo, Cass. Vocês chamaram Akemi, e ela selou a magia do menino. Tá tudo bem, você não precisa sentir toda essa raiva. — ele suspirou e passou as mãos pelo rosto. — Isso vai fazer mal pra você.
Cássio: — Luka... ele matou meu amigo a sangue frio. Se tem uma coisa que eu desejo, é que este filho da puta morra. — olhou em meus olhos. Eu conheço meu irmão... conheço muito, e aquele olhar frio me deixou desconfortável. Era um olhar que eu não esperava ver num garoto como ele. Dava pra ver o tanto de raiva que ele estava mantendo naquele momento. E... não tem o que fazer, porque vendo aquela escuridão nos olhos dele, eu senti que não importa o que eu diga, não vai fazê-lo se sentir melhor.
Sílvia: — Você arriscou sua vida, meu filho.
Cássio: — A minha vida não importa.
Eu: — Cássio, é claro que importa!
Sílvia: — E agora mais humanos sabem sobre o sobrenatural... isso é perigoso. Se você temia a morte de um amigo, agora vai ter que aturar a morte de todos os outros.
Eu: — Você contou pros seus amigos sobre nós??? — ele negou com a cabeça.
Cássio: — Não, eu não contei nada. Eles só viram o demônio, e Akemi conjurando a maldição. Eles acham que Yumi e eu nascemos com dons, herdados de clãs antigos e essas coisas. Eles não sabem quem eu sou realmente, e nem sobre Cetos. Eu prefiro que seja assim. E sobre os perigos... eu vou protegê-los.
Eu: — Não, Cass. Precisamos pedir que o Marcus ou o Thay apague a memória deles.
Cássio: — Não! — se levantou. — Nós fazemos um bom time! Eu juro! Nós somos os “Caóticos”! Isso funciona! — riu meio nervoso e olhou pra nossa mãe. — Mãe... por favor. Eles vão manter em segredo, eu confio neles, e Yumi também. Me deixe ter amigos... por favor...
Eu fiquei calado. Por mim está tudo bem, apesar de serem apenas crianças e... ser extremamente perigoso. Mas acho que Cássio dá conta. Ele é muito esperto e responsável, apesar de às vezes parecer que não.
Sílvia: — Mas... Cássio, e se... Quando você se desenvolver, atrairá muitas coisas. Vai ser perigoso pra eles.
Cássio: — Eu me afasto. Quando eu sentir que estou evoluindo, eu me afasto deles. Eu tô tentando criar uma historia, um legado. Eu não quero me arrepender das coisas que não fiz. — olhou pra mim. Suspirei.
Eu: — Mãe... dá uma chance pra ele. Talvez... — respirei fundo de novo. — Talvez seja um time bom. Além disso, Lupo e Darla podem ser os mascotes dos Caóticos. Vão proteger o Cass, eu tenho certeza. — ela parou um pouco e parecia impaciente. Batia o pé incessantemente.
Sílvia: — Eu definitivamente não estou confortável com isso.
Cássio: — Eu... eu aviso de tudo o que formos fazer. Eu aviso onde estaremos, o que estamos estudando, o que estamos fazendo... me dá uma chance de deixar minha marca, mãe. Eu posso resolver casos sobrenaturais pequenos, eu dou minha palavra. Isso vai aliviar a barra pra vocês não precisarem se preocupar com tudo.
Eu: — Mãe...
Sílvia: — Tá! Tá bom! Lupo, Darla, vocês não vão deixar esses garotos em paz, okay? — os dois latiram como resposta. — Se Cássio ou algum dos amiguinhos dele aprontarem, vocês virão me avisar. — latiram de novo. — Se mentirem pra mim, ou esconderem algo, vocês dois ficarão sem provar salmão pelos próximos cinquenta anos! — deitaram no chão e cobriram a cabeça, grunhindo e choramingando. — Eu tô falando sério.
Eu: — Ravick, cola no Cass e nos amigos dele de vez em quando. Eu sei que você quer proteger o futuro herdeiro, mas eu não preciso de proteção agora. Contra os Jinni você não pode fazer nada. E isso é uma ordem.
Silêncio. Ele não se revelou, mas sei que escutou.
Cássio: — Vocês não perceberam uma coisa nisso tudo, e que deixou a Sra. Akemi assustada. — pôs a ponta do polegar na boca e parecia pensativo. — Um moleque humano conseguiu dominar magia necromante de uma cultura completamente diferente da dele, e isso significa que a magia humana não está tão extinta quanto pensávamos.
Sílvia: — O quê?! Mas isso é impossível! Se fosse assim, Joaquim ainda conseguiria usar magia. O garoto deve ter nascido feiticeiro, ou... — Cass riu e balançou a cabeça negativamente.
Cássio: — Não, não. Quando o confrontamos, ele nos contou como fez. Ele disse que a magia está sendo liberta neste mundo, como deveria ser. Alguém contrabandeou magia pro moleque psicopata. E, olha... se houve um, é bem provável que haja vários. A gente precisa ficar atento a todos. — Minha mãe e eu nos entreolhamos. Se Cass estiver certo, e a magia da Terra estiver retornando, a coisa aqui vai ficar muito, mas muito feia. Vai rolar uma guerra entre sobrenaturais e humanos. Ou entre humanos e humanos. O planeta entraria em colapso de novo.
