CAPÍTULO 60: Ui, Tá Quente Aqui...

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[Narrado por Luka]



O clima ali estava muito bom, mas aquilo que é bom sempre dura pouco, não é verdade?

Estávamos brincando na rua, até que esbarramos em algumas pessoas...

Guilherme: — Ah não...

Um grupinho de pessoas estava parado no meio do caminho e sem querer Guilherme e eu esbarramos neles. Olhei bem para as pessoas que compunham aquele grupo e revirei os olhos.

Tainá: — Olha por onde anda, viado!

Eu: — Foi mal, Tainá. Estava distraído.

Guilherme: — Foi mal, pessoal. Não foi por querer.

Tainá: — Tudo bem... O que fazem andando pela rua a essa hora?

Guilherme: — Nada de importante. E vocês? O que um monte de pirralhos faz fora de casa a essa hora?

Carlos: — Pirralho é você, seu filho da... – o Gui só levantou a mão e ele se calou.

Guilherme: — Se xingar a minha mãe, eu faço o seu crânio virar do avesso.

Luciano: — O que estamos fazendo não te interessa, marrentão! – ele entrou na frente do Gui e ficaram se encarando com cara feia. Revirei os olhos e entrei na frente dos dois.

Eu: — Sem briga, meninos. Por favor. Acabamos de nos esbarrar e não quero confusão.

Luciano: — Então segura seu macho otário aí antes que eu...

Opa... Opa, opa, opa!!!

Ninguém xinga o Guilherme! Só eu e os amigos dele podemos xingá-lo!

Antes mesmo de o Luciano terminar aquela frase, segurei na gola da blusa dele e o puxei contra mim... Aquela energia estranha dominou meu corpo mais uma vez e não era eu a estar no controle, mas sim minha nova evolução.

Eu: — Você parece tão macho quando o Joaquim não está presente. Isso fica sexy! Pena que quando o Joca aparece, você coloca o rabinho entre as pernas e parece um poodle na coleira. Você é tão frouxo, Luciano, que esse seu lado macho fica ridículo.

Cada vez mais eu aproximava meu rosto do dele... Eu não tinha nenhuma intenção além de socá-lo, mas palavras machucam muito mais do que ferimentos físicos... Como aquilo era bom... Estar no controle de alguém... Ah...

Luciano: — Me solta seu... Seu... Seu...

Eu: — Seu...? Pode falar. Eu sou todo ouvidos pra você. Diz o que esses miolos microscópicos guardam. Diz pra mim o quanto você é um idiota.

Nossos lábios estavam a uns três centímetros de distância e eu podia sentir o cheiro de alguma bebida alcoólica saindo junto com a respiração dele. Luciano fechou os olhos e deu um pequeno impulso com a cabeça para me beijar, mas eu virei o rosto e desviei.

Eu: — Você é um idiota, não é? Diz pra mim que você é um garoto estúpido que adora servir de capacho pros outros.

Luciano: — Eu... Eu sou um... Um garoto estúpido e adoro servir de capacho pros outros... – sorri e com a minha mão esquerda acariciei sua bochecha direita.

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