Bárbara 😈
Despejei mais cerveja no meu copo e peguei o mesmo dando um gole longo, oh negócio gostoso é uma cerveja gelada, tem nem estresse. Arrumei a alça da minha blusa e olhei pra Malu escutando ela falar do dia maravilhoso dela aguentando a Duda e o Dante.
- E quando ele te agarrou assim tu nem pra se aproveitar? - Perguntei incrédula, sacanagem perder a oportunidade.
- Claro que não Babi, em qual mundo você está? - Ela perguntou olhando pro teto. - Pensei que você estaria fechada comigo, não com aquele idiota.
- Primeiramente para de chamar o cara assim. - Dobrei as pernas e apoiei um braço na cadeira. - Ele não te fez nada pra você ficar desse jeitinho aí. - Apontei pra ela.
- Ah, o fato dele ser folgado não é um problema? - Neguei.
- Ele sabe que isso te afeta, e você deixa transparecer. - Maria Luísa pegou seu copo bebendo do líquido que havia nele. - Sabe do que mais, as vezes acho que teu irmão tá certo. - Ela me olhou sem entender. - Coé luli, o Dante é um cara maneiro, você deveria deixar essa grosseria de lado. - Ela abriu um sorrisinho debochado.
- Ih, nem vem hein. - Ela fez gesto com a mão, abanando a mesma no ar. - Você não pode falar nada, teu lance com o Vini nem resolvido foi.
- Mas é lance diferente, teu irmão e eu nos conhecemos, sabemos bem cada coisa um do outro. - Ela me encarou calada. - vocês dois parecem criança as vezes, não consegue ficar dois segundos sem brigar.
- Na boa babi, não te chamei pra cá pra escutar sermão, e ainda de uma coisa que nem é importante. - Acabei rindo de lado pela forma que ela falou. - Falando sério agora, o que foi aquele jogo na casa da Elisa?
- Aí amiga, aquela menina gosta de chamar atenção, sempre fazendo o favor de tá no meio dos assuntos mais falado da faculdade. - A Malu balançou a cabeça. - Por mim, nem tinha jogado, ainda bem que não caiu pra mim.
- Se safou. - Malu fez careta juntando as sobrancelhas. - Aquele Mathias gosta de uma baixaria né?
- Quem manda contar tudo pra ele e me deixar de lado, achei bem merecido. - Fingir ter ciúmes dela e do Mathias, ela riu arrumando o cabelo de lado.
- Parou de ciúmes, gatinha? Tem Malu pra todo mundo. - Ela levantou os dedinhos indicador no ar, gesticulando.
- Até pro Dante? - Gastei ela com um sorriso de lado, fazendo ela bater na minha mão. - Aí puta.
- Vim do mesmo puteiro que você. - Ela fez cara de poucos amigos, e rir olhando de lado - Tava pensando aqui. - Olhei pra ela. - Amanhã meu pai vai almoçar lá em casa... - Interrompi ela.
- Sério? Nem pra convidar cara. - Cruzei os braços fingindo está emburrada.
- Deixa eu terminar de falar. - Ela bateu na minha mão novamente. - Talvez minha mãe chegue por lá. - Ela falou um pouco baixo e eu já sabia o que isso queria dizer.
- Aí amiga, sério que você vai deixar isso interferir agora? - Retruquei a ela que não mexeu um músculo.
- É por que é difícil Babi, dói saber que não tive um amor de uma mãe. - ela mexeu no guardanapo tentando disfarçar, mas conhecendo bem ela, eu sabia que ela queria chorar.
- Olha, desde que cheguei na tua vida e na do Vini, eu tenho vocês como irmãos, de verdade. - Ela riu sem me olhar. - Eu sei que não é fácil crescer e notar que a sua mãe não deu a mínima importância pra vocês, mas cara. - Ela me olhou. - Olha tudo que vocês conquistaram só vocês dois, sabe o quanto isso deve orgulhar o seu Vicente? - E ela abriu mais o sorriso. - Eu sei que a Malu que eu conheço, não deixa qualquer coisa afetar ela. - Abrir um sorriso. - Tu e o Vini é foda, não permite que isso estrague o dia com o pai de vocês, pode ser? - Ela balançou a cabeça e cruzou nossas mãos.
- Obrigada minha Babi. - Soltei um beijinho no ar pra ela, e ela fez o mesmo. - Te amo, gatinha.