E, mano... não acredito que o Cássio resolveu um caso sobrenatural sozinho só para proteger seus amigos. Isso foi muito bom! Eu sabia que ele tinha potencial, mas não sabia que era tanto! Acho que o Cássio vai ser um bom cetoriano. E eu tenho certeza de que ele vai proteger seus amigos. Eu acredito nele, e eu sei que ele vai deixar sua marca. Confio nele. Confio demais. Olha só o que esse garoto descobriu!
Eu: — Só me garanta que vai ser esperto o suficiente para que ninguém te toque.
Cássio: — Eu sou imbatível, inalcançável, intangível! Eu sou Caótico! — ergueu o punho no ar e riu. Lupo e Darla latiram e correram para trás dele, caminhando em saltinhos para as laterais. Logo fizeram uma pose junto com Cass... Lupo em posição de ataque, com a parte frontal do corpo abaixada e a traseira levantada, como se estivesse se preparando para saltar em algum inimigo, mostrando os dentes. Darla sentada com a patinha da frente levantada, com a cara bem mais simpática que a de Lupo. Minha mãe e eu rimos alto ao ver aquilo.
Eu: — Por Abooh, vocês já até ensaiaram poses.
Cássio: — Gostou? — saiu da pose, e os Failinis ficaram sentados de forma fofa. — Precisa ver com o time todo. Eu sou foda.
Depois de ter resolvido o assunto do Cass e vê-lo sorrindo de novo e me deixando aliviado, fui pro meu quarto me trocar, afinal... tenho compromisso. Diogo veio me avisar que Beatriz quer conversar comigo lá na casa reconstruída dela. Me arrumei e fui. Iria a pé, correndo, mas Marcus achou melhor eu não ir sozinho, então Thay me levou no carro antigo do pai. Conversamos bastante no carro, e... percebi que o Thay anda diferente. No semáforo, uns caras bem gostosos passaram na nossa frente e eu esperei que ele fizesse alguns comentários safados, mas ele só continuou conversando sobre como é estudar em Cetos. Eu estranhei. Estranhei muito. Por que ele anda tão calado sobre sexo? Normalmente ele vive excitado. Até perguntei como vai a relação dele com Fernando, o vampiro, mas ele disse que a relação era casual, e transaram apenas algumas dezenas de vezes. Não se veem faz semanas. Será que Thay finalmente sossegou? Será que ele se apaixonou pelo Fernando? Não... não é possível. Ri ao pensar nisso. Não é o Fernando, mas deve ser alguém especial... aliás, alguém muito especial, pra ter virado a cabeça do cara mais galinha que conheço assim.
Ao chegarmos, ele entrou comigo e conversamos com Beatriz. Ela me falou sobre o trabalho que eles tinham, e já me pediu para que mandasse minha mãe assinar algumas coisas. Deixei os papéis tudo nas mãos do Thay. Ela perguntou se eu realmente quero, e eu disse que sim, afinal o Guilherme vai ficar ainda mais puto se eu continuar. Ganhei mais alguns papéis e um curso exclusivo. Seria online, e ela passaria meus contatos para os sócios dela, para que me auxiliassem em casa, através de videochamada. Aceitei tudinho, e logo Gui desceu as escadas. Fiz questão de deixar bem claro que aceito tudo, e já marcamos um ensaio fotográfico ali na casa dela assim que o cursinho terminar.
Guilherme: — Cê vai mesmo fazer isso? — se aproximou com as mãos nos bolsos.
Eu: — Vou. Se eu puder posar seminu, melhor ainda. — Thay riu e olhou pra ele.
Guilherme: — Não faça isso, cara. É ridículo. Thay, fale pra ele não fazer.
Thay: — Luka, não faça.
Eu: — Não.
Thay: — Luka disse que não. — Olhou pro Gui, e Beatriz riu.
Eu: — Talvez eu possa posar seminu com o Thay.
Thay: — Luka, faça. Não escute o Guilherme.
Beatriz: — Eu vou viajar de novo, e vou passar na sua casa pra pegar os papéis, e só volto em duas semanas. Assim que as coisas estiverem prontas, te mandarei o link das aulas.
Eu: — Mas não tenho computador.
Beatriz: — Dá pra fazer pelo celular. Mas talvez possamos te enviar um exemplar da empresa.
Eu: — Uuuh, que chique. Beleza. — ri.
Thay: — Posso posar pelado?
Do nada.
Beatriz: — Pode, mas não na minha revista. — rimos.
Eu: — Faz um Twitter.
Thay: — Hum... — olhou pra baixo e tocou o queixo, pensando.
Eu: — Ai, meu Deus, Thay! Eu estou brincando, não é pra você pensar na possibilidade!
Ao voltar pra casa, entreguei os papéis para minha mãe e ela rapidamente assinou. No dia seguinte Beatriz apareceu rapidamente, pegou os papéis e foi embora.
A semana até que passou rápido, com nada sobrenatural acontecendo, a não ser na câmara, onde o povo fica treinando. No momento não estou treinando nenhuma habilidade, apenas lendo bastante e desenvolvendo a parte intelectual. Estou me envolvendo muito com a medicina, e estou amando aprender certas coisas. Joaquim entrou comigo na onda medicinal e está apaixonado pela área. Desde que viu a necrópsia feita em Anco, ele vem querendo aprender e participar de outras. Mickael até emprestou alguns livros para nós, com até anotações sobre Diractre com mutações físicas. Mas nada me interessou mais do que a geografia de Cetos. Eu tive os melhores professores, e Shank e Siruk, especialistas em mapear áreas, me contaram várias coisas sobre Cetos e me ensinaram os termos. Eles me ajudaram até mesmo ler em Kroatto, e eu estou amando aprender! Até que não é tão difícil. As áreas geográficas e históricas são as mais divertidas. Eu escutei coisas incríveis sobre Cetos, e pedi para cada um dos que viveram lá para me contarem coisas. Marcus, Carlim, Thay, Ravick, Shank, Surik, Luigi, e até mesmo intervi numa das raras aparições de Martuzzo. Assim que Aldey e Hantay voltaram da viajem junto com Daniel, eu fiz perguntas pra eles também. Eu estou quase um especialista nos assuntos cetorianos.
