CAPÍTULO 65: Feitiços Em Massa - Parte I

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[Narrado por Luka]



Nath: — Não toque essa coisa... Isso é trabalho dos forte... Caralho!!! Senti a cachaça que nem bebi descer por minha goela!

Logo quando ela disse isso, meu corpo inteiro se arrepiou... Olhei pra trás e o Gui estava me olhando. Assim que nossos olhos se encontraram, ele partiu o lápis ao meio... Pude ver uma raiva crescer em seus olhos ao me ver. Uma raiva nada normal. A cor do flash que passou por seus olhos era vermelho e a cor energética dele não é vermelha... É verde!

Há algo muito errado nisso tudo e eu já descobri o que é... Acho que o Guilherme está enfeitiçado... E eu também...

Sinto cheiro de treta chegando no horizonte...

Eu: — Nath, olha nos olhos do Guilherme. – ela se virou rapidamente e fixou o olhar nos olhos dele. Logo ela retomou sua posição e pigarreou.

Nath: — Hum... Vermelho? Mas a aura energética dele não é verde?

Eu: — Exatamente. – nos encaramos e ela franziu as sobrancelhas... Não entendi, até perceber meu reflexo na íris azul de seus olhos. — Eu também vi...

Uma onda escura atravessou a coloração azulada das minhas íris...

Nath: — Preto... Uma onda escura passou por suas íris. Sinto que tem algum significado para essas cores. – ela levantou a mão e olhou pra frente.

Não tinha entendido o motivo de ela ter levantado a mão, mas logo ficou claro...

Nath: — Professor?

Miguel: — Sim?

Nath: — Ah... Como você é o professor mais inteligente que conheço, no mundo das cores, o que significa o preto?

Miguel: — Bom, o preto, de acordo com o que a maioria diz, significa guerra. Também doença, ou destruição, mas algumas culturas dão o preto como sendo a cor da solidão, ou seja, a cor sozinha, separada de todos... A cor da separação e da perda.

Nath: — E vermelho?

Miguel: — A cor da raiva, mas também do amor. O ódio e o amor andam juntos, mas o vermelho é mais para o amor do que pra raiva. Rosa seria amor verdadeiro e puro, vermelho é mais um amor odioso... Entende?

Nath: — Ah... Então suas bochechas rosadas revelam que o senhor tá com o coração laçado, né, prof? – os alunos riram e eu os acompanhei.

Belo plano. Pro professor não questionar o porquê daquelas perguntas sobre cores, a Nath fez uma brincadeira para mudar sua atenção.

Escutei passos rápidos e apressados subindo as escadas. Alguém estava vindo, mas eu não pude decifrar quem era. Sentia que era familiar, mas... Ah, logo deu pra saber quem era... A porta se abriu e ele pôs apenas a cabeça e metade do dorso pra dentro.

Thomas: — Com licença, professor. Posso entrar ou estou muito atrasado?

Miguel: — Pode entrar, Thomas. Fique à vontade.

Thomas: — Foi mal, professor. Estava falando com o Diretor. – ele sorriu e Thomas se dirigiu para seu lugar de sempre... Bom, que agora era atrás do Guilherme.

Sandra: — Ih, mais um pra batalha.

Thomas: — O quê??? – alguns alunos riram e eu cometi o erro de olhar para trás. Ele acenou pra mim e mandou um beijo no ar. Apenas ignorei. — Se for sobre a briga no corredor, eu peguei o finalzinho.

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