Capítulo 27

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Malu 💣

Depois que o otário foi embora, demorei uns cinco minutos antes de voltar pra mesa, mas não demorou muito pra galera querer ir embora, decidimos resolver o bagulho do carnaval no grupo mesmo. Como eu e a Babi dividimos o Uber pra vim, na volta o Vini passou na casa dela e deixou a mesma, Aproveitando que ele não estava bêbado.

- Beijinho ami. - A Babi beijou minha bochecha antes de descer, e soltou beijo no ar pro Vini. - beijinho gato.

- E é assim que você se despede de mim? - Ele perguntou olhando pra ela, fazendo ela soltar uma risadinha.

- Sempre foi assim, tá reclamando do que agora? - Ela perguntou fechando a porta do carro e vindo pro meu lado na janela.

- Saudades de quando a gente a nossa despedida era com beijo. - meu irmão falou me fazendo negar com a cabeça.

- Patético. - murmurei olhando pra barbara que riu.

- Fecha o cú, Maria Luísa. - O Vinícius disse resmungando e a Babi gargalhou.

- Bom, tô indo nessa, beijo e amo vocês. - A Babi fez coração na nossa direção, e eu fiz o mesmo pra ela. Assim que ela se afastou dando as costas, o Vini arrastou o carro dali.

- Já se resolveram? - perguntei depois de alguns minutos.

- Tá falando do que? - Muito sonso.

- Não vem fazer o sonso, não cola comigo. - Ele riu.

- Mas eu não tenho nada pra resolver com ninguém não, maluzinha, a gente já viveu o que tinha que viver juntos, agora é só amizade como sempre foi. - Ele falou, mas parecia não está muito convencido disso.

- Nossa, falando assim nem parece que vocês passaram tempos juntos. - Comentei e ele murmurou concordando comigo.

- Mas aos poucos eu tive que aprender a conviver com ela sendo apenas uma amiga, até por que nos conhecemos a maior tempo. - Concordei. - Eu e a Babi somos complicados juntos, ela mesmo diz.

- Mas você sente algo por ela ainda? - Perguntei curiosa e ele demorou um pouco pra responder.

- Pra ser sincero, eu amo muito a bárbara, e até voltaria com ela, mas eu fui filha da puta com a nega e tenho que carregar essa culpa comigo. - ele disse sério, e eu até fiquei um pouco surpresa pelo simplesmente fato de nunca vê o Vini falar algo tão sério em relação a esse assunto. - Agora mudando de assunto, falou com o pai? - Ele perguntou já entrando no estacionamento do prédio.

- Esqueci de mandar mensagem, mas eu posso ligar pra ele. - Falei vendo ele puxar o freio de mão assim que estacionou.

Descemos do carro e o Vini travou o mesmo, pegamos o elevador e subimos. Assim que entrei em casa, fui diretamente pro meu quarto, troquei de roupa colocando apenas uma camisola molinha e peguei o celular ligando pro meu pai, depois de algumas chamadas escutei a voz dele.

☎️

Pai: Minha filha? Alô
Eu: Opa gatinho.
Pai: Aconteceu alguma coisa pra você tá me ligando essa hora?
Eu: Não, não. Apenas para confirmar o almoço de amanhã.
Pai: Ah sim, sim, eu vou sim.
Eu: Ótimo, estou morrendo de saudades do meu velho.
Pai: Que velho o que garota, me respeita.
Eu: Jura que é novinho, aí ai.
Pai: Eu sou novinho, um novinho gostoso pra porra.
Eu: Ih, que velho convencido.
Pai: Não é atoa que vocês são meus filhos.
Eu: Com certeza.
Pai: Meu amor, o papai precisa descansar agora, hoje foi corrido na empresa, mas amanhã irei chegar aí pra gente colocar os papos em dias. Boa noite e não esquece que eu te amo muito, lulu do pai.
Eu: Como sempre me chamando por esse apelido horrível de criança. Mas enfim, também te amo muito coroa, até amanhã.
Pai: Coroa é sacanagem.
Eu: Que nada kkkkkkkk.

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