Ah, e a volta do Daniel ao colégio foi melhor que eu esperava. Ele estava mais maduro do que eu me lembro, mais alto e sua estrutura corporal estava mais robusta. Ao me ver, parecia mais sociável também. Acabou se tornando amigo próximo dos irmãos cetorianos, que o treinaram bastante nessas férias. Ele disse que Aldey e Hantay não o deram descanso, afinal eles foram atacados algumas vezes pelos ratos e pombos do sobrenatural... os vampiros. Muitos são legais, e ele disse ter feito amizade com alguns, mas a maioria dos vampiros são insuportáveis, e parecem uma infestação de pragas. Tem em todo lugar e toda hora querem te morder. Ah, e Gabriella agora sabe sobre ele. Ela descobriu quando eles foram atacados por uma horda de vampiros. Ela surtou de medo no início, mas depois surtou porque queria usar Daniel, Aldey e Hantay como arma pra transformar a sociedade em servos que obedecem a eles. Achei cômico e útil. Mas Felipe ainda não sabe, e eles preferem que ele não saiba tão cedo. Por Dani e ele já terem namorado, Dani sabe que o garoto vai surtar de um modo muito ruim. Ainda tive que aguentar ele xingando o Marcus e fazendo piada o tempo todo sobre Marcus ter alterado o resultado de suas provas, tê-lo feito ser reprovado no semestre e necessitar de falsos professores de reforço. Achei engraçado, pois eu não sabia disso. Mas ele disse que o pai dele ligou para Marcus e o contratou como professor particular de matemática, forçando Daniel a fazer aulas online uma vez por semana nas férias, e ainda passar horas com Aldey e Hantay todos os dias da semana. Mais uma coisa que eu não sabia. Pelo menos Marcus o ensinou bastante coisas além de matemática. Daniel agora parece bem mais seguro de si e mais esperto na questão sobrenatural.
Mas enfim, os dias passaram de boas. Um dia em específico chegou e... fui para a loja com minha mãe. A joalheria andava muito movimentada nos últimos meses, e as encomendas cresciam cada vez mais. A loja estava crescendo, e se expandiu também. Estava com mais espaço, nova decoração, e muito chique. As coisas não são tão caras, e muitos produtos são bem acessíveis, então o movimento cresceu ainda mais. Eu descobri que os mineradores que minha mãe contratou estão minerando uma caverna que ela mesma forjou, incendiou por dentro, derreteu e comprimiu minérios, e depois de alguns anos se tornou um amontoado de cristais “naturais”. Eu não entendi muito bem, e ela nem quis se dar o trabalho de explicar melhor. Só disse que é por isso que a cada três anos ela viaja e fica algumas semanas fora. Cria uma mina e leva os mineradores lá, onde ela coordena tudo. Mas nem todas as minas ela que cria. Muitas ela compra o acesso, e envia o povo pra pegar as pedras. Ela odeia depender de exportação internacional, e não confia no trabalho oferecido. Ela disse que há muito trabalho forçado, onde há crianças sendo maltratadas, trabalhadores sendo forçados a minerar por um salário medíocre... ela odeia isso, então ela viaja para outros países, contrata pessoas de lá, e ela mesma acompanha a manutenção de acampamentos para mineradores. Tudo com a supervisão do governo local e do governo do nosso país. Não estão escravizando ninguém. Conhecendo minha mãe, eu sei que ela fala a verdade.
Na loja, ela não parava de falar que estava precisando de funcionários. O tempo inteirinho ela reclamava com isso. Amanda, Lucy e eu estávamos perdendo a paciência já. Amanda, a gerente, veio rapidamente falar comigo pra aceitar todos os currículos que deixassem ali, pelo amor de Deus. Eu ri, e realmente aceitei os currículos. Não foram muitos, e pelo menos uns seis naquele dia. Mas a seleção seria na próxima semana, então mais viriam. E não era apenas na joalheria, mas precisavam de funcionários na loja de roupas dela também, afinal ela não está ficando muito lá, e a gerente não vai conseguir dar conta de tudo com apenas 2 funcionários por muito tempo. Afinal a loja também irá expandir.
Eu: — Boa tarde, Senhor. Posso ajudá-lo?
Thay: — Uau... — ri ao vê-lo entrando e olhando tudo. — Isso é muito bonito. Quero tudo, posso levar?
Eu: — É óbvio que não. Veio ajudar?
Thay: — Deisan Lunna pediu pro meu pai me chamar. Quer minha beleza divina para ajudar a vender. Acho que vou ser o garoto propaganda. — ri e olhei para Amanda.
Amanda: — Eu apoio. Pode começar seduzindo os clientes e falando bem dos produtos. O pagamento vai ser uma visita ao meu quarto no fim de semana. Vai, bora! — bateu palmas, fazendo Thay rir e pular para trás do balcão.
Eu: — É o pagamento perfeito pra ele.
Amanda: — Acha que eu não sei? Tô há semanas querendo pegar esse moleque. — ri.
Eu: — Fala direto com ele. Ele aceita na hora.
