Capítulo 14

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Malu 💣

Sair da faculdade e a Bárbara me deixou no trabalho, hoje foi bem puxadinho e cada dia só crescia a quantidade de animais, de certa forma é ótimo, mas no fim do expediente estou morta de andar nessa clínica pra cima e pra baixo. A porta se abriu e o Kauê colocou a cabeça na brecha da porta, olhei pra ele e ele me encarou apoiando o corpo no batente da porta.

- Olha como ela anda focada no trabalho. - Ele me gastou. Isso já era rotina pra ele.

- Engraçadão hein. - Ele riu. - Atendemos todos?

- Sim senhora, todos os nosso pacientes já foram atendidos. - Levei as mãos ao céus e o Kauê riu.

- Finalmente. - Falei rindo.

- Isso por que ama Medicina veterinária. - Ele fez voz afetada tentando me imitar.

- Desde quando você ficou chato nesse nível? - Perguntei incrédula.

- Chato não, observador. - Ele levantou o dedo indicador se explicando.

- Observador... Mi mi mi. - Revirei os olhos falando igual ele e ele riu dando dedo. - Nossa, horário voou hoje.

- Sim, mais um dia concluído. - Ele chegou mais perto, batendo na minha mão. - Vai agora? - Concordei. - Quer carona?

- Aceito super, vou só pegar minhas coisas,  rapidinho. - Falei levantando animada, juntei minhas coisas, peguei alguns papéis e colocando dentro da minha bolsa e indo diretamente pra recepção, encontrando ele conversando com a Natália, outra médica.

- Boa noite. - Desejei a Natália, que abriu apenas um sorriso.

- Podemos rir? - O Kauê perguntou. Afirmei. - Vou lá. Boa noite Nat.

- Boa doutor. - Ela acenou, o Kauê saiu na frente e eu seguir ele até o carro. O caminho de volta foi bem tranquilo e só zoação, eu e o Kauê juntos era resenha na certa.

- Você jura que não é notável teu interesse na Natália? - Ele riu passando macha.

- Não é notável, por que não tenho interesse nela. - Encarei seu rosto, deixando o silêncio se estalar no carro, mas ele não aguentou e começou dar risada.

- Quer mentira pra mentirosa, foda. - Ele gargalhou e eu olhei pra janela.

- Tá vai, acho ela maneira. - Olhei pra ele rápido.

- Que mais? - Perguntei cruzando as pernas.

- Ela é gata pra caralho e super gente boa. - Abrir um sorrisinho de quem "sabia".

- Agora diz que eu não te conheço direito. - Falei e ele virou o rosto pra janela. - A mãe é ligada, fi.

- E convencida também. - Dei um tapa no braço dele e ele riu tentando segurar minha mão.
Como a clínica não ficava tão longe da minha rua, chegamos rapidinho.- Entregue.

- Obrigada gatinho. - Beijei a bochecha dele e ele deu um tapa na minha testa quando me afastei. - Tá vendo, tento ser carinhosa com você e olha teu carinho comigo. - Apontei pra minha testa.

- E vai chorar? - ele me gastou e eu dei um tapa no ombro dele. - Calma Fiona.

- Fiona teu cú, arrombado. - Ele riu dando dedo e eu desci do carro, e bati a porta um pouco forte.

- Quebra logo. - Ele soltou piada.

- Olha, não fala isso por que você sabe que eu faço. - Falei da janela do carro e ele tentou novamente me dar um tapa na testa, mas me afastei rápido.

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