Capítulo 35

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Barbara 😈

Sentir uma mão me puxando e me levando pra fora daquela multidão toda, percebi ser o Vinicios e já fiz careta, sabendo o que já era.

- Ih, qual foi? Vai me arrastar até em casa? - Perguntei, parando quando já estávamos bem distante da multidão.

- Só queria conversar, alí não dava. - Ele apontou pra galera atrás de mim.

- Tinha que ser agora? Não dava pra ser depois? - Perguntei cruzando os braços, e ele negou chegando mais perto, mas sem tocar em mim.

- Você sabe que eu não gosto de deixar nada pra depois, perde a graça. - Concordei. - Tá curtindo saquarema?

- Já tive em carnavais melhores, mas se é o que temos pra hoje, não vamos reclamar. - Respondi, fazendo ele rir.

- Você é uma graça, sabia?! - Concordei.

- Você sempre faz questão de me lembrar disso. - Falei, me sentando no banco de concreto que tinha a nossa esquerda, fazendo ele repetir a mesma ação que a minha. - Qual foi que você me arrastou até aqui?

- Queria passar um tempo contigo, desde ontem que não tive, e hoje muito menos. - Ele disse, apoiando a mão na minha coxa.

- Sério que você me arrastou do show pra isso? Ah não. - Bufei, e ele riu divertido.

- Sempre marrentinha e reclamona né? - Ele falou me encarando. - Tá mó gatona hoje.

- Você não é o primeiro que me diz isso. - Respondi na lata, fazendo ele fechar a cara pro meu lado.

- Ih, tá de graça? - Neguei. - Precisava falar assim, sabendo que eu gosto de você?

- Gosta? - Ele concordou. - Não parece nem um pouco, tu só faz merda e depois quer tá atrás de mim como cão arrependido. - Respirei fundo.

- Foi mal babi, não quero te machucar de novo e nem fazer nada do tipo... - Comecei a balançar a perna impaciente ouvindo ele falar. - Não consigo mais te esquecer pô, desde que fui na tua casa aquele dia lá, bagulho não sai da mente.

- E você acha que esse é o lugar certo pra se conversar sobre isso? - Ele negou. - Tá vendo, você só age por impulso e nem pensa se tem momento certo.

- Babi, o lance não é esse. - Ele respirou fundo, desviando o olhar. - Eu não sei mais como te mostrar que eu realmente te quero. - Ele levou a mão até a minha nuca, encaixando a mesma alí. - Porra, convivemos sempre juntos, toda hora eu esbarro contigo em qualquer lugar da porra desse mundo... E isso... Isso tá mexendo pra caralho comigo.

- Vinicios, mesmo papo cara, você não cansa? - Perguntei, sem desviar os olhos dos seus.

- Eu não tô com papo da boca pra fora, falou? - Falou ele, sério. - Tô te falando parada namoral, nem eu tô me entendendo agora.

- E você acha que alguém consegue te entender, se nem você consegue? - Gastei ele, que riu mostrando o dedo médio. - Ué, romantismo acabou? - Gastei mais uma vez e ele caiu na gargalhada.

- Tomar no cú, feia. - Fez careta de lado pra mim. - Tu jura que engoliu um palhaço, né?

- Esse é meu jeito, e tu se amarrou e não consegue mais esquecer... - Falei convencida e ele acabou rindo e concordando. - Tá fácil assim, dizer que me ama?

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