Logo Lucy veio avisar que o carregamento chegou, e vi dois dos entregadores entrando com uniforme. Léo e Edgar. Ao ver Léo, já me admirei com aquele sorriso tão fofo. Eles vieram falar conosco para que minha mãe assinasse os papéis da entrega. Ela assinou e Léo foi buscar as caixas, e eu fui ajudar. O caminhão estava estacionado na parte de trás da loja. Acompanhei os dois, e Léo subiu no caminhão, e de lá foi passando as caixas para Edgar e pra mim. Nós dois levamos algumas das caixas para dentro, e depois de algum tempo Ed parou para descansar, sentado no chão. Eu ri bastante quando ele reclamou por eu não estar ofegante depois do trabalho.
Eu: — Sou jovem.
Edgar: — Isso, joga na cara. — ri. — Olha, eu só sou... — começou a contar nos dedos. — doze anos mais velho que tu. Isso não é nada. — ri. Ele ficou sentado e relaxou. Eu não queria ter percebido, mas foi impossível. O cheiro dele inundou o estoque. Inundou mesmo! O cheiro... do suor... do corpo, da testosterona, de tudo. Não era ruim, e aquilo reagiu com os meus hormônios. Ultimamente eu não tô podendo ficar preso com um homem num cômodo fechado. Qualquer coisa é motivo pra me deixar excitado, e Ed é... é um puta homem... maduro, mas muito gostoso, se parar para olhá-lo bem. Tem cabelo cortado baixo, barba rasa, braços bem grandes e... as mãos enormes de um trabalhador braçal.
Eu: — Que droga... — resmunguei e cocei o nariz, sentindo meu interior começar a ferver. O cheiro dele era maravilhoso. É muito mais intenso que o odor exalado pelos garotos da minha idade.
Ele abriu alguns botões de sua blusa e jogou a cabeça para trás, deixando parte de seu peito com pelos escuros aparecer. Respirei fundo, e a intensidade ficou ainda mais potente. Ele gemeu baixo... eu engoli em seco.
Mãe, pelo amor de Deus... não me deixe sozinho com esse homem por muito tempo. Venha logo assinar a contagem...
Ed afastou as pernas e sua calça clara ficou agarrada em sua pele, deixando relevos onde eu nem ao menos deveria estar olhando. Mordi os lábios olhando para seu peito, para suas pernas torneadas, e para alguns outros lugares. Ele parece bem bruto e... intenso. Meu regher começou a pulsar, e minha imaginação foi longe. Parece que não são apenas os garotos da minha idade que me deixam assim... que pena eu ser tão novo...
Logo Léo entrou também, trazendo a última caixa. Ao ver o amigo sentado, ele riu. Colocou a caixa ali e sentou-se também.
Ah, pronto... agora são dois homens. Eu vou começar a passar mal. Senti minhas mãos suando e fiquei inquieto.
Léo: — Deixa de ser preguiçoso.
Edgar: — Porra, o ar-condicionado mó bom. Não levanto daqui até a patroa aparecer. — Léo se levantou e veio até mim, escorado em algumas caixas.
Eu: — Deveria vir mais aqui.
Léo: — Eu venho toda semana. Você que não está aqui.
Eu: — Quer que eu esteja?
Léo: — C-claro. Ser recebido bem é o que importa. — Sorri e olhei pra ele.
Eu: — Eu deveria te chamar pra sair, mas sei que trabalha muito, e quando não está trabalhando, está estudando.
Léo: — Faltar um dia de aula não vai me matar.
Eu: — Eu não confio na tua sorte. — Ed e ele riram.
Léo: — É... nem eu. Mas... eu tô livre final de semana. É, eu acho que... eu vou sair com alguns amigos... se você quiser...
Edgar: — É assim que você flerta com alguém, colega? Tá frouxo, hein.
Léo: — Cale a boca, Ed.
Edgar: — Seja direto, parceiro. O moleque não tem o dia todo pra lidar com sua timidez. — apontei pra ele e olhei pro Léo, assentindo.
Léo: — Me deixe em paz, Ed! Deixa eu...
Edgar: — Lukão, eu tenho um amigo meio palerma que tá louquinho pra te levar pra um rolê daora. Ele não quer compromisso, quer conhecer alguém, e tá gamadão em ti. Aceita se eu desenrolar um tempo pra vocês?
Eu: — Aceito. Seu amigo parece bem atraente. — Ed riu e Léo corou.
Edgar: — Se eu quisesse roubar tua paquera, eu já tinha feito, bobão. — Se ele quisesse roubar minha atenção, teria conseguido. — Toma vergonha e desenrola direito.
Léo abriu a boca pra falar algo, mas ficou calado. Amanda abriu a porta que leva para a loja e acenou pro Ed.
Amanda: — A patroa tá chamando. Luka, ela quer que você arrume a ordem das caixas para mais tarde. — Ed se levantou rápido e a acompanhou, mas antes de sair, olhou para nós e riu.
Edgar: — Olha eu desenrolando o momento. — ri e Léo ergueu o dedo do meio pro amigo. — Aproveite seu horário de almoço pra comer bem.
Ele fechou a porta em seguida.
Léo: — Não liga pra ele. É chato, insuportável.
Eu: — Ele está certo. — Me pus à frente dele. — Você precisa ser mais direto, se quer que suas paqueras entendam seus interesses.
Léo: — Não dá, eu sou travado com isso.
