Capítulo 37

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Dante 🔥

- Se liga. - Sentir o toque do Mathias no meu ombro.

- Manda. - Bloqueei o celular, olhando pra ele.

- Cada hora que passa, me apaixono mais por saquarema. - Ele falou e olhou rapidamente pra frente, me fazendo olhar também e entender o que ele estava querendo dizer.

- Tá putifero hoje, fi. - Gastei ele, que mandou dedo médio, ainda sem me olhar.

- Tu falando de putifero? - Acabei rindo de lado. - Já percebeu quantas vezes você sumiu só hoje? - Dei de ombros, bebendo o resto da minha cerveja, que já estava quente e amarga pra caralho.

- Tem que ser cabeça, filho. Se for pegar uma na frente da outra, o lance dar errado.
- Falei, olhando novamente pra frente e encarando uma loirinha que estava a poucos metros de distância da gente.

- Teu nome deveria ser gatilho, porra. Não para um minuto. - Ele gargalhou negando com a cabeça, me fazendo rir de lado.

- Te fuder. - Falei, desviando o olhar da loira.

Fiquei jogando papo fora com o Mathias e trocando olhar com a loira, o Mathias logo se ligou na amiga dela, e ficou fazendo o mesmo joguinho. Depois de alguns minutos nisso, chamei ele pra ir até às meninas e assim nós fizemos.

Chegamos junto delas, e ficamos batendo um papo maneiro, até marcar de sair um pouco da multidão pra conversar melhor.
Passei o braço pelo ombro da loira, e puxei pra mim, saindo dali.

- Mas então Martinha, não sabia que o nordeste era tão bonito assim. - Falei, descendo o olhar pra boca da Marta.

- Ih. - Ela sorriu de lado. - Puro golpe, né? - Ela perguntou.

- Golpe, eu? Só de olhar pro teu sorriso eu já cair no teu golpe, antes mesmo de tu me dar um oi. - Disse, descendo a mão de seu ombro, pra sua cintura.

- Sei, sei. - Ela disse ainda rindo.

- Agora vem cá. - Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, fazendo ela me olhar novamente. - Ser sincero pra tu. - Falei sério. - Esse carnaval aqui foi mega improvisado, e já conheci gente pra porra. - Ela apoiou suas mãos em meu peito. - Mas tava afim de marcar ele de um jeito diferente, inesquecível e novo, tá ligado? - Falei fingindo pensar por um instante.

- E como seria esse diferente? - Involuntariamente meu sorriso malicioso se abriu, ao ouvir sua pergunta.

- O diferente seria uma loira nordestina aí, boa de papo, e... - Um sorrisinho de canto se abriu novamente em seus lábios. - Gata pra caralho.

- Engraçado, tava pensando mesmo em conhecer um pouco melhor do Rio de janeiro, ou melhor...dos cariocas. - E ao ouvir ela falar isso, nem perdi tempo, selei nossos lábios.

A loira era gata pra caralho, boa de papo, nordestina e beijava bem pra uma porra. Fiquei alí trocando uns beijos com ela, e trocando uma idéia maneira também. Peguei o número dela, e depois fiquei esperando o Mathias, já que ele tinha saído com a morena, e pediu para esperar eles.

Sentei na calçada que tinha no canto da rua, e puxei a Marta pra ficar no meio das minhas pernas. Depois de alguns minutos, olhei pra frente e enxerguei apenas uma pessoa andando  em direção ao banheiro, e pelo jeito dela andar parecia ter pressa. Como o lugar estava um pouco escuro, não deu pra perceber de primeira quem era. A única coisa que chamava atenção, era a tatuagem na coxa... Maria Luísa.

- Tá ouvindo? - A Marta passou a mão na minha frente, me chamando atenção.

- Tô ligado nisso aí, pô. - Foi a única coisa que respondi, olhando rápido pra ela. - Mathias tá demorando, né? - Comentei.

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