- Eu também, nega. - Sorrimos juntas.
Minha amizade com a Malu foi algo tão inesperado, mas que eu nunca trocaria por nada. Sabe aquela amizade que todas se foram, e só ela restou? Cinco anos de amizade, coisa que pra mim parece mais. Mudamos de assunto e pedimos mais uma garrafa de cerveja, essa era a quarta já.
Depois de uns belos e longos minutos fofocando sobre a vida, que aliás é muito bom. Do nada ficou uma movimentação estranha no bar, olhei pra porta e encontrei a gangster de macho entrando no bar, todos suados, descabelados, provavelmente fedendo e com roupa de futebol.
- Alá amiga, tão nos rastreando. - Comentei com a Malu que ficou sem entender, mas logo virou pra onde eu estava olhando.
- Ah não, tava tudo muito bom. - Ela virou o rosto pra mim e cruzou os braços me encarando.
- Pior que sim, ami. - Fiz biquinho.
- Bem que poderíamos vazar antes que eles vejam, né? - Concordei e olhei de novo pra eles, mas o Ícaro já estava apontando na nossa direção, fazendo todos os olhares parar na nossa mesa.
- Ixi, tarde demais. - Olhei pra Malu de novo e ela negou com a cabeça e olhou de lado. - Tão vindo pra cá.
A Malu continuo quieta na dela, enquanto os meninos viam na nossa direção, assim que eles chegaram perto o discarado do Vini abriu um sorrisinho pra mim.
- Eu falei a vocês que hoje é nosso dia de sorte. - O Kaio pegou uma cadeira na mesa ao lado e girou, sentando na mesma.
- Meninas vão fortalecer hoje, esqueça tudo. - O Dante falou tocando no Túlio que riu concordando.
- Atá, confia mesmo. - Abrir um sorriso debochado e eles todos riram.
- Perdeu a língua, Maria Luísa? - O Vini foi até a irmã e tocou no ombro dela que continuou séria.
- Antes fosse. - Acabei rindo disfarçadamente pro Vini que riu como de quem já tinha entendido. - Vem cá, tão seguindo a gente? - Ela virou olhando pro irmão.
- Sim, não viu o rastreador na tua roupa? - O Dante falou encarando ela. - Nossa cara, pensei que você fosse mais esperta. - Ele falou super debochando da cara dela.
- Não vem de deboche comigo que você perde. - Ela apontou pra ele, fazendo ele rir debochando mais ainda.
- Será, Maria Luísa? - Ela revirou os olhos e ia responder, mas o Vini foi mais rápido.
- Olha, vamos parar vocês dois? - Eles olharam por Vini. - Se for pra ficar nesse clima eu vazo em dois tempos.
- E eu em um. - Maria Luísa como sempre não sabe ficar quieta.
- Tá esperando a autorização? - O Dante provocou a mesma e ela ia levantando pra falar algo, mas o Vini segurou ela e puxou a sentando novamente.
- Na boa gente, parou? - O Vini indagou autoritário.
- Clima pesou, hein. - O Túlio comentou olhando pro Kaio, mas ele falou um pouco alto, fazendo o Vini apenas olharem pra ele.
- Nós vamos sentar de boa e beber uma breja tranquilamente, se forem brigar é melhor vazar daqui. - O Vinícius declarou cruzando os braços, todo mundo acabou ficando quieto. - Pega umas cadeiras aí Túlio, vou providenciar umas mesas alí. - Ele apontou pro canto do bar e os meninos assentiram, o Vini sustentou o olhar um pouco mais pro Dante e pra Malu e depois deu as costas saindo.
A Malu levantou e arrastou a cadeira pro meu lado, os meninos fizeram como o Vinícius pediu e o Dante acabou ficando quieto do lado do ícaro. O Vini não demorou e voltou com duas mesinhas de madeiras, desmontada uma em cada mão. Depois de tudo montadinho, eles pediram mais bebidas e eu fiquei só terminando a última garrafa que tinha pedido, junto com a Malu.
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Sobre nós
FanficMaria Luísa D'vilaa de vinte dois anos, estudante de medicina veterinária, já no seu último ano de faculdade, sonha em abrir uma ONG de animais de rua. Mas para isso ela tem que batalhar bastante, já que não gosta de depender de seus pais, afinal, e...