Eu: — Tu ainda é virgem, né? — ele corou e abaixou a cabeça. — Eu também tinha muito medo quando eu era. Nem sabia como começar uma conversa com alguém que eu gostava. Eu tinha um amigo quando era mais novo, que nunca soube que eu gostava dele. Só soube quando foi embora, porque eu fiquei com medo de nunca ter dito nada e me arrepender no futuro. Depois veio meu ex-namorado, que eu tive bastante receio por muito tempo, mesmo as coisas terem acontecido muito rápido entre nós. Nunca transamos, porque algo sempre interrompia, e... às vezes eu agradecia por ter me livrado disso. Só perdi o medo com meu segundo namorado, agora ex também. Mas só porque nós dois éramos inexperientes, e somos iguais em alguns aspectos. Só tive confiança suficiente com ele.
Léo: — Eu nunca tive confiança. Você viu, né... com a sorte que eu tenho, é uma dádiva alguém querer ser pelo menos meu amigo.
Eu: — Você é um cara maravilhoso, e dá pra perceber isso. Eu acho fofo quando você trava pra falar e se atrapalha todinho, esbarrando em tudo e caindo do nada. — ele sorriu e assentiu. — Esse é você, e você não precisa apelar em nada pra ser notado. As pessoas precisam gostar de você como você é, e assim desenvolver o interesse. Já tentou... sei lá, pelo menos brincar com alguém?
Léo: — É... já, né. Na adolescência rolava algumas coisas no colégio, mas porque meus colegas me obrigavam. Quase fiz com uma colega de turma, mas sem querer dei uma cabeçada no queixo dela. — ri alto, mas tentei me conter. Foi trágico, mas engraçado.
Eu: — Você se interessa mais por garotas? — ele coçou a testa e franziu as sobrancelhas.
Léo: — Cara, eu estive tão desesperado nos últimos anos, que não me importa mais o gênero de quem eu vou pegar. Antes eu me excitava com garotas, mas depois de uns anos, os caras também me deixam doido. — sorri. Que bom saber disso. Muito bom. Me pus à frente dele e o empurrei contra as caixas. Ele só arregalou os olhos e estendeu os braços.
Eu: — Treine comigo. Vou te ensinar a seduzir as pessoas. Eu sou bom nisso. — dei de ombros.
Léo: — O-o quê?! Não! Cara... — olhou para as duas portas — Eu vou ser demitido se...
Eu: — Que nada. Vai... — soltei todo o ar dos meus pulmões contra seu rosto. Na hora ele parou de se mover e tudo ficou em silêncio. Mordi meus lábios e olhei em seus olhos. Toquei seu peito e acariciei-o por cima da blusa. — Me mostre um pouquinho suas habilidades, gato. — deixei minha voz mais soprosa, mais melodiosa. As bochechas dele ficaram rosadas de novo, e me mostraram que já estava funcionando. — Não precisa temer a mim. Eu só estou libertando o demônio dentro desse corpo tão... — olhei para seu peito. — firme e saboroso...
Léo: — U-uau... cê é bom nisso mesmo... — encolheu os ombros, assumindo a pose defensiva.
Eu: — Não, não fique na defensiva. — toquei seus ombros. — Se solte. Se liberte. Confie em si mesmo. Você tem voz, você tem presença. Se jogue, se quiser impressionar. Tenha a sua personalidade.
Léo: — Co-como?
Eu: — Imponha seus pensamentos, mas seja sensato e estratégico com o que vai falar. As pessoas comumente gostam de homens que não usam a boca pra falar besteiras.
Léo: — Ahn... é... a Terra não é plana...
Eu: — Isso. Mas tenha postura. Solte esses ombros, estufe o peito, e erga essa cabeça. Empine o nariz, seja “metido”, mas não de forma a desrespeitar os outros. — empurrei seus ombros para trás, e levantei seu queixo, o forçando a olhar pra mim pelo canto inferior dos olhos. Automaticamente sua cara sorridente se desfez e ficou bem mais sério, bem mais sensual e posturado.
Léo: — Ah... a Terra... não é plana? — Ri. Mas foi bem melhor.
Eu: — Agora encha essa voz com a certeza que você tem sobre o assunto. Não tenha dúvidas do que vai falar. Seja espontâneo. — me afastei.
Léo: — A-a Terra não é plana...
Eu: — Mais firme! Você é o patrão, Léo! — bati em seu peito, e ele assentiu. Cerrou os punhos e sorriu de canto. — Você é o chefe, tenha a sensualidade que você quer ver numa pessoa. Atue. Seja o maior ator, o que você quer ver arrasar na TV.
Léo permaneceu na postura, só trocou o peso dos pés e... sorrindo de canto, me olhou com os olhos cor-de-mel semiabertos e mordeu o lábio inferior. Apontou o dedo na minha cara com aquele olhar sensual e pôs a mão esquerda na cintura.
Léo: — Meu amigo... a Terra não é plana, beleza?
Uou... A mudança drástica na expressão foi explícita. Seu tom de voz ficou mais grave e mais descontraído... ele conseguiu me fazer suar, e não era de cansaço...
Eu: — Isso! De novo!
Léo: — Não fume. As pessoas ao redor agradecem.
Eu: — Gostoso pra cacete... de novo! — riu, e mudou a postura, mas ainda com a carinha sexy. Seus olhos são lindos! Me lembram muito os olhos do Miguel, do Anderson e do Daniel.
Léo: — Sabe quanto tempo um canudo leva pra se decompor na natureza? Muitos... muitos anos, meu camarada. — ri e... uau, esse garoto é um tesão. Me arrepiei todinho quando ele falou “muito” com um bom drama na voz.
