CAPÍTULO 15: Atração Intensa - Parte I

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[ Narrado por Luka ]:

Bati na porta do Diretor e lá de dentro ele pediu que entrasse.

Eu: — Bom dia, Diretor.

Tommy: — Bom dia, Diretor.

Alberro: — Bom dia. O que desejam?

Eu: — É sobre o Guilherme...

Alberto: — O que ele aprontou dessa vez? – ele soltou a caneta preta que estava segurando.

Eu: — Ah… Acho que nada.

Alberto: — Então sobre o quê quer falar?

Eu: — Eu queria que o senhor liberasse ele da suspensão.

Alberto: — Impossível.

Eu: — Por favor, Diretor...

Alberto: — Desculpe, mas não posso fazer isso.

Eu: — Por quê?

Alberto: — Porque não seria justo eu liberá-lo depois do que ele fez.

Eu: — Eu já o perdoei e prometo que não vou deixá-lo fazer nenhuma besteira!

Alberto: — Não.

Eu: — Eu tomo conta dele. Se ele fizer alguma besteira outra vez, o Senhor pode dar dez suspensões ao mesmo tempo!

Alberto: — Tem certeza que vai prometer isso? Ele é difícil de controlar.

Eu: — Prometo! Ele não vai mais machucar ninguém. – ele coçou a careca.

Alberto: — Então tudo bem, mas só porque foi você quem pediu. Tomara que consiga segurá-lo... Caso não, um mês de suspensão com risco de ser expulso.

Eu: — Obrigado… – suspirei. — Obrigado, Diretor!

Alberto: — Espero ele amanhã às sete horas e ponto aqui, na minha sala. E não se preocupe, só quero conversar.

Eu: — Combinado. Amanhã ele vem!

Diretor: — Agora é melhor vocês voltarem para a aula.

Tommy: — Eu preferia que ele ficasse na suspensão.

Eu: — Fique quieto!

Saímos e fomos para nossa sala de aula. Tommy me agarrou na frente da porta e me deu um beijo de tirar o fôlego, e claro, eu adorei! Depois ele bateu na porta e perguntou para o professor Miguel se podíamos entrar. Tommy pegou minha mão e, quando passamos pela porta de mãos dadas, todos os alunos fizeram aquele "Huuuuuuum", o que me fez morrer de vergonha. Sentei ao lado da Nath e Tommy se sentou à minha frente. Alguns alunos ficaram fazendo piadinhas… Na verdade, somente o Joaquim, que estava ao fundo da sala, fazia piadinhas, e ninguém achava graça.

O professor saiu e, antes que a professora Adriana chegasse, Tommy me arrastou para perto das janelas da sala.

Tommy: — Posso ir na sua casa hoje passar o dia com você?

Eu: — Claro. Se você não for, eu vou te buscar na sua casa!

Tommy: — Não estou mais morando na casa dos meus pais.

Eu: — Não???

Tommy: — Ah... Tenho que te contar uma coisa… – ele respirou fundo. — Sábado houve um jantar em família, e nesse jantar eu me assumi para todo mundo. Meu pai não gostou e me expulsou de casa. Agora moro com minha tia. – Ele falou tudo com um enorme sorriso. Como ele não se abala com isso?!

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