Malu
- Sério que tu tá pensando em meter o pé? - Ouvir a voz do Dante, e tirei os olhos do celular, encarando ele.
- Não tô com o psicológico legal pra ficar. - Respondi breve.
- Fica pô. - Ele pediu e eu acabei ficando sem entender, franzi a testa sem desviar o olhar dele. - Qual foi?
- Tu me pedindo pra ficar? A gente nem tem esse nível todo de amizade. Estranho. - Comentei, e ele acabou rindo sem emitir som.
- Se liga. - Ele se aproximou e apoiou a mão na minha coxa. - Se tu for embora, Barbara vai querer ir junto, Laís não vai querer ficar sem vocês aqui. Vinicios vai pilhar em te deixar sozinha no Rio, depois de hoje. - Enquanto ele ia falando, ele ia fingindo desenhar na minha coxa. - No final, o rolê vai acabar antes do previsto. - Ele me olhou.
- É, eu sei. - Bufei. - É que realmente não estou bem. - Expliquei.
- Me liguei nisso aí. - Ele apontou pra mim, se encostando no sofá. - E se a gente não sair daqui? - Ele falou pensativo. - Qualquer coisa faz um churras aqui mermo, bota todo mundo pra ajudar, no fim é carne, breja e curtição do mesmo jeito. - Ele disse um pouco empolgado, o que me fez rir. - Tô falando namoral, e tu de graça?
- Juro que dessa vez não é isso. - Joguei o celular de lado e apoiei os braços no sofá. - Estranhei esse teu lado empolgado, onde tá sugerindo várias coisas pra me fazer ficar. - Rir.
- Só não queria que todos pagassem o pato disso que aconteceu contigo. - Gesticulou. - Principalmente tu, que ia ter total segurança curtindo em casa. - Ele desviou o olhar, encarando a TV.
Acabei ficando quieta e pensativa sobre o que ele tinha falado, não era uma má ideia e ele estava certo sobre todo mundo querer ir embora, principalmente as meninas.
Meus pensamentos foram todos embora, quando meu celular vibrou em nosso meio, fazendo a tela acender e mostrar uma mensagem da minha mãe.
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Mãe: Fiquei sabendo do que houve, Vinicios me contou. Como você está?
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Bufei e desliguei o celular, colocando ele no braço do sofá.
- Problemas? - Dante perguntou.
- Se minha mãe for considerado um problema, sim, um problemão. - Respondi. - Sabe do que mais, acho que vou ficar sim. - Sentir ele me olhar. - Voltar agora vai ser a oportunidade perfeita pra minha mãe dar uma de mãe super protetora.
- Tá vendo aí que a ideia é boa. - Ele se convenceu. - Cola na do Dante que é sucesso, gatinha. - Franzi a testa encarando ele.
- Gatinha? Tu tá muito abusado. - Falei seria, mas ele sabia que não era sério.
- Prefere tigresa? - Ele perguntou rindo, e eu acabei rindo também e negando com a cabeça. - Já que a tua tatuagem é de um tigre, tigresa poderia ser teu apelido, feroz igual uma, mané.
- Oh Dante, tá muito saidinho tu não acha? - Perguntei rindo, fazendo ele dar de ombros e negar. - Muito abusado.
- Tu curte. - Ele deu um tapinha na minha coxa, ainda sem tirar a mão de cima. - Qual foi dessa tatu?
- Sem significado, pelo menos não pesquisei sobre, apenas vi e coloquei aqui. - Dei de ombros e ele acabou negando com a cabeça e olhando pra tatuagem. - Sei que pareço um gibi, sou olhada por muitos na rua por isso.
- Talvez o fato de tu chamar atenção rua, não seja apenas a tatuagem. - Olhei sem entender.
- O que mais? - Perguntei já pensando numa resposta pra gracinha dele.
- Tu é gatinha, pô. - Ele respondeu na lata. - Com todo respeito. - Ele levantou as mãos em rendição, quando encarei ele séria e sem acreditar que a gente estava tendo esse tipo de conversa. - Sabe se vestir, tem estilo, é tatuada, tem cabelão, maior corpo. - Ele encarou a tv. - Isso chama atenção de qualquer pessoa, principalmente homem.
- Chamou a sua? - Resolvi entrar no joguinho, pra entender melhor isso.
- Pra ter reparado em tudo isso que te disse... - Ele deixou no ar, ainda sem me olhar.
- Bebeu muito, hein? - Falei a ele que balançou a cabeça positivamente.
- Sim Maria, desde onze da manhã bebendo. - Ele continuou assistindo qualquer cena de um filme aleatório que ele tinha colocado. - Mas sei bem o que estou dizendo. - Ele me encarou rapidamente.
- Pra quem demostra ser totalmente Uma dureza pra isso, você até que tá reparando bem. - Falei.
- Não sou só dureza, sei ser legal também. - Aos poucos sentir que sua mão estava fazendo um leve carinho em minha coxa. - Mas só reparo naquilo que tenho interesse. - Enquanto ele falava, eu encarava a lateral de seus olhos, já que ele ainda olhava pra frente.
- Você é realmente uma caixinha de surpresa, uma hora mostra ser uma coisa, outra hora fala outras. - Apertei um pouco os olhos, olhando pra ele que não desviava o olhar da TV. - O que mais que vou ter que saber sobre você? - Assim que perguntei, seu olhar veio parar sobre os meus olhos.
- Tenho muitas coisas. - Ela falou, e por algum momento pensei vê ele se aproximando. - Mas só uma me interessa agora. - Enquanto ele falava, sua mão não parava com o carinho e seu corpo não parava de se aproximar.
- Tipo? - Minha voz saiu um pouco baixa.
- Te desejei o dia inteiro hoje. - Sua voz soou baixa. Notei o quanto estava próxima dele, quando sentir levemente sua respiração quente sobre mim. - Te desejei ao te ver na roupa de diabinha. - Sua mão dói subindo. - Te desejei enquanto você estava cuidando de mim. - Sua mão livre, tocou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da orelha, delicadamente. - E agora não é diferente, sinto ainda mais desejo por ti, Maria. - Aos poucos fui encostando ainda mais no sofá, e escorregando para baixo, fazendo ele ficar por cima.
- Dante. - Minha voz era totalmente baixa. Seus olhos pareciam chamas sobre os meus, e sua boca me chamava totalmente atenção. - Você tá bêbado, eu também, amanhã a gente vai voltar a se...
- Não. - Seu dedo indicador tocou meus lábios. - Eu te quero antes mesmo de ter ingerido álcool. - Seu sussurro me fez fraquejar um pouco.
Seu perfume era totalmente bom e marcante, sua pele quente me fez realmente desejar beijar ele. Seu hálito bom de creme dental, me fez querer experimentar e sua boca vermelha, me fez querer realmente matar a vontade que estava nesse momento.
- Dante. - Sussurrei encarando sua boca. - Me beija. - Minha voz quase não saiu totalmente, e meu pedido não parecia um simples pedido, mas sim como se eu estivesse implorando por aquilo neste momento.
( CAP NÃO REVISADO)
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Sobre nós
FanfictionMaria Luísa D'vilaa de vinte dois anos, estudante de medicina veterinária, já no seu último ano de faculdade, sonha em abrir uma ONG de animais de rua. Mas para isso ela tem que batalhar bastante, já que não gosta de depender de seus pais, afinal, e...