Na hora travei, e ele também. Não consegui pensar direito no que estava acontecendo com meu corpo. Ele estava ali na minha frente, com um olhar mais penetrante, um sorriso sexy, e... parecia um novo homem. Não consegui me segurar. Quando me dei conta, já estava pulando nos braços dele, aceitando aquela boca rosada molhando meus lábios... ele bateu as costas no amontoado de caixas e elas balançaram. O puxei para mais perto, e ele me abraçou com os braços firmes. Me manteve bem preso contra seu corpo. Minha excitação estava num nível colossal, e mesmo que eu quisesse resistir aos meus desejos carnais, àquela altura eu não podia mais.
Puxei a blusa dele, arrebentando todos os botões de uma vez, e ele a tirou, jogando no chão. Senti suas mãos passando por baixo da minha camiseta, e seus dedos apertaram meus mamilos. Eu não sabia que eu era capaz de gemer só com um cara apertando meus mamilos, mas aconteceu. Ele tirou minha camisa e a jogou para um lado qualquer. O empurrei contra as caixas, e elas caíram. Ele caiu junto, e foi parar no chão. Fiquei de pé olhando pra ele apenas de calça, deitado incrédulo no chão.
Léo: — Droga... — praguejou. Fez uma careta fofa ao olhar pra mim, e parecia ter desistido, mas... eu não. Fui até ele e sentei-me em seu colo. Ele passou as mãos ao meu redor e voltamos a nos beijar de uma forma extremamente excitante. Comecei a desabotoar minha bermuda e ele arregalou os olhos. — O-o que... aqui???
Eu: — Vai recusar? — ele sorriu.
Léo: — Claro que não. — tirei meu cinto. Ele me girou e me fez ficar por baixo. Agarrei em seu dorso e fiquei grudado a ele, o beijando sem parar, até sentir meus lábios ardendo. Enquanto nos beijávamos, desabotoei sua calça e abri seu zíper. Ele se afastou um pouco só para tirá-la, e esse foi o momento em que apontei minhas mãos para as portas e as tranquei com minha telecinese. Léo abaixou a calça, ficando apenas com uma samba-canção vermelha com bolinhas brancas, e... estava muito excitado, com seu pau empurrando o tecido para frente, como uma tenda fechada. Fiquei deitado no chão, e tirei minha bermuda também. Quando ele se aproximou, vi que havia uma manchinha molhada em sua samba-canção, bem na ponta da glande. Ele se deitou sobre mim e deixou que eu pegasse em seu pau. Passei o dedo indicador pela manchinha molhada e ele gemeu.
Eu: — Que delícia... — mordeu minha boca, e chupou minha língua por alguns segundos. Fiz o mesmo com ele, e logo levei meus dedos úmidos com a baba do pau dele até minha boca.
Léo: — Cara, eu nunca estive com tanto tesão na vida... — ri.
Eu: — Me mostre o nível desse tesão.
Léo: — Ah, vai ser hoje... caaaara, é hoje que eu boto o brinquedo pra funcionar, meu irmão! — jogou a mão pro alto, comemorando, e me fez rir. Agarrei seu pescoço e o trouxe até mim, para beijá-lo ainda mais. Se eu tinha dúvidas sobre aquela boca, agora eu não tenho mais.
Léo passou os braços por baixo de mim, e me ergueu um pouco. Me agarrei ao dorso dele e ele se levantou comigo no colo. Me deitou numa das caixas nos fundos da sala, e se curvou para me beijar... mordeu minha boca, meu queixo, meu pescoço, meu peito... meus mamilos. Assim que senti seus lábios e sua língua quente em meus mamilos, gemi como uma piranha. Minha energia naquele momento estava tão exaltada, que qualquer coisa me faria gemer. Cada vez mais nos enfiamos mais profundamente naquele modo-prazer, e calamos a boca. Após ele morder e lamber meu peito, me entregou o beijo mais saboroso que já senti. Sua forma de beijar era diferente da do Guilherme e do Thomas. Léo é mais calmo e mais intenso. Não que o Gui e o Thomas sejam ruins, mas Guilherme tem outro ritmo, que também me deixa louco. Mas Léo... ah, cara. Ele está comprovando a teoria de que os quietinhos são os mais safados.
Senti suas mãos agarrarem as laterais da minha cueca, e logo ele a puxou, me deixando pelado finalmente. Estou contando que o movimento e a barulheira lá fora estejam distraindo a audição dos outros.
