Barbara 😈
Sentir uma mão me puxando e me levando pra fora daquela multidão toda, percebi ser o Vinicios e já fiz careta, sabendo o que já era.
- Ih, qual foi? Vai me arrastar até em casa? - Perguntei, parando quando já estávamos bem distante da multidão.
- Só queria conversar, alí não dava. - Ele apontou pra galera atrás de mim.
- Tinha que ser agora? Não dava pra ser depois? - Perguntei cruzando os braços, e ele negou chegando mais perto, mas sem tocar em mim.
- Você sabe que eu não gosto de deixar nada pra depois, perde a graça. - Concordei. - Tá curtindo saquarema?
- Já tive em carnavais melhores, mas se é o que temos pra hoje, não vamos reclamar. - Respondi, fazendo ele rir.
- Você é uma graça, sabia?! - Concordei.
- Você sempre faz questão de me lembrar disso. - Falei, me sentando no banco de concreto que tinha a nossa esquerda, fazendo ele repetir a mesma ação que a minha. - Qual foi que você me arrastou até aqui?
- Queria passar um tempo contigo, desde ontem que não tive, e hoje muito menos. - Ele disse, apoiando a mão na minha coxa.
- Sério que você me arrastou do show pra isso? Ah não. - Bufei, e ele riu divertido.
- Sempre marrentinha e reclamona né? - Ele falou me encarando. - Tá mó gatona hoje.
- Você não é o primeiro que me diz isso. - Respondi na lata, fazendo ele fechar a cara pro meu lado.
- Ih, tá de graça? - Neguei. - Precisava falar assim, sabendo que eu gosto de você?
- Gosta? - Ele concordou. - Não parece nem um pouco, tu só faz merda e depois quer tá atrás de mim como cão arrependido. - Respirei fundo.
- Foi mal babi, não quero te machucar de novo e nem fazer nada do tipo... - Comecei a balançar a perna impaciente ouvindo ele falar. - Não consigo mais te esquecer pô, desde que fui na tua casa aquele dia lá, bagulho não sai da mente.
- E você acha que esse é o lugar certo pra se conversar sobre isso? - Ele negou. - Tá vendo, você só age por impulso e nem pensa se tem momento certo.
- Babi, o lance não é esse. - Ele respirou fundo, desviando o olhar. - Eu não sei mais como te mostrar que eu realmente te quero. - Ele levou a mão até a minha nuca, encaixando a mesma alí. - Porra, convivemos sempre juntos, toda hora eu esbarro contigo em qualquer lugar da porra desse mundo... E isso... Isso tá mexendo pra caralho comigo.
- Vinicios, mesmo papo cara, você não cansa? - Perguntei, sem desviar os olhos dos seus.
- Eu não tô com papo da boca pra fora, falou? - Falou ele, sério. - Tô te falando parada namoral, nem eu tô me entendendo agora.
- E você acha que alguém consegue te entender, se nem você consegue? - Gastei ele, que riu mostrando o dedo médio. - Ué, romantismo acabou? - Gastei mais uma vez e ele caiu na gargalhada.
- Tomar no cú, feia. - Fez careta de lado pra mim. - Tu jura que engoliu um palhaço, né?
- Esse é meu jeito, e tu se amarrou e não consegue mais esquecer... - Falei convencida e ele acabou rindo e concordando. - Tá fácil assim, dizer que me ama?
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Sobre nós
FanfictionMaria Luísa D'vilaa de vinte dois anos, estudante de medicina veterinária, já no seu último ano de faculdade, sonha em abrir uma ONG de animais de rua. Mas para isso ela tem que batalhar bastante, já que não gosta de depender de seus pais, afinal, e...