Malu 💣
Sair da fila com o lanche na mão e fui até a mesa onde tava a Duda, Mathias, Kaio, Vini, Flávia e o tal garoto novo. Assim que cheguei todos os olhares vieram parar em mim, sentei do lado do Mathias, ficando de frente pro garoto novo.
- Mas você veio pra ficar, né?- A Duda perguntou ao novato e ele concordou com a cabeça olhando pra ela. - Gosta de sair? - A Eduarda perguntou novamente a ele que novamente só balançou a cabeça mastigando algo.
- Ih dudinha, esse aqui era o maior festeiro antes de viajar. - O Vini tocou no ombro dele, que apenas dava risada. - Incluse, precisamos marcar alguma coisa pra sua chegada.
- É só marcar que eu tô colando. - O Dante respondeu e pela primeira vez ouvir a voz dele.
- Se liga. - Sentir o Mathias catucar minha coxa.- A Duda tentando chamar atenção do cara. - Ele apontou discretamente para a Eduarda me fazendo olhar, dei risada ao encontrar a Eduarda literalmente babando e sorrindo atoa.
- Tá feião já. - Olhei novamente pro Mathias rindo e ele concordou. - A tal da emocionada é foda, véi.
- Eu lembro de você nessa época. - Encarei ele séria, enquanto o palhaço ria.
- Ah, vai se foder. - Dei um tapa no ombro dele que não parou de rir. - O engraçado é que você fala como se fosse super desapegado. - cruzei os braços encarando ele.
- Não sou super desapegado, mas não chego a esse ponto.- Ele apontou novamente pra Eduarda e acabamos rindo juntos.
Neguei com a cabeça voltando minha atenção pra mesa, sentir algo me encarando e assim que levantei o olhar pra procurar quem era, acabei cruzando o olhar rápido com o tal novato, mas ele não sustentou e voltou prestar atenção na Eduarda que perguntava mais alguma coisa a ele.
O intervalo foi aquilo rápido de sempre, voltei pra sala e passei a aula quase toda fingindo escutar a Eduarda falar do garoto, já estava perdendo a paciência com tanta falação de macho. As horas se passaram até rápidas, depois da faculdade o Vini me deixou na clínica veterinária antes de ir pro trampo dele.
Entrei na clínica, falei com a Rose que é recepcionista e com alguns clientes na recepção, seguir meu caminho até chegar na sala do Kauê, um colega de trabalho.
- Bom dia, gatinha. - Ouvir a voz dele assim que entrei na sala.
- Bom dia, lindo. - Fui até ele e dei um abraço de lado, voltando até minha mesa e colocando minha bolsa em cima. - Chegou faz tempo?
- Não, faz nem cinco minutos. - Ele respondeu enquanto mexia em algo no celular. - Viu a quantidade de paciente pra hoje? - Ele perguntou bloqueando o celular e me olhando.
- Bastante amiguinhos para serem atendidos. - Falei dando um sorrisinho alegre.
- Te olhando falar assim, nem parece que você é totalmente diferente daquela porta pra fora. - Fiz um mais ou menos com a mão.
- Aqui é algo que me faz bem, quando tô trabalhando eu não penso nos meus problemas, consigo ser a Malu transparente e super fofa com meus dogs. - Falei sincera e ele concordou se sentando e pegando as fichas que estavam sua mesa.
- Dessa vez eu concordo com você, trabalhar com eles é uma experiência e tanto. - Ele apontou pra porta.
- Diria que uma das melhores experiências. - Concordamos juntos.
Alguém bateu na porta e logo em seguida abrindo a mesma, a Rose colocou a cabeça no pequeno espaço da porta e da parede e nos olhou.
- Já posso começar a chamar? Tem gente reclamando na recepção. - Revirei os olhos sem ninguém vê e o Kauê balançou a cabeça dizendo que sim.
A Rose sorriu em confirmação e saiu fechando a porta, olhei pro Kauê e ele bufou ainda encarando alguns papéis.
- É, o trabalho nos chama. - Sorrimos juntos e eu sentei na minha mesa, já vendo quais casos seria pra hoje.
Comecei a trabalhar aqui quando já tinha 1 ano de faculdade, e foi uma das melhores coisas que fiz, trabalhar aqui me deu a certeza que escolhi a profissão certa.
E é como o Kauê falou, assim que entro dentro dessa clínica, a Malu birrenta, teimosa, fria, desapegada e marreta fica lá fora, pois, aqui consigo mostrar quem realmente é a Malu veterinária, a Malu apaixonada pela sua profissão, é muito louco tudo isso.
Começamos os atendimentos e como sou apenas uma estagiária, fico só uma auxiliar do Kauê, mas já é alguma coisa pra mim que depende 100% de mim.
- Nossa, o ballu não tem essa confiança que tem com você, em outros lugares. - A dona de um cachorro falou pra mim, enquanto eu fazia carícias no cachorro.
- É por que o ballu é meu paciente fiel, né? - Falei com voz fofa fazendo carícias Golden retriver.
- Pode ter certeza que sim. - A mulher falou sorrindo. - Bom, agora precisamos ir, ainda tenho que deixar ele no pet shop. - Levantei do chão olhando pra mulher.
- Olha, vai ficar gatão, as namoradinhas vão cair em cima. - Falei olhando pra ele que sentou prestando atenção.
Me despedir da dona Solange e fechei a porta assim que ela saiu, fui até a minha mesa e sentei pegando minha marmita e caindo em cima, tava passada de fome. Enquanto comia, via os burburinhos no grupo da faculdade e já tinha gente querendo marcar rolê novamente pra hoje, e claro que eu iria.
Chegou notificação e vi ser meu pai, abrir a mensagem dela toda felizinhaa. Confesso que sou muito babona do meu pai, por que ele é o único que fica do meu lado e me apoia em tudo, além do Vinícius.
📨
Papis: Boa tarde filha, desculpa não responder antes, estava ocupado com alguns clientes.
Papis: Mas sim, acredito que eu vá visitar vocês esse final de semana.
Eu: Boa tarde, papis. Já estou ansiosa pra te ver.
Eu: É só colar lá em casa que estamos te esperando.
Papis: Colar Maria Luísa? Você sabe que não entendo dessas gírias.
Eu: Ah pai, é só vim.
Papis: Então tá marcado.
Eu: Tudo certo, meu coroa.
Papis: Coroa não, olha o respeito kkkk. Tenho que ir filha, o trabalho me chama. Amo vocês.
Papis: Belê papis, até mais. Te amamos também.📨
O fim da tarde trabalhei até mais animada, já estava morrendo de saudades do meu pai, como ele trabalha com econômica, ele nunca tem tempo pra nada, e o tempo que ele tem, ele dedica aos filhos, por isso que sou babona desse velhinho
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Sobre nós
FanfictionMaria Luísa D'vilaa de vinte dois anos, estudante de medicina veterinária, já no seu último ano de faculdade, sonha em abrir uma ONG de animais de rua. Mas para isso ela tem que batalhar bastante, já que não gosta de depender de seus pais, afinal, e...