Nem precisei pedir pra que ele me fodesse. Botou minhas pernas por cima de seus ombros, e se afastou só pra olhar onde estava metendo. Ao ver a situação, riu e mordeu os lábios, me olhando discretamente. Sorri de volta e... senti o toque quente de seu pau. Ele não me penetrou de primeira, apenas espalhou a baba pela entrada do nosso prazer e começou a simular umas metidas, sarrando a cabeça e o tronco contra minhas nádegas. Queria elogiar, mas da minha boca só saíam gemidos. A provocação me causava prazer também, e eu não sei como. Talvez seja a Torre reagindo e se comunicando com meu Regher, como Marcus disse que aconteceria. Léo não demorou muito com a brincadeira. Posicionou a rola na entrada do meu cu e espalhou mais um pouco o líquido viscoso quente, lubrificando um pouco mais. Mas ele nem precisou lubrificar tanto. Eu senti a fervura em meu interior, e assim que me levantei, me movendo, senti que a minha lubrificação natural entrou em vigor. Me deitei de bruços numa caixa e abri as pernas. Ele passou dois dedos no meu cu e espalhou a lubrificação misturada, dele e minha, e em seguida levou à boca. Ele posicionou a rola na entradinha e meteu. Eu percebi que ele queria ir devagar, pra não me machucar, mas meu Regher estava dilatando. Ele pode achar que está penetrando meu cu, mas não está. O acesso ao ânus foi fechado, e o regherzinho é que está dilatado, pronto para receber o prazer. Olhei pra trás e o vi se masturbando. Pude notar o poder da pica entre suas mãos. Era longa, e grossa à medida que se excitava ainda mais. A cabeça estava inchada e vermelha, babando e preparada para a ação. Era uma puta de uma cabeça. Olhando para a cara dele, não notei que tinha uma pica tão... saborosa. Abri mais as pernas e escutei-o rir. Senti seus dedos no meu cuzinho, e ele me penetrou com eles com facilidade. Esfregou os dedos nas paredes dentro de mim, e me fez gemer agudo. Assim que me escutou gemendo com seus dedos, gemeu também, e... finalmente meteu. Seu pau passou facilmente, dilatando a entrada frágil e sensível, e... foi ficando difícil à medida que invadia meu Regher. Mas ele insistiu. Me fez gemer bastante, e... as bombadas vieram rapidamente. Ele nem esperou que eu me adaptasse à grossura, e eu senti um pouco de desconforto à medida que as paredes se esticavam. Ele bombou com uma velocidade mediana, e não usou força. Me fez gemer bastante, e manteve o ritmo constante. Segurou minha cintura, e levantou meu tronco. Virei o rosto pra trás e aceitei seus beijos molhados, me deixando ainda mais excitado. Conforme ia metendo, mais duro ele ficava e mais a excitação dominava sua mente. Sua força contra mim aumentou, até que senti a pressão de suas mãos fortes em minha cintura. Léo meteu tudo, esticando as paredes do meu Regher e me fez gemer e agarrar a caixa de papelão com força, a amassando. A sensação foi... maravilhosa! É a mesma sensação incrível que o Guilherme me causou algumas vezes, só que contínua! Eu sentia cada toque, cada metida, o caminho que a pica fazia, e até mesmo senti quando o pau dele chegou perto de atingir o limite que Marcus me contou. Estava deslizando com muita facilidade, e eu sentia isso. Nós dois devemos estar lubrificando muito, e isso deixou ainda mais gostoso. Eu pude ouvir o barulho da penetração, e também o som da virilha dele se chocando contra minhas nádegas. Ele passou a mão por meu pescoço e o torneou com os dedos calmos... puxou meu pescoço e virou minha cabeça para beijá-lo, enquanto eu era forçado a gemer e revirar os olhos nas órbitas. Abri mais as pernas e ele entendeu o recado. Segurou meu pescoço com a mão esquerda, e minha cintura com a mão direita... meteu em mim com mais força, me fez gemer tanto, que minha voz começou a perder o som. Os gemidos dele eram fortes e graves, e me deixou duro também. Enquanto era estimulado pelo regher, eu estimulei também meu pau. Pelo prazer insano que eu sentia, não demorou muito para sentir que iria gozar.
Me afastei dele e segurei sua mão. O fiz deitar no chão, e me sentei em seu colo. Sorri e mordi os lábios, e ele sorriu todo feliz. Sentei em sua pica e revirei os olhos ao senti-la deslizar, não foi pro Regher, dessa vez deslizou pro cu mesmo, mas foi delicioso. Sentei pra cacete, rebolei e fiz ele gemer da forma que eu queria ouvir. Mas eu quero mais. Muito mais. Segurei a base de seu pau e reposicionei. Procurei a entrada do Regher, e ao encontrar, sentei com toda força. Dei um gritinho e parei um pouquinho com as pernas tremendo. O prazer imenso foi espontâneo. As sensações são completamente diferentes de um prazer causado pelo meu pau. É muito mais intenso que isso! As próximas sentadas foram todas fortes, e minhas pernas ficavam bambas toda vez que a porrada no Regher acontecia.
Léo: — V-vou gozar... cara... vou gozar...
Não parei de sentar. Rebolei enquanto apertava seu peitoral firme. Ele não tinha abdômen definido. Sua barriga era lisa, sem gominho algum, e logo abaixo do umbigo eu pude ver os pelos loiro-escuro descendo até a rola enfiada em mim. Ficou ainda mais gostoso. Sentei... sentei mais... e mesmo avisando, ele não gozou. Revirou os olhos e gemeu na mesma intensidade que eu. Estávamos conectados intimamente, e ele deve estar sentindo o mesmo choque maravilhoso de prazer que eu. Me curvei e o beijei. Ao sentir minha boca, ele rapidamente agarrou meu rosto e... o beijo mais selvagem que eu já dei num cara. Parecia que iríamos engolir um ao outro, e foi muito gostoso sentir essa sensação naquela boca. Suas mãos desceram até minhas nádegas, e ele as apertou com firmeza, e deu uns dois tapas. Começou a usar as mãos para controlar minhas quicadas, empurrando-me contra sua pica e me forçando a ficar sentado, sem quicar mais. Moveu a cintura, e senti sua rola deslizando dentro de mim, massageando meu regher e me enchendo de prazer. Ao me afastar um pouco, ele levantou rápido comigo em seu colo e ficou sentado. Continuou com as mãos agarradas no meu rabo, e me fez sentar com força. Gemi como uma piranha mesmo, e estava muito bom. Eu precisava muito disso! Muito mesmo! Tenho resistido por semanas, muitas semanas insuportáveis! Eu tinha medo de chegar um momento em que eu iria acabar dando pra alguém que não devia.
Enquanto estava envolvido nas sensações maravilhosas, senti o prazer absurdo me queimar por dentro. Meu abdômen começou a pulsar, a latejar de acordo com as metidas gostosas do Léo. Ele olhou pra mim com os olhos arregalados e riu. Jogou a cabeça pra trás e me deixou assumir o controle. O abracei e rebolei em seu colo, gemendo de acordo com as pulsações que eu sentia em mim, e ele me acompanhou. Logo uma onda de prazer sinistra me obrigou a me curvar sobre ele e houveram espasmos em meu abdômen. Gozei em seu peito, mas não explodi em jatos de esperma. Meu pau apenas escorreu esperma calmamente... afinal não era nele que eu estava focando meu prazer. Senti aquela onda fervente dentro de mim se mover, e... eu tenho certeza de que gozei pelo regher. Aquilo se acomodou dentro de mim, e senti cobrir o pau do Léo. Ele revirou os olhos e... logo a inundação dentro de mim aumentou. nossa ejaculação escorreu por meu cu, pelo pau dele, e ele urrou controladamente. Agarrou minha nádega esquerda e empurrou minha cintura contra sua virilha, metendo mais fundo. Gozou tudo o que tinha, bem dentro de mim. Fiquei abraçado a ele, e logo ele se jogou pra trás rindo, deitando no chão. Parei de gemer e ri também. Rebolei mais um pouquinho, e ele fez uma careta pela sensibilidade da pica após o orgasmo.
Eu: — Uau... — estávamos ofegantes. Pretendia me levantar, mas minhas pernas estavam fracas. Dei dois tapinhas em seu peito e suspirei.
Léo: — Isso foi... a melhor coisa que eu já fiz em vinte anos de vida.
Eu: — Deveria ter feito isso antes. É muito bom.
Léo: — Pô! Ainda bem que eu não fiz antes. O melhor momento foi hoje! — ri e consegui me levantar. O pau encharcado por porra, e escorrendo, tombou meia-bomba contra sua barriga. Ele olhou pra baixo e mordeu os lábios. Peguei minha camiseta e limpei a bagunça que fizemos.
Léo: — Não, não use suas roupas... podemos usar... sei lá, minha blusa.
Eu: — Não, seu uniforme não. Não se preocupe, eu posso ficar sem blusa. Você não. — ele olhou pra baixo e assentiu. Limpei sua barriga... sua virilha... seu pau, e suas bolas pesadas. Ver de perto o quão gostoso esse cara é, é ainda mais excitante. Eu estava começando a ficar com vontade de fazer tuuudo de novo. Esse moleque é uma delícia! Além disso, ele é muito fofo com a expressão normal. Me lembra tanto o Anderson e o Miguel, e passa a mesma vibe que eles. É fofo, quietinho, mas é um baita safado. Me pergunto se Miguel, sendo extremamente fofo e calmo, também é tão... tão como o Anderson e o Léo são. Afinal, Ander é um amor quando acabamos de conhecê-lo, e normalmente ele também é bem fofo e distraído. Mas quando pega intimidade, o bicho pega fogo.
Léo: — É melhor eu voltar pro caminhão... — concordei. Ele vestiu novamente suas roupas, mas... sua blusa ficou aberta.
Eu: — Foi mal pela blusa. — Me afastei e o vi de corpo inteiro. Era uma delícia com a blusa aberta, mostrando o dorso. — Mas você está uma delícia assim. — ele riu.
Léo: — Tá tudo bem. Eu tenho outra em casa. — se aproximou. Usou a postura que eu ensinei, e mordeu os lábios. — Olha, foi incrível, e eu adorei. Obrigado por... cê sabe. Espero poder repetir isso.
Eu: — Apoio essa ideia. — segurei as laterais de sua blusa e o beijei. Suas mãos agarraram minha bunda outra vez, e ri ao notar que ele estava duro de novo. Me vesti e destranquei as portas. O levei até a parte de trás e deixei com que ele fosse embora. Parecia feliz, foi dando pulinhos e não esbarrou em nada. Chegou no caminhão e encontrou Ed escorado descansando. Os dois se cumprimentaram e riram, e Ed deu tapinhas na cabeça de Léo. Ri e entrei na loja. Vi a bagunça que Léo e eu fizemos e... tinha uma pequena poça com gotas de esperma no chão. Peguei minha blusa e limpei. Procurei mais vestígios do que rolou, e não encontrei nada. Em seguida fui para um cantinho, e incinerei minha blusa com um calor extremo, que não deixou nem fumaça pra trás. A blusa simplesmente se transformou em cinzas. Fui num armário no canto da sala, e peguei alguns produtos de limpeza, onde passei no chão e o limpei também. Usei a velocidade astriana para organizar as caixas rapidamente. Então voltei para a área comercial da loja.
Sílvia: — Por que está sem camisa??? — as funcionárias olharam pra mim e riram. — Vai vestir uma roupa, garoto!
Eu: — Não tenho. Queimei a minha. — sorri e ela franziu as sobrancelhas.
Sílvia: — Você não... aaah, eu não acredito! Luka, na minha loja?! — ri e acenei pra ela.
Eu: — Estou indo pra casa.
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ABOOH : Amores Sobre-Humanos
Romance[+18] O que você faria se descobrisse que não pertence ao lugar onde morou por toda sua vida? E se soubesse que o futuro de sua verdadeira casa está sendo ameaçado junto com toda sua família e você precisa fazer algo para salvar um de seus lares? Q...